“FORCA QUÍMICA”: UM JOGO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, R.M. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Neto, D.R.N. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Santos, G.L.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Araújo, H.F. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Carvalho, J.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Diniz, V.W.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ)

Resumo

O presente trabalho traz como proposta para o ensino de Química a utilização de um jogo didático como ferramenta de auxílio para professores do ensino médio, no qual pode-se trabalhar o tema de Processos de Separação de Misturas, além de, proporcionar adaptações para os demais temas da química. O jogo didático visa facilitar a aprendizagem visando uma perspectiva positiva para a facilitação da aprendizagem dos conteúdos, melhorar o rendimento dos alunos, estimular o interesse pelo assunto e a promoção das relações interpessoais.

Palavras chaves

Ensino de Química; Jogos Didáticos; Forca Química

Introdução

Argumentos favoráveis ao uso de jogos didáticos nas aulas de ciências, em especial nas aulas de química, são discutidos principalmente desde o século XVIII. É nesse período que são criados os jogos específicos para ensinar Ciências, porém ainda utilizados para ensinar apenas a realeza e a aristocracia, no entanto, rapidamente chega a população deixando de ser um privilégio dos nobres (CUNHA,2012). Nessa perspectiva, jogo deve ser compreendido como um recurso que vai facilitar com que o educando entenda os conteúdos, visto que este recurso pedagógico desenvolve nos indivíduos a inteligência e personalidade, disponibilizando fundamentos para a produção de conhecimento, além de proporcionar aos alunos um maior estimulo e interesse para participarem das aulas. Para muitos docentes, o jogo já faz parte dos seus materiais pedagógicos, os ajudam a desenvolver suas aulas de forma mais dinâmica e interativa (MIRANDA. 2002). Assim, a utilização do jogo didático deve ser compreendido como um recurso facilitador, proporcionando ao educando melhor entendimento dos conteúdos, visto que este recurso pedagógico desenvolve nos indivíduos a inteligência e personalidade, disponibilizando fundamentos para a produção de conhecimento, pois de acordo com Santos e Michel (2009), o jogo possibilita ao educando se familiarizar com os termos e conceitos químicos envolvidos no mesmo, desenvolvam estratégias para solucionar problemas e ainda possibilita que o docente avalie o processo de aprendizagem dos estudantes. Desse modo, este trabalho teve por finalidade a criação de um jogo didático como ferramenta facilitadora no processo de ensino–aprendizagem, servindo como objeto mediador para um bom rendimento dos discentes nas aulas de química, além de uma abordagem mais dinâmica e interativa.

Material e métodos

A atividade proposta foi elaborada a partir da adaptação do jogo tradicional da forca, com ênfase no tema de separação de misturas, a escolha do jogo teve em vista o possível contato dos discentes com este tipo de brincadeira, o que tornaria a dinâmica mais familiar e prazerosa. Para alcançar os objetivos, pensou-se em uma sequência didática composta por dois momentos. Para o primeiro momento, ministrar uma aula expositiva de revisão, sendo este momento fundamental, pois nele os alunos terão a oportunidade de relembrar os conceitos que o tema aborda, dando maior fluidez no prosseguimento do jogo, evitando que os alunos apenas “chutem” as respostas, sem cunho educativo. No segundo momento da sequência didática é a aplicação do jogo, e para iniciar o professor deve separar a turma em grupos (de acordo com o número de alunos na turma), ao lançarem um dado, a equipe que obter o maior valor no lançamento irá iniciar a rodada e o seguimento se dá a partir do valor que cada grupo obtiver no lançamento. O grupo que ganhar no lance do dado irá iniciar o jogo tirando um cartão contendo uma pergunta que será lançada aos grupos que deverão descobrir a palavra-chave relacionada a resposta correta. A equipe da vez poderá dizer uma letra do alfabeto, que possivelmente pode estar presente na palavra chave, se a letra escolhida fizer parte da palavra-chave a equipe marca um ponto e prossegue na escolha da próxima letra e assim segue sucessivamente até completar a palavra, mas se a letra escolhida estiver incorreta a equipe passa a vez para o próximo grupo; e um membro do corpo humano será acrescentado ao painel. A equipe que completar o último membro do corpo humano perderá um ponto. Ganha a equipe que ao final do jogo contabilizar o maior número de pontos obtidos com os acertos.

Resultado e discussão

Com o jogo da “forca química” é baseado no tradicional jogo da forca, no qual é considerado comum ao aluno pelo fato de já ter jogado o mesmo em algum momento da vida, se torna flexível a aplicação em uma turma de ensino médio, que conta com a ajuda da contextualização do conteúdo adaptado ao jogo e da praticidade no qual ele se desenvolve. Acredita-se que somando o conhecimento aplicado em sala através do professor, com a estratégia de ensino por meio de uma tecnologia, melhora assim o desenvolvimento do aluno pelo fato do conteúdo que está sendo transmitido pelo docente ser visto de forma mais agradável pela turma. A maleabilidade dada a execução do jogo permite ao professor encaixa-lo dentro do seu plano de ensino para aquele conteúdo, podendo ser inserido no tempo estimado para uma aula, tornando-a direta e concisa, de tal forma que a aplicação e o exercício do tema escolhido, neste caso sendo processos de separação de mistura, seja deixado para o momento da prática do jogo. Buscando a facilidade de execução do jogo no momento de sua construção utiliza-se ao máximo materiais de fácil acesso, visto que podem ser encontrados sem qualquer restrição, tanto pelo professor quanto pelo aluno e tornando a produção do jogo caseira. Os principais materiais usados e aconselháveis para a confecção da ferramenta pedagógica são EVA´s, papel cartão, velcro, cola, tesoura e cartolina. Sendo todos encontrados por um baixo custo. Essa flexibilidade disponibilizada pelo jogo, permite ao professor a abranger outros da química, como Propriedades Periódicas, Química Orgânica e Inorgânica, e as demais áreas.

Conclusões

O jogo atende as expectativas como uma boa ferramenta de ensino ao somar dos métodos expositivos com a metodologia prática, proporcionando ao professor diversas formas de execução e aos alunos uma maneira diferente de aprender, tornando-se válida a sua execução em qualquer nível de ensino, podendo ser realizada de forma que desperte na turma uma competitividade através do conhecimento, pelo fato de terem que se dividir em equipes de acordo com quantidade de alunos presentes na sala, para alcançar uma vitória no jogo.

Agradecimentos

Referências

CUNHA Marcia Borin da. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. Química Nova na Escola, Vol. 34, N° 2, maio 2012, p. 92-98. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/07-PE-53-11.pdf>. Acesso em: 17 de maio de 2018.

MIRANDA, Simão. No fascínio do jogo, a alegria de aprender. Linhas críticas, Brasília Vol. 8, Nº 14, Jan/jun. 2002. Disponível em: <http://periodicos.unb.br>. Acesso em: 18 de maio de 2018.
SANTOS Ana Paula Bernardo dos e MICHEL Ricardo Cunha. Vamos Jogar uma SueQuímica? Química Nova na Escola, Vol. 31, N° 3, agosto 2009. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/>. Acesso em: 17 de maio de 2018.

Patrocinadores

CapesUFMA PSIU Lui Água Mineral FAPEMA CFQ CRQ 11 ASTRO 34 CAMISETA FEITA DE PET

Apoio

IFMA

Realização

ABQ