JOGOS DE TABULEIRO COMO FERRAMENTA MOTIVACIONAL DE APRENDIZAGEM EM AULAS DE QUÍMICA NO ÂMBITO DO PIBID - IFMA

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Souza, J.P.P. (IFMA) ; Cavalcante, K.S.B. (IFMA) ; Costa, A.C. (MARGARIDA PIRES LEAL)

Resumo

Os jogos educativos transformam o clima organizacional da sala de aula tradicional possibilitando um ambiente descontraído e envolvente em que cada aluno se torna agente ativo do cenário dinâmico estabelecido com essa metodologia pedagógica. A proposta de se aplicar jogos didáticos nas salas do 2º e 3º ano do ensino médio no C. E. Margarida Pires Leal foi pensada como proposta de trabalho do PIBID IFMA diante da intencionalidade de se criar um ambiente divertido, agradável e mais que isso, produtivo no espaço escolar. O resultado que se esperava com essa metodologia foi alcançando, onde observou-se uma mudança no clima da sala de aula que favoreceu a retomada de ânimo para a conclusão do bimestre e aprendizagem significativa sobre cinética química para o 2º ano e reações orgânicas para o 3

Palavras chaves

motivação; aprendizagem; metodologia

Introdução

É no ambiente escolar que se estabelecem as interações sociais necessárias para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem do aluno. E quando o ensino é promovido com ênfase na motivação da turma, os resultados são alcançados de forma surpreendente. O professor como facilitador, estimula o interesse dos seus alunos através de aulas motivadoras proporcionando um ambiente harmonioso, dinâmico e atrativo na construção do conhecimento e na socialização dos saberes cotidianos. Quando se considera a motivação para a aprendizagem é necessário ter em conta as características do contexto escolar. Genericamente, as tarefas e atividades vivenciadas na escola estão associadas a processos cognitivos, nomeadamente com a capacidade de atenção, de concentração, de processamento de informações, de raciocínios e de resolução de problemas de acordo com Lourenço e Paiva (2010).

Material e métodos

Os jogos didáticos de tabuleiro “Sobe e Desce da Química” e o “Ludo Químico” foram desenvolvidos com base na dinâmica de jogos tradicionais, como Morris e Pachisi, respectivamente. Jogos escolhidos que de acordo com a classificação de Teixeira (1970) são considerados intelectuais que envolvem sorte e raciocínio rápido. Esses jogos foram aplicados nas turmas do 2º e 3º ano do ensino médio do C. E. Margarida Pires Leal, após as aulas tradicionais sobre os conteúdos de Cinética química e reações orgânicas. Foi apresentado aos alunos, a proposta pedagógica, as regras do jogo e que o resultado da classificação nos jogos faria parte da composição da nota, uma vez que os jogos didáticos são bons instrumentos avaliativos. Segundo Costa Filho (2011), a avaliação deve ser vista por meio de seu objetivo maior que é servir para a melhoria do ensino, e não como simples instância de julgamento. A avaliação da aprendizagem serve tanto para a análise do desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, quanto como parâmetro para a avaliação do trabalho do professor. A turma foi dividida em quatro equipes, e de acordo com as colocações alcançadas no término do jogo, cada equipe recebeu uma quantidade de pontos correspondente, como: o primeiro lugar recebeu 4 pontos, o segundo lugar 3 pontos, o terceiro lugar 2 pontos e o quarto lugar 1 ponto.

Resultado e discussão

Este trabalho originou-se no âmbito do PIBID, quando acadêmicos de licenciatura em química perceberam que alunos das turmas do ensino médio não estavam mais tão entusiasmados com as aulas de Química. A professora de química, responsável pela disciplina, é uma profissional dinâmica, mas os alunos estavam demonstrando desinteresse e cansaço. Fato este, que não estava acontecendo apenas nesta disciplina, mas em todas as outras. Pois nesse período, todo o ensino médio estava envolvido em um projeto Cultural e Artístico, com atividades extraclasses que exigiam tempo para planejamento, pesquisa e ensaio, o que causou um prejuízo considerável com o atraso dos conteúdos que estavam previstos para serem ministrados. Após a identificação da problematização existente, os jogos didáticos foram propostos como metodologia que pudesse resgatar o interesse pela aprendizagem por parte dos alunos diante do contexto apresentado. Os jogos “Sobe e Desce da Química” e “Ludo Químico” estimularam um clima de competição, uma característica natural de jogos, tendo como ganhador aquele que chegasse em primeiro lugar. Favoreceram também o dinamismo em sala de aula e funcionalidade para tratar os conteúdos abordados. Além de ter como objetivos de fixação do conteúdo ministrado e correção de erros conceituais, a atividade também fez parte da nota bimestral. Os alunos demonstraram ainda uma preocupação com a aprendizagem dos conteúdos de química pertinentes ao tema. Também, durante todo o tempo de execução do trabalho os alunos integrantes das equipes puderam desenvolver habilidades sociais importantes como: liderança, trabalho em equipe, respeito mútuo, comunicação.

Conclusões

Os jogos didáticos de tabuleiros propostos foram ferramentas motivacionais que favorecem a correção de erros conceituais e fixação de conteúdos construídos em sala, de forma diferenciada os jogos enriquecem e transformam o ambiente de sala, motivando os alunos a aprenderem de forma lúdica e interativa.

Agradecimentos

Agradeço a CAPES pela bolsa concedida do PIBID, ao IFMA e ao C.E. Margarida Pires Leal onde as atividades foram desenvolvidas.

Referências

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FILHO A. M. C. Jogos como instrumento de avaliação da aprendizagem no ensino da matemática. repositorio.ufpb.2011. Disponível em:< https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/411/1/AMCF27082013.pdfhtm>. Acessado em: 23 de agosto de 2018.
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