ENSINO DE CORANTES ALIMENTÍCIOS ATRAVÉS DE JOGOS LÚDICOS.

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

da Silva Barosso, T.G. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Batista Nascimento, A. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Gomes Batista, G. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Santos Sales, K.L. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Marques dos Santos, A.A. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; de Lima Barbosa, K. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Tavares Cavalcanti Liberato, M.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)

Resumo

A coloração nos alimentos é uma característica que atrai muito as pessoas, gerando o desejo de consumo. Entretanto, os consumidores não sabem a origem dessas cores chamativas. Os corantes são substâncias ou mistura de substâncias adicionadas aos alimentos e bebidas, com a finalidade de conferir ou intensificar a cor própria do produto, dividindo-se em naturais e artificiais. Torna-se importante caracterizar, e compreender seus riscos e benefícios para a saúde. Através de um jogo, buscou-se mostrar aos alunos os tipos de corantes, o comércio destes e os efeitos para a saúde. Obteve-se uma boa participação e interesse dos alunos com o tema, onde concluiu-se que a utilização do jogo pode ser um eficaz instrumento de aprendizado.

Palavras chaves

Jogos; Corantes; Saúde

Introdução

Corantes são aditivos alimentares definidos como toda substância que confere, intensifica ou restaura a cor de um alimento. Aditivo consiste em qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos com o objetivo de modificar suas características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante sua fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação, sem o propósito de nutrir. Os corantes artificiais fornecem ampla gama de cores, proporcionando praticamente todas as tonalidades do espectro visível de cor. A maioria dos corantes artificiais apresenta alta estabilidade (luz, oxigênio, calor e pH), uniformidade na cor conferida, alto poder tintorial e custo de produção relativamente baixo. Assim, sua substituição por corantes naturais tem sido gradativa. O corante artificial é uma substância obtida por processo de síntese (com composição química definida). Pela legislação atual, através das Resoluções n° 382 a 388, de 9 de agosto de 1999, da ANVISA, são permitidos no Brasil para alimentos e bebidas o uso de apenas 11 corantes artificiais, sendo eles: Amaranto, Vermelho de Eritrosina, Vermelho 40, Ponceau 4R, Amarelo Crepúsculo, Amarelo Tartrazina, Azul de Indigotina, Azul Brilhante, Azorrubina, Verde Rápido e Azul Patente V. Esse fato ocorreu devido à necessidade de uma legislação entre os países membros do Mercosul para o uso de corantes em alimentos. Evidencia-se a importância dos aditivos sob o ponto de vista tecnológico na produção de alimentos, porém, existe riscos toxicológicos que podem ser acarretados pela ingestão frequente dessas substâncias (POLÔNIO, 2010). Ademais, para transmitir o conhecimento sobre corantes na alimentação aos alunos, utilizou-se como metodologia o jogo lúdico.

Material e métodos

O tabuleiro de serpentes e escadas foi confeccionado com papelão para dar dureza e resistência ao material didático, o design do tabuleiro foi realizado no computador por meio de programas, possibilitando ser impresso e posteriormente ser colado ao papelão para garantir uma maior durabilidade. Os dados e os peões também foram realizados em programas de computador e impressos. As cartinhas que trazem consigo as perguntas, depois de elaboradas, foram digitalizadas e impressas. O jogo chama-se Coloring Game (Jogo dos Corantes). Para iniciar o jogo, é necessário dois ou mais jogadores. Todos os alunos que participarão do jogo deverão rolar o dado, e o jogador que tirar o maior número, começa primeiro, o que tirar o segundo maior número, joga em segundo e assim por diante. Depois, seguindo a ordem definida anteriormente, o primeiro jogador que tirar “1” no dado entra no tabuleiro (algumas vezes, usa-se o número 6). Cada jogador subsequente precisa tirar “1” (ou 6) para poder entrar no tabuleiro também, ou passa sua vez. Após entrar no tabuleiro, o jogador deverá lançar o dado novamente para saber quantos quadrados deverão percorrer inicialmente. Posiciona-se o peão no quadrado apropriado. Cada jogador só poderá rolar o dado uma vez em seu turno. Serpente: se um jogador parar na cabeça da serpente, ele deverá escorregar seu peão até o quadrado com a ponta dela. Escada: se um jogador parar em um quadrado com a base de uma da escada, ele deverá mover seu peão até o quadrado no topo da escada e continuar dali. Pergunta: 20 cartinhas com diversas perguntas, abordadas em sala de aula pelo professor sobre corantes naturais e artificiais. Volte uma casa: o participante que cair nessa casa volta uma casa. O primeiro jogador que atingir o quadrado 100 é o vencedor.

Resultado e discussão

Tomou-se como estratégia metodológica o uso de um jogo lúdico. A escolha por essa metodologia -o jogo lúdico- teve como ponto de partida uma breve pesquisa em artigos e periódicos na internet sobre o ensino de química. Nesta pesquisa, constatou-se a grande utilização de jogos como recursos metodológicos. O objetivo deste jogo foi transmitir aos alunos o conhecimento sobre corantes naturais e artificiais, seus malefícios a saúde, e a importância de saber onde cada corante é adquirido. O jogo foi aplicado em um grupo de graduandos do curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Observou-se a afetividade e êxito da atividade, pois a informação referente aos corantes foi transmitida de uma forma lúdica e satisfatória. Após a aplicação do jogo, realizou-se uma roda de conversa para debater o assunto abordado e tirar as dúvidas de alguns alunos. Através da avaliação na roda de conversa, tornou-se claro a eficácia da aplicação do jogo, pois percebeu-se um significativo interesse por parte dos alunos e uma relevante fixação do conteúdo transmitido. Outro ponto em destaque foi o reconhecimento do assunto como pouco abordado dentro da academia, mesmo estando diariamente presente na vida humana e nos estudos da química.

Conclusões

Através da aplicação do jogo observou-se uma grande participação dos alunos sobre o tema proposto. Foi possível examinar a funcionalidade do jogo e o alcance da sua proposta e do seu objetivo geral. Aliás, a possibilidade de aplicação de jogos para aprendizagem de conhecimentos químicos, nos mostra uma alternativa para o ensino da química mais eficiente e motivadora para o estudante.

Agradecimentos

À Universidade Estadual do Ceará – UECE, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

Referências

BUENO, L. ; Moreia, Kátia de Cássia ; Soares, Marília ; Andréia Cristiane Silva Wiezzel ; Teixeira, M F S ; DANTAS, D. J. . O ensino de química por meio de atividades experimentais: a realidade do ensino nas escolas. In: Silvania Lanfredi Nobre; José Milton de Lima. (Org.). Livro Eletrônico do Segundo Encontro do Núcleo de Ensino de Presidente Prudente São Paulo: Unesp, 2007.

SOUSA, Roilane Moreth, CORANTES NATURAIS ALIMENTÍCIOS E SEUS
BENEFÍCIOS À SAÚDE, 2012. 63f. Trabalho de Conclusão de Curso, TCC,
apresentado ao Curso de Graduação em Farmácia da UEZO.

SANTOS, Sinara Mizael , CORANTES NATURAIS E ARTIFICIAIS: BENEFÍCIOS E RISCOS À SAÚDE , 2015. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

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