SCREENING FITOQUÍMICO DAS FOLHAS DE SAPOTI

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Produtos Naturais

Autores

Sousa, J.V.P. (IFMA - CAMPUS IMPERATRIZ) ; Vieira, C.L. (IFMA - CAMPUS IMPERATRIZ) ; Batista, A.N. (IFMA - CAMPUS IMPERATRIZ) ; Santos, C.C.S.M. (IFMA - CAMPUS IMPERATRIZ) ; Gomes, W.F. (IFMA - CAMPUS IMPERATRIZ)

Resumo

O sapotizeiro (Manilkara zapota.) é nativo do sul do México e da América Central, é descrito na literatura por possuir atividade antioxidante, antiviral e antibacteriana. O sapotizeiro teve adaptação muito boa em praticamente todo o Brasil, tendo um grande cultivo na região nordeste, entretanto ela é pouco analisada do ponto de vista químico. Em relação a essa perspectiva, é imprescindível aumentar o conhecimento científico acerca dos compostos químicos presentes nas folhas de M. zapota. Para a realização do trabalho, o extrato etanólico de M.zapota, coletado no IFMA Campus Imperatriz, foi submetido à análise fitoquímica preliminar na qual obteve-se a identificação de possíveis metabolitos secundários como taninos, saponinas entre outros.

Palavras chaves

metabolitos secundários; extrato etanólico; Manilkara zapota

Introdução

O sapotizeiro (Manilkara zapota) é nativo do sul do México e da América Central, onde pode ser encontrado com grande abundância. Espalhou-se por toda a América tropical, Caribe e América do Sul e nas partes mais quentes da Flórida, Estados Unidos. Nas regiões de origem é muito apreciado é considerado um dos melhores frutos pelo paladar e sabor característicos (RUEHLER et al., 1951).Do ponto de vista medicinal, o sapotizeiro ainda não foi objeto de muitos estudos. Sabe-se, entretanto, que é dotado de propriedades adstringentes e que as suas sementes, depois de pisadas e diluídas em água, ajudam a dissolver cálculos hepáticos e nefríticos, combatendo também a anorexia (Cordeiro et al., 1996). A avaliação fitoquímica dos compostos presentes em determinada parte de uma planta, se tornou necessário para o desenvolvimento e aprimoramento de inúmeras áreas, aliados a descoberta de novos componentes que trazem na bagagem uma gama de possibilidades em diversos âmbitos. Essa identificação dos constituintes de vegetais se tornou uma necessidade, desde o aparecimento das sulfas, dos antibióticos e com o incremento da síntese orgânica, daí então começou a pressão de produção de produtos sintéticos sobre os de origem vegetal. Isso, sem dúvida trouxe melhorias na qualidade de vida das pessoas. (BARBOSA, 2004).Em paralelo a isso, e por conta escassez de pesquisas focadas na avaliação dos componentes químicos presente em folhas, o presente trabalho se deu pela necessidade expressiva de solucionar essa demanda. Assim, por meio das análises fitoquímicas, este trabalho objetivou conhecer as classes de metabólitos desse extrato a fim de contribuir para o conhecimento químico desta espécie.

Material e métodos

A coleta do material vegetal se deu a partir de um espécime localizado no IFMA (Campus Imperatriz) obtendo-se 180,65 g de amostra, que foram trituradas e misturadas com álcool etílico (580 mL) permanecendo em repouso por 48 horas. Após filtração, o extrato etanólico das folhas do sapotizeiro foi submetido a análises de prospecção fitoquímica MATOS (1997). Tubos de ensaio foram enumerados de zero a sete, com 4 mL do extrato cada, tendo o tubo zero como referencial que indicava (pH 5). Seguindo o que indicava o teste, em cada tubo foram adicionadas algumas gotas da substância que o mesmo indicava, podendo ser ela, HCl, NaOH ou FeCl3. Ao tubo 1 foram adicionadas três gotas de FeCl3, apresentando coloração azul intensa, porém após o término da reação foi observada uma coloração verde, indicando a presença de taninos pirogálicos quanto de taninos flobabênicos. Foi observada também a formação de precipitados em alguns tubos, como os tubos 3, 4 e 6. Foram realizados testes para indicar a presença de esteroides e triterpenoides, na qual 50 mL do extrato foi seco em uma manta aquecedora e diluído em 60 mL de clorofórmio. A solução foi filtrada, fechado com algodão, adicionando alguns centigramas de sulfato de sódio anidro, para um tubo de ensaio seco, onde adicionou-se 1 mL de anidrido acético e cinco gotas de (H2SO4).

Resultado e discussão

Os resultados da prospecção fitoquímica das folhas de , possibilitou a identificação dos seguintes constituintes químicos: taninos, saponinas, esteroides livres, antocianidinas dentre outros. Corroborando com a literatura consultada MATOS (1997), pois estudos realizados com espécies deste gênero indicaram a presença de compostos bioativos, que possuem atividades biológicas, como antibacteriana, antiparasitária, antitumoral e antioxidante, nisso, possibilitando então o subsidio de novas pesquisas relacionadas ao tema. (MA ., 2003).


Figura 1. Classes de metabolitos secundários presentes nas folhas de Manilkara Zapota.

Conclusões

Com base nos resultados apresentados no presente trabalho pode-se concluir que, a análise fitoquímica foi eficaz, na identificação dos metabolitos secundários presentes na folha de Manilkara zapota, na qual foi possível identificar a presença de esteroides livres, que sintetizados podem ser utilizados como imunossupressores e anti-inflamatórios. Logo, a divulgação desses resultados é de primordial importância para servirem de base a pesquisas futuras.

Agradecimentos

A Deus, e ao Instituto Federal do Maranhão (Campus Imperatriz) por subsidiar e incentivar as pesquisas realizadas.Ao orientador pelo excelente trabalho.

Referências

BARBOSA. W.L.R. Manual para Análise Fitoquímica e Cromatográfica de Extratos Vegetais, Revista Cientifica da UFPA, BELÉM-PA, v.4,16p, 2004.

CORDEIRO, R.; NUNES, V. A.; ALMEIDA, C.R. Plantas que Curam. São Paulo: Grupo de comunicação Três, v.1, 390p, 1996.

MA, J.; LUO, X. D.; PROTIVA, P.; YANG, H.; MA, C.; BASILEM, J.; WEINSTEIN, I. B.; KENNELLY, E. J. (2003): Bioactive Novel Polyphenols from the Fruit of Manilkara zapota (Sapodilla). J. Nat. Prod. 66, 983-986.

MATOS, F.J.A. Introdução à Fitoquímica Experimental. 2°ed. Fortaleza: UFC, 141p, 1997.

RUEHLER, G. D. The Sapotilla in Florida. University of Florida, 1951. Agricultural Experiment Station. (Circular, S-34)

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