COMPARAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE FRUTOS CONVENCIONAIS E ORGÂNICOS DA REGIÃO DE SOBRAL/CE

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Alimentos

Autores

Menezes, L.M.F. (IFCE) ; Sousa, A.V. (IFCE) ; Souza, A.G.R. (IFCE) ; Silva, D.H. (IFCE) ; Passos, A.A.C. (IFCE)

Resumo

O trabalho tem o objetivo de comparar a qualidade de frutos convencionais disponibilizadas na região de Sobral, CE com frutos orgânicos adquiridos na cidade de Meruoca, CE. Os frutos foram adquiridos nos mercados da cidade. As análises foram realizadas em triplicata nos dias 0 e 14 no Instituto Federal, campus Sobral. Foram realizadas analise de pH, sólidos solúveis e teor de cinzas, acidez total titulável. Os valores no dia 0 para sólidos solúveis totais variaram entre 5,25º a 10º, 2,24 a 3,25 para pH, 0,03 a 0,31 de acidez e de 1,4 a 1,8 para cinzas. No dia 14, houve variação de sólidos solúveis totais de 5,26 a 10,25º, pH de 1,54 a 3,43, acidez de 0,06 a 0,74 e cinzas variando entre 1,1 a 2,0 para ambos os frutos. Pode-se concluir então que as frutas atenderam a legislação brasileira.

Palavras chaves

avaliar; saudável; qualidade

Introdução

A preocupação com uma alimentação saudável ocasiona a busca por alimentos que ofereçam propriedades que vão além de nutrir, mas também proteger o organismo de enfermi-dades (FREITAS et al., 2010). Um produto orgânico é muito mais que um alimento sem agro-tóxicos e sem aditivos químicos, visto que é o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar, de forma equilibrada, o solo e os demais recursos naturais (água, plantas, animais, insetos), conservando-os a longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e os seres humanos (KATHOUNIAN, 2001). Atualmente, o consumidor está mais consciente em consumir alimentos com pro- priedades funcionais, como as frutas e hortaliças (MATTOS et al., 2009). Porém, 78% de al-guns tipos de frutas e hortaliças podem conter alto índice de contaminação por agrotóxicos ou podem apresentar características físico- químicas diferentes em relação à alimentos de origem orgânica (GORENSTEIN, 2004), além de que os frutos e vegetais são componentes importan-tes em uma dieta saudável, sendo fonte de vitaminas, minerais e de compostos biologicamente ativos (KMIECIK, 2004). Para que o tempo de conservação seja maximizado e ocorra redução das perdas pós-colheita mantendo-as conservadas para um tempo maior de consumo, é importante que se conheça e utilize as práticas adequadas de manuseio principalmente durante as fases de colhei-ta e pós-colheita (SILVA et al., 2013), além de que os consumidores cada vez mais conscien-tes estão exigindo produtos mais seguros e com menor impacto ao meio ambiente e à saúde humana (BEIRÃO-DA-COSTA et al., 2014). O Brasil produz cerca de 43 milhões de toneladas de frutas tropicais, subtropicais e de clima temperado por ano, e isso proporciona ao país a grande diversidade de frutas que ele possui o ano inteiro (IBRAF, 2009). A acerola (Malpighia emarginata DC), fruto delicado e originário das Antilhas, tem grande importância nutricional por ser fonte natural de vitamina C (JACOB, 1996). No Brasil, a acerola é plantada em todas suas regiões. Pernambuco, Ceará e Bahia são os maiores estados produtores, concentrados 70% da produção nacional (NETO et al., 2014). A manga (Mangifera indica L) é uma fruta pertencente à família Anacardiaceae e à ordem Sapindales, presente em diversas partes do mundo, especialmente nos países tropi-cais (OLIVEIRA et al., 2016). Possui cerca de 1000 variedades, das quais poucas são cultiva-das em grande escala. A manga é cultivada em mais de 103 países, sendo a segunda fruta tro-pical mais plantada (JAHURUL et al., 2015). Devido às variedades remontantes e à forma como a produção está organizada é possível oferecer limão do “dia” durante todo o ano. Contudo, torna-se vantajoso ter disponí-vel no mercado um produto com características pós colheita nos meses de menor produção pelo seu tipo de plantio e/ou no período em que os frutos atingem preço mais elevado (TRIGO et al., 2015). Diante disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar as características físico-químicas de frutos comercializadas na cidade de Sobral-CE, comparando referente ao seu cul-tivo em sistema convencional e frutos cultivados em sistema orgânico.

Material e métodos

2.1. Procedimento de recepção dos frutos Os frutos convencionais foram adquiridos no supermercado na cidade de Sobral (CE), e os frutos orgânicos foram adquiridos na cidade de Meruoca (CE), devidamente seleci-onados com semelhanças em seus atributos de qualidade, como cor, uniformidade e grau de maturação. Foram armazenados em recipientes plástico, em seguida, lavados com água corren-te e permaneceram em água clorada (100 ppm de cloro ativo) por 10 minutos e acondicionados em geladeiras usual. 2.2. Análises Físico-químicas Para realização das análises, as amostras foram cortadas em cubos pequenos e ma-ceradas para uma massa em torno de 50g, adicionadas em béqueres e codificadas. Foram rea-lizadas as análises no laboratório de Bromatologia, no Instituto Federal de Educação, Ciên-cias e Tecnologia, IFCE na cidade de Sobral, CE. As análises físico-químicas foram realizadas nos tempos 0 e 14 dias, sendo elas, sólidos solúveis totais (SST) e expresso em ºBrix, pH com a utilização do pHmetro digital, acidez total titulável (ATT) e teor de Cinzas por meio da in-cineração do material em mufla a 550oC. Todas as análises foram realizadas conforme meto-dologia preconizada pelo Instituto Adolfo Lütz (2008). Foram realizadas em triplicatas com amostras de frutas convencionais e orgânicas respectivamente de acerola, manga e limão. 2.3. Análise estatística Os resultados foram tabulados e seguidos da determinação da média e desvio pa-drão por meio do ANOVA em planilha Excel com um suplemento do programa de estatística Statistic 7.0.

Resultado e discussão

Na acerola houve um aumento significativo nos sólidos solúveis do dia 14º em relação ao dia 1º. Sendo na amostra convencional no dia 14º diferença significativa em relação a orgânica. No entanto, de acordo com a Portaria Nº 94 (MAPA, 2016)), as ace-rolas orgânicas quanto as convencionais nos dois tempos estão dentro do padrão estabe-lecido, não ultrapassando o valor, sendo ele 5,50. Na característica de sólidos solúveis da manga convencional e orgânica do dia 0 não foi diagnosticada diferença significativa entre elas, no entanto as amostras do dia 14, obtiveram diferença nos resultados, porém o padrão exigido na legislação para esse fruto é 12, sendo assim mesmo havendo alteração nas amostras, essa mudança não afetou no seu padrão, estando todas as amostras dentro dos parâmetros exigidos de acordo com a legislação que fala especificamente do fruto. Analisando os resultados das amostras de limão convencional e orgânico foi possível observar que houve diferença significativa entre eles nos dois tempos. O teor de sólidos solúveis está acima dos valores obtidos por Viana (2010) foi de 8,5%, e Neves et al. (2008), notou-se 8,2% no estudo do limão Tahiti. Sabendo que a umidade é um dos grandes problemas para a conservação das frutas, os resultados diferiram tanto no em frutos convencionais como orgânico, como no requisito tempo de armazenamento. Os valores de pH apresentados para mangas convencionais e orgânicas tive-ram variações, tanto em relação as amostras quanto ao tempo. Onde que o pH médio apresentado para ambas foi em torno de 3,13 e 3,98. Segundo Neves et al. (2008), avali-ando a qualidade físico-química de mangas ‘Tommy Atkins’ em ambiente sem controle da temperatura e umidade relativa (30 ± 3 ºC e 70 ± 5 % de UR), verificaram que no âmbito da colheita o pH presente foi de 3,45. A legislação exige pH de 3,3 a 4,5 para garantir a conservação sem a necessidade de tratamentos térmicos muitos elevados, o que colocaria em risco a qualidade da polpa de manga (BRASIL,2000). Dentro do que a legislação brasileira permite para polpa de manga, mesmo tendo variação está dentro dos padrões estabelecidos pela legislação. Nas amostras de limão ambas as amostras houveram resultados diferentes. O limão orgânico apresentou uma variação significativa em relação ao tempo, onde que o mesmo apresentou no decimo quarto dia (14) o valor de 1,54 ou seja, por ser uma fruta cítrica, medida de pH de acordo com a (Tabela 2) apresentada acima é considerado abaixo do aceitável. Pois a legislação preconiza que o mínimo deve ser de 2,7 e o máxi-mo de 3,8 (Instrução normativa nº 01, de 7 de janeiro de 2000). Observa-se então que alguns fatores podem ter favorecido esse pH, como o ponto de maturação do fruto, oca-sionando um resultado fora do permitido pela legislação. Os valores médios de pH da acerola foi de 2,4 a 3,25, onde que o resultado obtido na amostra de acerola orgânica no tempo 14 foi um pH muito abaixo, ou seja, de acordo com o resultado apresentado na (Tabela 2) está abaixo do permitido pela legisla-ção que o mínimo é 2,80 para polpa de acerola (BRASIL, 2000). Segundo os resultados obtidos na análise de acidez total titulável, foi possí-vel observar que houve diferença significativa entre elas tanto no dia 0 como no dia 14, sendo o orgânico mais ácido que o convencional por não sofrer alterações de compostos químicos. De acordo com a Portaria Nº 94 (MAPA, 2016), é permitido no mínimo 0,80. Dessa forma nota-se que apesar de haver muita diferença entre elas em ambos os tem-pos, todas permanecem ainda dentro no padrão segundo a legislação citada acima. Comparando os resultados com a tabela acima, foi possível observar que que todas as amostras convencionais e orgânicas, do tempo 0 e tempo 14 tiveram diferenças entre si, no entanto destacou-se a manga orgânica do tempo 14 que sofreu uma maior alteração sendo a única amostra que ultrapassou o valor exigido pela legislação, essa alte-ração está associada ao tempo entre o dia 0 e 14. Comparando os resultados de acidez do limão convencional e orgânico nos dois tempos, foi possível observar que todos os resultados diferiram entre si sendo o limão orgânico dos dois tempos mais ácidos que os limões convencionais. Todos abaixo do padrão estabelecido pelo Regulamento Técnico para fixação dos padrões de identi-dade e qualidade para suco de limão, sendo esse padrão máximo 5,0. Para as quantidades de cinzas, os valores encontrados variaram de 1,4% a 2,0% entre os frutos, com diferença estatística (p<0,05) entre os frutos convencionais e orgânicos. De acordo com Mendonça (2006) ao avaliar a Caracterização da composição química e do rendimento dos resíduos industriais do limão Tahiti, foi-se encontrado uns resultados de cinzas para com um percentual de 5,15% para o flavedo do limão, que foram superiores aos encontrados no presente trabalho. Além disso, folhas, cascas e as sementes apresentam os maiores teores de substâncias nutricionalmente importantes, como as fibras e os minerais (VILAS BOAS et al., 2011). As amostras de manga orgânica não diferiram estatisticamente entre si (p<0,05) nos dias 0 e 14, apresentando estabilidade de minerais em relação aos outros frutos no decorrer do tempo. De acordo com Faraoni (2009), que caracterizou orgânica cultivar ubá, em Minas Gerais da região da Zona da Mata e encontrou resultados de cin-zas de 0,74%, que foi de resultado inferior ao obtido no presente trabalho. As amostras orgânicas apresentaram o dobro de perda de massa do que as amostras convencionais em todos nos três frutos.

Tabela 1. Valores médios (média ± desvio padrão) das amostras dos frut

(1) Resultados expressos em ºBRIX, (3) Resultados expressos em g ác. Cítrico/100g, (4) Resultados expressos em %, (5) ACON (Acerola convencional), (6) AOR (Acerola orgâni-ca), (7) MCON (Manga convencional), (8) MOR (Manga orgânica), (9) LCON (Li

Tabela 2. Valores médios (média ± desvio padrão) das amostras dos frut

(1) Resultados expressos em ºBRIX, (3). Resultados expressos em g ác. Cítrico/100g, (4) Resultados expressos em %, (5) ACON (Acerola convencional), (6) AOR (Acerola orgâni-ca), (7) MCON (Manga convencional), (8) MOR (Manga orgânica), (9) LCON (L

Conclusões

A escolha desses frutos é devida o seu alto consumo na região, no qual de acordo com os dados obtidos e discutidos, pode-se concluir que as caracterizações físi-co-químicas não diferem de forma alarmante os frutos convencionais dos orgânicos, ago-ra diferem nos tempos, devido serem altamente perecíveis, com isso notamos a impor-tância dos cuidados e um armazenamento necessário para prolongar sua vida útil.

Agradecimentos

Referências

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