Prospecção fitoquímica, quantificação de fenóis totais e flavonóides em extrato etanolico da Beta vulgaris (beterraba)

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Alimentos

Autores

Carvalho, A.B.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Barbosa, S.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Fernandes, A.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Aguiar, G.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Liberato, M.C.T.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Souza, J.V.A. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Teixera, L.D.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)

Resumo

A espécie Beta vulgaris, mais conhecida como beterraba, apresenta vários compostos, dentre eles,vitaminas e outros compostos que são essenciais para o ser humano e que ajuda na prevenção e tratamento de várias doenças, na medicina popular ela é muito utilizada na prevenção e tratamento da anemia, pois é bastante rica em ferro, betacaroteno, um excelente antioxidante. O objetivo desse trabalho foi a caracterização fitoquímica do extrato etanólico, a quantificação de fenóis totais com o reagente Folin-Clocalteau. Na quantificação de flavonóides foi utilizado a solução de AlCl3. Os metabólitos secundários presentes no extrato foram: flavonas, flavononois e xantonas. O teor de fenóis totais ficou em 236,63 ±0,21mg EAG/g de extrato e o teor de flavonóides 48,99 ±0,19 mg EQ/g de extrato.

Palavras chaves

beterraba ; fenóis; fitoquimico

Introdução

Os produtos naturais desde a antiguidade sempre foram utilizados pela humanidade. As propriedades das hortaliças e das frutas estão relacionadas com a sua composição nutricional, além de serem considerados fonte de compostos antioxidantes e bioativos, e apresentarem uma elevada composição de fibras alimentares, vitaminas, minerais e fitoquímico (Liu, p. 2, 2013). Os compostos bioativos são compostos essenciais ou não essenciais que nós ingerimos e que apresentam diversas propriedades benéficas para a saúde, principalmente relacionadas com o seu poder antioxidante. Dividem-se em diferentes grupos com características distintas, entre os quais se encontram os compostos fenólicos. Estes, por sua vez, são subdivididos noutras classes como os ácidos fenólicos, os flavonóides e os taninos. A Beta vulgaris mais conhecida como beterraba, pertence a família Amaranthaceae sua principal parte é comestível. A raiz pode ser consumida crua ou cozida, porém são nas folhas que estão concentradas as maiores quantidades de nutrientes, vitaminas e fitoquímicos. É originária das regiões de clima temperado da Europa e do Norte da África. No Brasil, as Regiões Sudeste e Sul cultivam 77% do que é produzido. Na medicina popular, a beterraba apresenta atividade antitumoral, digestivo, diurético, emoliente, rejuvenescedora. Seus principais constituintes são o betacaroteno, um excelente antioxidante para a saúde. Ela também possui uma boa quantidade de Vitamina C, também possui boa quantidade de potássio, por isso é um alimento interessante para diminuir a pressão arterial, possui cálcio mineral importante para os ossos. Ela é utilizada tanto na prevenção quanto no tratamento da anemia pois tem uma alta concentração de ferro.

Material e métodos

A espécie estudada foi comprada em um supermercado situado na cidade de Fortaleza, no mês de agosto de 2019. A preparação do extrato etanólico foi obtido por 60 gramas de beterraba e 300 ml de etanol P.A, a extração foi através do sistema de soxhlet, O extrato líquido foi submetido a um processo de rotaevaporação onde o solvente foi evaporado usando o rotaevaporador, sob pressão reduzida, obtendo-se o extrato bruto. A prospecção fitoquímica se deu pela metodologia descrita por Matos (2009). Separou-se 9 tubos para 7 testes. A determinação do teor de fenóis totais foi realizada utilizando o método Folin-Cioalteau (SOUSA, 2007), com uma adaptação. Foi pesada uma amostra de 7,5 mg de extrato e diluído em água destilada e transferido para um balão de 25 ml. Essa solução serviu como solução mãe, após isso, foram retirados 0,5 ml da solução mãe e transferida para um balão de 10ml, adicionou-se 1 ml do reagente Folin-Cioalteau e por fim, adicionou-se 2,0 ml de uma solução de carbonato de sódio e o balão foi completado até o menisco com água destilada, o teste foi feito em triplicata. Após duas horas no escuro as leituras foram feitas no aparelho espectrofotômetro em 750 nm. A quantificação de flavonóides se deu pelo método Tricloreto de Alumínio (AlCl3) com uma adaptação, foram pesadas 2 gramas de extrato e diluído para um balão de 25 ml, desta solução foram retiradas 2 ml e transferido para um balão de 25 ml, foi adicionado 1 ml de uma solução de cloreto de alumínio 2,5% e com completado o volume do balão com água destilada. O teste foi feito em triplicata e após 30 minutos foram feitas as leituras em espectrofotômetro por 415 nm.

Resultado e discussão

A prospecção fitoquímica realizada no extrato etanólico da Beta vulgaris está expresso na tabela 1. Com relação a quantificação de fenóis totais foram obtidas as seguintes absorbâncias 0,121; 0,083; 0,064. Foi utilizada a curva de calibração do Ácido Gálico (y = 7,7934x – 0,0856) utilizando-a para calcular a concentração em cada absorbância. A média foi 0,70. O desvio padrão foi de 0,209. Teor (%) = 236,63±0,21 mg EAG/g de extrato. Em relação a quantificação de flavonóides totais foram obtidas as seguintes absorbâncias 0,345; 0,371; 0,343. Usou-se a curva de calibração Quercetina (10,229x + 0,3934) para determinar a concentração correspondente a cada absorbância. A média foi 3,91. O desvio padrão foi de 0,187. Teor (%) = 48,99±0,19 mg EQ/g de extrato. Todos os cálculos foram feitos no programa Excel, e para cada amostra foi feita uma equação da reta e com isso obtivemos as médias, os desvios padrões e a concentração da amostra pelo padrão usado.

tabela1

Tabela 1- resultados fitoquimico

Conclusões

Os metabólitos secundários obtidos na prospecção fitoquímica foram:flavonóis, flavononóis e xantonas. O teor de fenóis variou entre 236,42 e 236,84 mg de extrato etanólico. O teor de flavonóides variou entre 48,8 e 49,17. Os resultados foram considerados muito bons em relação a fenóis e flavonóides, além de justificar os fitoquímicos, já que flavononóis e flavonóis são uma subclasse dos flavonóides.

Agradecimentos

Referências

Liu RH. Health-promoting components of fruits and vegetables in the diet. Adv Nutr.2013;4(3):384S-92S. <http://advances.nutrition.org/content/4/3/384S.full>. Acesso em:10 agosto. 2019.

MATOS, F.J.A, Introdução a Fitoquímica experimental. 3 ed., Edições UFC, Fortaleza, 148., 2009.


SOUSA, C.M.M. et al. Fenóis totais e atividade antioxidante de cinco plantas medicinais. Quimica Nova. V. 30, p.351-355, jan. 2007. http://quimicanova.sbq.org.br/imagebank/pdf/Vol30No2_351_20-AR06044.pdf> Acesso em:10 agosto. 2019.

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