TRATAMENTO DE EFLUENTES POR ELETROCOAGULAÇÃO UTILIZANDO ELETRODOS DE ALUMÍNIO

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ambiental

Autores

Silva, J.S. (IFPA) ; Souza, R.B.P. (IFPA) ; Oliveira Júnior, A.L.A. (IFPA) ; Ferreira, R.K. (IFPA) ; Monteiro, R.L. (IFPA) ; Oliveira, J.S. (IFPA)

Resumo

O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo da eletrocoagulação (EC) no tratamento de efluentes líquidos. Quatro amostras de efluentes, de dois canais localizados município de Belém-PA, foram utilizadas neste estudo. Para realizar o tratamento utilizou-se uma cuba eletrolítica, eletrodos de alumínio, uma fonte e um agitador magnético. Realizou-se o tratamento com voltagem de 24volts por 20 minutos e com agitação, os parâmetros do pH e condutividade elétrica (CE) foram avaliados nos efluentes antes e depois da EC; os resultados do pH e da condutividade elétrica, após a EC se mostraram satisfatória em relação a legislação vigente e estudos sobre CE. E ainda a aplicação do teste t demonstrou, com 95,5% de confiança, que o tratamento dos efluentes por EC altera o pH e CE significativamente

Palavras chaves

Tratamento de Efluentes; Eletrocoagulação; Teste de significância

Introdução

A água é, indiscutivelmente, a substância mais importante para a manutenção de todas as formas de vida no planeta, sua preservação, que está diretamente relacionada com a do meio ambiente, se tornou uma das preocupações da sociedade atual. Com isso, cada vez mais, vem sendo tomadas decisões para o uso racional deste bem precioso, como legislações ambientais mais rígidas e fiscalizações para o comprimento das mesmas. Uma maneira de minimiza a contaminação dos recursos hídricos é impedindo que resíduos sejam lançados de forma bruta nos corpos hídricos sem um prévio tratamento (FORNARI et al.; 2008). As estações de tratamento de efluentes (ETEs) podem utilizar diversas formas de tratamento para minimizar as contaminações dos recursos hídricos, entre estes estão os tratamentos físico-químicos, coagulação com reagentes químicos, anaeróbico, tratamento biológico de remoção de nutrientes, filtração, desinfecção entre outros (CRESPILHO e REZENDE. 2004). A coleta e tratamento dos efluentes domésticos é uma das importantes ferramentas do saneamento básico, para a preservação do meio ambiente. Nos últimos anos, pesquisas em escala de laboratório sobre a eletrocoagulação (EC) no tratamento de diferentes tipos de efluentes líquidos vêm se tornando mais frequente, tal demanda deve-se a comparação da EC com o tratamento químico de coagulação. Uma das principais vantagens na EC é que esta técnica se adéqua a muitos preceitos da química verde, como a diminuição de resíduo e principalmente de reagentes. Com isso, o objetivo deste trabalho consiste em verificar a eficiência do tratamento de efluentes líquidos domésticos por eletrocoagulação, utilizando eletrodos de alumínio nos parâmetros do pH e da condutividade elétrica (CE).

Material e métodos

Os efluentes estudados foram coletados no canal da Pirajá e no canal do galo, canais localizados no bairro da Pedreira do município de Belém-PA, com auxílio de um recipiente de plástico e corda, em seguida as amostras foram armazenadas em garrafas PET (novas) de 500 mL devidamente rotuladas, coletou-se duas amostras de cada canal. As amostras foram levadas ao laboratório, onde realizou a determinação do pH e da condutividade com equipamentos de bancada, as análises foram feitas em triplicatas, logo após preparou-se o sistema para a EC (Figura 1), para isso utilizou-se uma cuba de vidro (medindo 10 cm de largura por 15 cm de comprimento e 15 cm de altura na qual foi colada), uma régua para fazer a determinação do volume de efluente utilizado na EC, uma fonte de notebook com voltagem selecionável de 12 a 24 volts, dois eletrodos de alumínio e um agitador magnético. Para a realização do processo de EC dos efluentes adicionou-se 450 mL do efluente na cuba de vidro em seguida adicionou-se os eletrodos de alumínio que estavam conectados na fonte de notebook, ajustada para 24 volts, e adicionou-se a barra magnética para agitação, e em seguida realizou-se o processo de EC do efluente por 20 minutos, ao término do processo determinou-se o pH e a condutividade do efluente tratado.

Resultado e discussão

Na tabela 1 encontram-se os resultados dos parâmetros de pH e condutividade antes e depois da eletrocoagulação e observa-se que para o pH obteve-se uma aumento do pH depois do tratamento e para a condutividade observa-se que houve uma diminuição após o tratamento; para verificar se as diferenças nas médias antes e depois são diferença significativas efetuou-se o teste de significância, para a distribuição t para n igual 8 (teste t independente). Os resultados médios para os parâmetros pH e condutividades foram testados para ver se diferem significativamente com 99,5% de confiança, o valor de t tabela para a grau de liberdade agrupado igual a 6 é 4,317, e efetuando os cálculos, manualmente e utilizando a formula para o t calculado (Figura 2), para as média de pH obteve-se o valor de t calculado de 4,740; com o valor de t calculado é maior que o valor de t tabelado (4,317) as médias para o pH antes e depois da eletrocoagulação são diferentes com 99,5% de confiança. Efetuando-se os cálculos para as médias de condutividade obteve-se o valor de t calculado igual a 41, 525 esse valor bem maior que o valor de t tabelado (4,317); com isso as média para a condutividade antes e depois da eletrocoagulação são diferentes com 99,5% de confiança.

Tabela 1 - Resultados da análise de pH e condutividade antes e depois



Figura 1 - 1A - Sistema de eletrogoaculação e 1B - Equação para Teste



Conclusões

O tratamento da eletrocoagulação em amostras de efluentes líquidos dos canais analisados da cidade de Belém-PA, utilizando-se eletrodos de alumínio durante 20 minutos, foi suficiente para obtermos melhoras nas condições do pH e da condutividade elétrica. Ainda pelo teste t de student comprovou que as médias, de CE e do pH, são diferentes significativamente com 99,5% de confiança, mostrando que o tratamento da EC modifica as características dos efluentes.

Agradecimentos

AO IFPA e ao PIBICT.

Referências

FONARI, M. M. T. aplicação técnica de eletro-floculação no tratamento de curtumes. Discertação de mestrado em engenharia química.Toledo-PR: Universidade Federal do Oeste do Paraná. 2008. Disponível em:http://www.unioeste.br/eq/peq/dissertaçoes/ turma1/marilda_mechan_tavares_fornari.pdf. acesso em: 03 maio 2019.


CRESPILHO, F. N.; REZENDE, M. O. O.; Eletroflotação – Princípios e Aplicações, 1a ed., Editora Rima: São Carlos, 2004.

www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res43011.pdf, acesso em maio 2019.

PIRATOBA, Alba Rocio Aguilar et al . Caracterização de parâmetros de qualidade da água na área portuária de Barcarena, PA, Brasil. Rev. Ambient. Água, Taubaté , v. 12, n. 3, p. 435-456, May 2017 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-993X2017000300435&lng=en&nrm=iso>. access on 04 Sept. 2019. http://dx.doi.org/10.4136/ambi-agua.1910.

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