PRÁTICA EXPERIMENTAL NO ENSINO DE QUÍMICA: UMA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA EM LABORATÓRIO

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Assunção, J.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Silva, A.T. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Gonçalves, L.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Lobato, S.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Brito, L.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Leal, R.R.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Santos, A.A.S. (SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ/SEDUC-PA) ; Carneiro, J.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ)

Resumo

A temática que deu origem a esta pesquisa, surgiu de observações realizadas durante o estágio supervisionado dentro do Programa Residência Pedagógica, onde percebeu-se a motivação dos alunos nas aulas de química quando observaram uma experimentação realizada em sala de aula. O objetivo deste trabalho foi apresentar aos alunos práticas e procedimentos experimentais em laboratório, visando estimular o interesse e a participação dos educandos nas aulas de Química. Para a avaliação levou-se em conta a participação bem como as repostas obtidas através de um questionário com perguntas subjetivas. Com os resultados obtidos ficou notório que a prática como método de ensino aprendizagem pode contribuir de forma significativa.

Palavras chaves

ENSINO DE QUÍMICA; LABORATÓRIO; PRÁTICA EXPERIMENTAL

Introdução

O papel do professor atualmente não se detém apenas ao repasse de conteúdos aos alunos; conteúdos estes que lhes são cobrados posteriormente em avaliações ou trabalhos. Segundo Pontes et al (2008) quando se aborda química, as metodologias são caracterizadas pela transmissão dos conteúdos disciplinares, na maioria das vezes através do uso de equações que o aluno deve memorizar e da resolução de exercícios. Propor metodologias que possam estimular o interesse do aluno em participar das atividades propostas e papel do professor. Segundo Santos (2014) a função do ensino experimental está diretamente relacionada com a consciência da necessidade de adoção, pelo professor, de uma postura diferenciada sobre como ensinar e aprender ciências. As práticas experimentais são vistas pelos alunos, como uma “brincadeira”, onde sem perceber eles aprendem o que na teoria eles rejeitam por envolver calcúlos e formúlas. Neste sentindo aproveitar o interesse dos alunos por práticas que podem contribuir para a construção do conhecimento se torna indispensável, pois a partir do momento que os educandos conseguem entender a relação da teoria com prática, a empatia pela disciplina pode-se diminuir, possibilitando assim que o aluno tenha interesse em aprender. Com base em autores como Gaspar (2009), Krasilchik (2004) e Carvalho et. al., (2007) pode-se afirmar que: Com a realização de experimentações e não apenas com aulas expositivas, o aluno venha reestruturar seu pensamento, iniciando- se na educação científica de forma mais eficaz. Sendo assim, a proposta deste trabalho foi apresentar aos alunos práticas e procedimentos experimentais em laboratório, buscando despertar neles o interesse pela disciplina através da experimentação.

Material e métodos

O presente estudo foi desenvolvido em uma escola estadual no município de Abaetetuba-PA durante o projeto Residência Pedagógica intitulado: “Intervenções Pedagógicas para o Melhoramento do Ensino Ciências e Química nas Escolas Públicas do Estado do Pará”. O trabalho foi densenvolvido durante o período de estágio supervisionado em uma turma do 1°Ano do ensino médio. O Objetivo deste, foi apresentar aos alunos práticas e procedimentos experimentais em laboratório. A proposta de ação foi dividida em seis momentos. No primeiro momento, foi proposta a turma, a realização da prática experimental em laboratório, já com a autorização do professor regente e da coordenação pedagógica da escola. O segundo momento, foi a escolha dos experimentos a serem desenvolvidos para a experimentação. O terceiro momento foi a organização do laboratório para a realização da atividade proposta, onde foram selecionados os materiais para a prática experimental. Durante o decorrer dessas etapas, foram preparados uma solução de neutralização, em caso de acidente com o experimento “produção do líquido infernal”, o qual envolvia o ácido sulfúrico. O quarto momento foi a divisão dos grupos em sala, de A a D, para a realização das práticas experimentais. Para a atividade prática proposta cada grupo seguiu um roteiro procedimental do experimento, previamente elaborado. O quinto momento foi a realização das práticas em laboratório, com a supervisão dos orientadores e de um professor da escola responsável pelo laboratório. Neste momento, foram disponibilizados os roteiros com os procedimentos de cada experimentos. No último momento, foi realizado a aplicação de um questionário, afim de verificar as contribuições da estratégia de ensino e aprendizagem e a importância da prática experimental em laboratório.

Resultado e discussão

Para a atividade prática proposta, cada grupo seguiu o roteiro procedimental do experimento. A tabela 1 mostra a divisão dos grupos com os números de integrantes e os respectivos experimentos desenvolvidos.Os resultados da proposta são apresentados a seguir: O grupo A se mostrou motivado para a realização da prática, aonde se percebeu que os integrantes do grupo, participaram de forma ativa na realização do experimento. No grupo B, 05 integrantes tiveram um desempenho satisfatório na realização do experimento e, apenas um integrante do grupo, não demonstrou interesse em participar da atividade. Quando questionada sobre tal atitude, a mesma relatou não ter apreço por tal prática. À respeito do grupo C, houve a participação integra, de apenas metade do grupo, dos que não participaram, um dos integrantes, faz acompanhamento na sala de recursos para o desenvolvimento das atividades escolares, fato o que foi levado em consideração no critério avaliativo do mesmo. Já, os outros dois alunos, optaram por somente observar a prática que estava sendo realizada. O grupo D responsável por realizar o experimento que exigia uma maior cautela, devido utilizar o ácido-sulfúrico, se mostrou o mais participativo, pois todos os integrantes se mostraram atenciosos durante a execução da prática experimental, seguindo todo um cuidado exigido nos procedimentos. Quando questionados sobre as contribuições e a importância da prática experimental em laboratório, muitos alunos afirmaram que a prática fez com que os mesmos tivessem um maior interesse pela disciplina, isto porque, eles saíram do ambiente de sala de aula para conhecer o laboratório e, assim, tiveram a oportunidade conhecer “coisas novas” no sentido macroscópico da química, bem como, realizar atividades deste gênero.

Divisão dos Grupos e Experimentos.

A tabela 1 mostra a divisão dos grupos com os números de integrantes e os respectivos experimentos desenvolvidos.

Conclusões

A proposta feita a turma foi de grande aceitabilidade, principalmente pela coordenação pedagógica da escola, isto porque o laboratório não é utilizado. Durante a realização da atividade os alunos demonstraram grande interesse na prática. A única aula experimental que eles já haviam tido, foi a demonstração de um experimento em sala de aula. Com os resultados obtidos pôde-se concluir que o interesse dos alunos por atividades experimentais consegue despertar neles o gosto pela disciplina, onde ficou notório que a prática como método de ensino aprendizagem pode contribuir de forma significativa.

Agradecimentos

A Universidade do Estado do Pará Campus XVI- Barcarena-Pa, a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Referências

CARVALHO, A.M.P. Ciências no Ensino Fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 2007.
GASPAR, A. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2009.
KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2004.
PONTES, A. N.; SERRÃO, C. R. G.; FREITAS, C. K. A.; SANTOS, D. C. P.; BATALHA, S.S. A.; O Ensino de Química no Nível Médio: Um Olhar a Respeito da Motivação, In: XIV ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA. Anais... Curitiba-PR. 2008.
SANTOS, K.P. A Importância de Experimentos para Ensinar Ciências no Ensino Fundamental. 2014. 47 folhas. Monografia (Especialização em Ensino de Ciências). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2014.

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