Balão que enche sozinho: experimento que favorece a compreensão de conceitos de ciências por alunos de Escolas Públicas do Município de Confresa/MT

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Sodré Fernandes, G. (IFMT - CAMPUS CONFRESA) ; Naiara Silva Costa, A. (IFMT- CAMPUS CONFRESA) ; Pereira da Silva, J. (IFMT- CAMPUS CONFRESA) ; Fantinell Júnior, M. (IFMT- CAMPUS CONFRESA) ; Franco Leão, M. (IFMT- CAMPUS CONFRESA) ; Fernandes de Jesus Neto, D. (IFMT- CAMPUS CONFRESA) ; Sales da Silva, L. (IFMT- CAMPUS CONFRESA)

Resumo

É indicado que as aulas de ciências sejam dinâmicas, que tenham experimentos e estratégias diferenciados que motivem e favoreçam a compreensão dos conteúdos. Durante o Circuito de ciências”, que foi realizado no Laboratório de Química do IFMT Campus Confresa, realizou-se o experimento balão que enche sozinho. A atividade visou estimular os alunos de Ensino Fundamental de duas Escolas Públicas de Confresa. Na ocasião os alunos estudaram conceitos iniciais sobre reações químicas. Os resultados da avaliação realizada via questionário, foi constatado que ocorreu aprendizagem e relações foram realizadas com os conceitos já trabalhados em sala de aula. Assim, pela experimentação o ensino é motivador, desperta a curiosidade dos alunos para novas aprendizagens com significado.

Palavras chaves

Aprendizagem; Ensino de Ciências; Experimentação

Introdução

O termo ciências é complexo de se definir visto que envolve desde como os fenômenos da natureza ocorrem, assim como a concepção de criação e formação do universo. E por toda essa complexidade que se faz necessário o uso de ferramentas metodológicas, como à experimentação, para que esses conteúdos sejam mais benquistos pelos alunos. A experimentação independente da disciplina a ser aplicada, motiva e desperta interesse por parte dos alunos e por tanto deve ser desenvolvida e praticada nas escolas. Freire (2005) entende que há várias formas de se aprender e que cada indivíduo possui suas particularidades, pois são muitos fatores que influenciam , e que a partir de conhecimentos adquiridos durante a vida desse individuo vão tendo significado de acordo com vão se apresentando a esses indivíduos, para a construção do conhecimento.Dessa forma, Araújo (2003) afirma que a atividade experimental deve estar presente nas escolas, pois além de ser dinâmico, e abranger diversos conteúdos auxilia não só no aprendizado dos alunos, mas também na formação pedagógica do professor. As atividades experimentais desenvolvidas em aulas de ciências, é uma forma de superar os obstáculos de aprendizagem que o aluno possa ter em relação ao conteúdo, ademais é dinâmico, motivador e desafiador, tendo como resultado uma aprendizagem de forma a ter significado para eles (BORGES, 2002). Segundo Galiazzi et al. (2001) as práticas experimentais escolhidas pelos professores servem como um complemento das aulas teóricas, sendo considerada uma forma de melhor aprendizagem pelos alunos. Dessarte, este trabalho tem por objetivo incentivar a inserção do ensino de ciências por meio de prática laboratoriais mostrando por meio de um simples experimento que é o “balão que enche sozinho”, incentiva e influencia no processo de ensino-aprendizado aos alunos do ensino fundamental das Escolas Públicas Estaduais do município de Confresa/MT.

Material e métodos

Este experimento foi realizado no laboratório de química do Instituto Federal de Mato Grosso - Campus Confresa, realizado com os alunos de duas Escolas Públicas do Ensino Fundamental, sendo que os mesmos participavam de um evento organizado pelas coordenações, e bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação á Docência (PIBID), programa esse denominado “Circuito de Ciências”. Para o experimento denominado “Balão que enche sozinho”, utilizou-se três garrafas de plástico polietileno tereftalato (PET) de 600 mL limpas, três balões, funil de vidro, bicarbonato de sódio e vinagre, todos adquiridos no comercio local. Em um primeiro momento foi colocado, com auxílio de um funil de vidro, uma colher de sopa de bicarbonato de sódio dentro do primeiro balão, duas colheres de sopa, no segundo e três colheres no terceiro balão. Em seguida enchemos todas as garrafinhas PET de vinagre, todas possuíam a mesma medida, cerca de 100 mL. Posteriormente prendemos o primeiro o bico do primeiro balão no gargalo da garrafinha PET, de modo que o bicarbonato de sódio caísse dentro das garrafinhas PET, e explicamos a eles que quando o bicarbonato de sódio cai sobre o vinagre, imediatamente ocorre uma reação química entre o ácido acético (o vinagre), e o bicarbonato de sódio, resultando em gás carbônico, que enche o balão. Essa experiência é baseada na reação entre ácido e base e ilustra conteúdos como reações químicas, concentração química e densidades dos gases. Prontamente solicitado a dois alunos, um de cada vez, que prendessem o bico do segundo e terceiro balão, respectivamente, no gargalo da garrafinha PET, de modo que o bicarbonato de sódio caísse dentro das garrafinhas PET. Após foi aplicado um questionário como uma ferramenta para avaliar essa experiência realizada.

Resultado e discussão

No mês de novembro de 2018, realizou-se o II Circuito de Ciências IFMT – Campus Confresa, organizado pelos coordenadores e bolsistas do PIBID, em que alunos de Ensino Fundamental de duas Escolas Públicas Estaduais tiveram a oportunidade de ver o experimento “Balão que enche sozinho”, ofertada pelo IFMT - Campus Confresa, como demonstra a imagem 1. Por meio dessas atividades experimentais, ocorrem influências e contribuições ao processo de aprendizado dos alunos para compreender os conteúdos de ciências. No total foram 104 alunos que participaram da apresentação do experimento, e que responderam o questionário, destes 51 são do sexo feminino e 53 masculinos, com idades de 12 a 15 anos, sendo estes do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental. No questionário indagamos o que os alunos acharam da experiência, ficando livre para eles responderem, podemos observar os resultados no gráfico 1.Destes apenas um não respondeu, 57 afirmaram que gostaram muito e 21 disseram que auxiliou na melhorar da aprendizagem deles, 20 concordaram que foi interessante e 5 informara que gostaria de mais experimentações como essas. E um único aluno disse não ter compreendido o experimento, isso deve ser porque provavelmente este aluno está na série inicial de ciências e ainda não viu o conteúdo adequado que o possibilitasse compreender o conteúdo. Apesar de a maioria dos alunos terem respondido ter gostado, isso não significa que eles compreenderam o conteúdo, portanto faz-se necessário adequações de conteúdos segundo o estudo e base curricular de cada turma. Toda aprendizagem é uma nova descoberta que estimula o aluno a exercer sua capacidade de aprender e isso não pode ser forçado e sim estimulado com experimentações que despertam esse aprendizado de forma natural (BORDENAVE, 2001). Carvalho (2006) corrobora que o ensino por meio de experimentos que envolvem os alunos de tal forma que eles aprendem sem perceber.

Gráfico 1 - O que os alunos acharam da experiência “Balão que enche so

Descreve os resultado obtidos por meio da avaliação dos alunos através do questionário.

Imagem 1 - Experiência “Balão que enche sozinho”.

Essa imagem demonstra o experimento sendo realizado em Laboratório.

Conclusões

Por meio desse circuito os bolsistas tiveram o contato com a prática pedagógica em meio à utilização de laboratórios, o que favoreceu a possibilidade de explorar o uso de ensaios experimentais que contribuem no processo de ensino de ciências, potencializando a aprendizagem e compreensão dos alunos. Reforçando que o ensino de ciências aliado a experimentação possibilita ao aluno explorar os fenômenos naturais e relacionar os dados observados com a teoria conceitual estudada. Portanto, acredita-se que a experimentação amplia as possibilidades de ocorrer aprendizagens que tenham significado para eles.

Agradecimentos

Agradecemos ao IFMT- Campus Confresa e a CAPES pelo incentivo através do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência).

Referências

ARAÚJO, M. S. T.; ABIB, M. L.V. S. Atividades experimentais no ensino de física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Ver. Bras. Ensino Fis., vol. 25, nº 2 São Paulo: junho, 2003.
BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de Ensino-Aprendizagem . 22º ed. Petropólis: Vozes, 2001.
BORGES, T. Novos rumos para o laboratório escolar de Ciências Caderno. Brasileiro de Ensino de Física. Florionópolis, v.19, n. 3, p. 291-313, 2002.
CARVALHO, A. M. P. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GALIAZZI, M. C. et al. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de Ciências. Ciências & Educação, v. 7, n, 2: p. 249-263, 2001.

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