APRENDENDO A ENSINAR: Relato de contribuições do PIBID para formação inicial de professores.

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Lemos, A.L.S. (IFMA) ; Sá, H.J.F. (IFMA) ; Cardoso, Z.S. (IFMA) ; Ribeiro, R.L.M. (IFMA) ; Cavalcante, K.S.B. (IFMA)

Resumo

O PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, foi planejado para enriquecer a formação prática do licenciando, dando-lhe oportunidade de vivenciar práticas pedagógicas com ações complementares para além do estágio supervisionado. Neste sentido, após as aulas teóricas, foram apresentadas aulas experimentais e lúdicas, com duração de 1hora e 50 minutos cada, como ferramenta para melhor compreensão da disciplina de físico-química. Em todos os momentos percebe-se um maior interesse dos alunos aos recursos interativos, com uma participação mútua da turma em todas as atividades desenvolvidas. Os conhecimentos construídos transformaram as antigas concepções e nos proporcionaram uma visão mais realista da docência.

Palavras chaves

Docência; Aprendizado; Experiências

Introdução

As mudanças geradas pelo homem na sociedade afetam e refletem não apenas a vida pessoal de cada ser humano inserido nesse contexto social, mas também são percebidas e consequentemente afetam todos os setores, inclusive o setor educacional. Contudo, a escola continua sendo como uma das principais fontes de acesso ao conhecimento. A educação possibilita a formação de um ser pensante, garantindo a aprendizagem de saberes e habilidades necessárias para a vida em sociedade, fornecendo ao aluno capacidade para o desenvolvimento da autonomia, espírito crítico e investigativo, para se tornar um ser cada vez mais atuante na sociedade em que está inserido. Para discutir sobre o papel da Educação, das Políticas Públicas Educacionais, e seus efeitos na sociedade e na realidade brasileira é muito importante discutir aspectos sobre a formação de professores, tanto a inicial quanto a continuada. Vários estudos têm apontado para a importância de se estudar o ensino em ambiente escolar e a docência a partir do ângulo analítico do trabalho. (TARDIF; LESSARD, 2005; ZEICHNER, 2009). O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), foi planejado para enriquecer a formação prática do licenciando, dando-lhe oportunidade de vivenciar práticas pedagógicas com ações complementares para além do estágio supervisionado. Este relato visa compartilhar experiências pedagógicas construídas e praticadas durante a participação no programa PIBID no campo da formação inicial dos acadêmicos de licenciatura do curso de química e a influência dessas práticas para a formação dos novos educadores.

Material e métodos

As práticas didáticas relatadas neste trabalho ocorreram no âmbito do subprojeto do PIBID-Química desenvolvidas no Instituto Federal do Maranhão – IFMA, campus São Luís-Monte Castelo. Uma investigação à contribuição da Iniciação à Docência para a formação inicial de futuros professores de química, sempre observados e instruídos pela coordenadora e supervisora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), e pelo professor da turma do 2º ano do ensino médio do curso Técnico em Edificações. Os alunos do curso de licenciatura em Química são orientados para elaboração de aulas diferenciadas e utilização de recursos de ensino alternativos. É importante salientar a importância de uma aula interativa, tanto para os alunos quanto para o professor da disciplina. Fernandes e Rocha (2017) comentam que a interatividade em sala de aula tem como alvo a construção de conhecimento, onde ajuda em todas as áreas do ensino, principalmente nas disciplinas de Ciências, Física, Química e Biologia, que geralmente são as que os alunos sentem mais dificuldades. Neste sentido, após as aulas teóricas, foram apresentadas aulas experimentais e lúdicas, com duração de 1hora e 50 minutos cada, como ferramenta para melhor compreensão da disciplina de físico-química. As aulas teórica-experimentais foram constituídas de conceitos inicias referente aos assuntos: cinética e eletroquímica, seguidas de experimentos químicos (classificados como seguros para serem realizados em sala de aula) realizados com o objetivo de reforçar a aprendizagem e demostrar a presença da química no cotidiano. A aula lúdica constituiu-se de um jogo de tabuleiro denominado ludo químico em tamanho (2x3 m) com questões sobre soluções, aplicada como estratégia metodológica de revisão do conteúdo estudado.

Resultado e discussão

O subprojeto do PIBID-Química tem contribuído de forma significativa no processo ensino-aprendizagem dos alunos envolvidos. O experimento realizado para identificar a influência da superfície de contato na velocidade das reações baseou-se na diluição em água de dois comprimidos antiácidos (um inteiro e outro triturado) um em cada béquer, repetiu-se a diluição fazendo- se o uso de água fria e água quente para identificação do efeito da temperatura nas reações. O uso de permanganato de potássio na decomposição do peróxido de hidrogênio, demostrou o resultado do uso de catalizadores nas reações. Para eletroquímica montou-se uma pilha de Daniell, onde os alunos puderam visualizar a geração de energia química através do fluxo de elétrons entre as soluções. O Ludo é uma versão do jogo de tabuleiro indiano Pachisi, um jogo de corrida para 2 a 4 jogadores. O objetivo do jogo é ser o primeiro a chegar, saindo da casa de origem à casa final. Para isso, deve-se dar a volta inteira no tabuleiro e chegar antes que os adversários. O ludo químico seguiu o mesmo formato, com as mesmas regras e tinha como objetivo revisar de maneira divertida o conteúdo de soluções. A sala foi dividida em 4 equipes, cada equipe jogava o dado (uma de cada vez) e só avançavam as casas (de acordo com o valor do dado) se respondessem corretamente a questão sobre o assunto no tempo de 2 minutos. Para Zanovello et al. (2014) o programa apresentou grande significado na formação dos professores do ensino básico e possibilitou um olhar inovador de suas práticas pedagógicas, o que constitui uma base fundamental para um novo perfil de educador. Já para Neitzel, Aguiar e Ferreira, (2013) por meio do programa, os futuros professores aprendem que os problemas podem deflagrar ações criadoras e criativas.

Figura representativa da interação dos alunos durante aulas lúdicas e

Figura 1.Participação dos alunos em atividades lúdicas e experimentais.

Conclusões

A formação de professores ainda gera impacto no projeto educacional, contudo a implementação de programas como o PIBID pode atuar como um forte instrumento de apoio à formação de profissionais da educação básica. As práticas realizadas foram de grande importância para a nossa formação e exercício da autonomia profissional. Os conhecimentos construídos transformaram as antigas concepções e nos proporcionaram uma visão mais realista da docência, onde aprimorar saberes se faz necessário para garantir um ensino de qualidade aos nossos alunos.

Agradecimentos

Referências

FERNANDES, D. C. G.; ROCHA, S. G.; Feira de ciências: contribuição no ensino-aprendizagem dos alunos de ensino médio. In: IV CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, João Pessoa, Anais Scientia Naturalis, Rio Branco, v. 1, n. 1, p. 84-89, 2019 p. 89 eletrônico. 2017, João Pessoa, UEPB, 2017.
NEITZEL, A.; AGUIAR, V. S.; FERREIRA, D. C. Os impactos do Pibid nas licenciaturas e na Educação Básica. Conjectura: Filos. Educ., Caxias do Sul, v. 18, n. especial, p. 98-121, 2013.
TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2005.
ZANOVELLO, R.; DUTRA, M. S.; THEISEN, G. R.; RUOSO, M. T.; BISOGNIN, G. T. M. Concepções de professores do ensino básico sobre a contribuição do PIBID na ação docente Ciência e Natura, vol. 36, núm. II, Universidade Federal de anta Maria Santa Maria, Brasil. p. 806-812, 2014.
ZEICHNER, K. M. Uma agenda de pesquisa para a formação docente. Revista Brasileira de Pesquisa sobre a Formação Docente, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, 2009.

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