A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO DE QUÍMICA CONTRIBUINDO COM A FORMAÇÃO CIDADÃ

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, A.M. (UECE) ; Silva, F.E. (UECE)

Resumo

O objetivo deste trabalho foi de identificar se os alunos do Ensino Médio conseguem refletir a respeito do problema de Educação Ambiental que o planeta hoje enfrenta, e busca-se através das aulas de Química, formar cidadãos conscientes de suas ações. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, estudo de caso, que utilizou-se como método de procedimento, o analítico descritivo e como técnica, a observação direta extensiva, e os resultados obtidos valeram-se da análise do discurso em relação ao conhecimento dos alunos sobre os problemas ambientais. De acordo com a pesquisa, observa-se que os Temas Ambientais pouco estão sendo trabalhados na disciplina de Química.

Palavras chaves

Educação Ambiental; Ensino de Química; Formação

Introdução

A atual situação da Educação Ambiental no Ensino de Química no Brasil configura uma situação grave, uma vez que não há uma preocupação em mostrar a importância ambiental da química. Desse modo, muitos concebem tal Ciência como destruidora, e esquecem que muitos dos avanços ambientais e tecnológicos estão diretamente ligados a Educação Ambiental. Nesse sentido, a ênfase de que o Ensino de Química é importante para formar o cidadão é um paradigma segundo, Santos & Schnetzler (2003, p.129). Sabe-se, portanto, que quando a educação visa formar cidadãos críticos, ela está assumindo seu verdadeiro papel na sociedade, e é exatamente nesse momento, que a química enquanto ciência contribuinte para o desenvolvimento social vem ajudar na formação de indivíduos capazes de intervir no meio em que vivem. A Educação Ambiental passa a ser incentivada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), através de um trabalho com os conteúdos disciplinares de forma contextualizada e integrada (UHMANN, 2013; DIAS, 2012). Preservar o meio ambiente é um ato importante, não só para a humanidade, mas para todos os seres que habitam a terra, afinal, é nela que estão os recursos naturais necessários para a sua sobrevivência, recursos como; água, alimentos e matérias-primas, sem esses recursos, todas as formas de vida do planeta poderão acabar e longo a existência humana ficará ameaçada, e muitos dos recursos naturais estão sendo degradados.

Material e métodos

O presente trabalho foi realizado na E.E.M. Padre Arimatéia Diniz, localizada em Cascavel-CE, usando a técnica de estudo de caso, com questionários respondido pelos alunos e pelos professores do 1º Ano (Noite), onde os mesmos responderam as questões, direcionadas a educação ambiental e o ensino de química. Foram entrevistados 60 alunos, inicialmente trabalhando os principais aspectos que se refere à educação ambiental, contribuindo com a formação cidadã. Realizou-se um estudo de caso com 4 professores de química do ensino médio da escola, e durante o decorrer do projeto realizou-se uma sondagem a respeito das suas maiores dificuldades em realizar as aulas práticas no laboratório de química. A metodologia aplicada caracterizou-se como, exploratória e de abordagem qualitativa, onde após a coleta de dados, os mesmos foram registrados e analisados, e apresentados os resultados e discussões através de tabelas e gráficos. A escola foi escolhida pelo fato de ter Ensino Médio, na qual se trabalha Química com professores formados em áreas distintas da química.

Resultado e discussão

Inicialmente foram abordadas as respostas dos alunos que participaram da aplicação do questionário, e após a consolidação dos dados, pode-se observar que os alunos demostram pouco interesse pela disciplina de química o que não é nada bom. Em resposta a pergunta que consistia em saber dos alunos qual a importância da Educação Ambiental, foram obtidos os seguintes resultados: a maioria dos alunos cerca de 5% demostram pouca importância sobre Educação Ambiental, ao contrário de outros 92% que dizem ter muita importância, já 3% confirmam não dá nenhuma importância ao assunto. Na interpretação de questões propostas pelo professor (gráfico 2), 47% não interpretam os de maneira correta as questões a eles propostas, já se observa que 28% conseguem interpretar, e 25% raramente interpretam. Perguntado aos professores se eles conseguem associar os conteúdos de química com a educação ambiental (gráfico 3), foi percebido que cerca de 37% afirmam em fazer essa associação, enquanto 33% respondem que raramente fazem isso, ao ponto que 30% firmam não fazem essa associação. Com relação a importância do ensino da química (gráfico 4), questionado aos professores, foi percebido que cerca de 67% afirmam que é muito importante, enquanto que outros 17% afirmam que raramente se importam, já os outros 16% falam que nem sempre se importam com a disciplina.

Conclusões

Ao término da pesquisa, é relevante salientar o papel que a Química vem desempenhando na sociedade. Constitui-se numa Ciência em que as teorias existem e se apoiam em experimentação científica. Desta forma a pesquisa apontou que para muitos alunos a Educação Ambiental pouco contribui no ensino da química, pois os alunos apresentam dificuldades em aprender os conteúdos, e os professores em associar a educação ambiental com a química e foram detectadas várias causas, como: desinteresse dos alunos, metodologia aplicada pelos professores, tempo limitado para ensinar os conteúdos.

Agradecimentos

1) Coordenação do Curso de Licenciatura em Química em EaD da UECE. 2) E.E.M. Padre Arimatéia Diniz, no município de Cascavel-CE. 3) Polo de Beberibe-CE.

Referências

DIAS, K. F. Abordagem Ambiental nos Livros Didáticos de Química Aprovados pelo PNLEM/2007: Princípios da Carta de Belgrado. 2012. 120 f. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) - Programa de Mestrado em Educação em Ciências e Matemática, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012.

SANTOS, W. L. P. dos & SCHNETZLER, R. P. Educação em química: compromisso com a cidadania. 3. ed. Ijuí-RS:Unijuí, 2003.

UHMANN, R. I. M. Interações e Estratégias de Ensino de Ciências com Foco na Educação Ambiental. Curitiba-RS: Ed. Primas, 2013.