A UTILIZAÇÃO DO AMBIENTE VIRTUAL NO ENSINO DE QUÍMICA: Um estudo de caso na escola campo do Programa Residência Pedagógica

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Pinto, B.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Tavares da Silva Pereira, D. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Kened Rodrigues dos Santos, J. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Leite do Amaral, J. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Leal Coutinho, S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)

Resumo

O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo de caso quanto a utilização do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) pelos alunos no Ensino de Química na escola campo do Programa Residência Pedagógica. Como instrumento de investigação para a coleta de dados, realizou-se aplicação de questionários online elaborados através dos Formulários Google buscando conhecer a visão de alunos e professores do Ensino Médio na Escola Prof.ª Maria Araújo de Figueiredo (MAF) localizada no Município de Ananindeua-PA, sobre a utilização da plataforma educacional em apoio às atividades presenciais realizadas em sala de aula. Por tanto, tal atividade permitiu o contato direto com a realidade escolar desempenhando um papel amplo e desafiador com experiências de cunho formativo vivenciadas imprescindíveis

Palavras chaves

Ambiente Virtual (AVA); Ensino de Química; Residência Pedagógica

Introdução

Durante décadas, em vários países dentre eles o Brasil, discute-se vários meios e métodos que possam oferecer e permitir ensino de qualidade no âmbito da educação básica. Porém, essas discussões foram mais abrangentes com a chegada das tecnologias de informação e comunicação conhecida popularmente (TIC’s) nos espaços educacionais, com intuito em proporcionar a flexibilidade e o compartilhamento de ideias, pois entendia-se naquele momento que muitas formas de ensinar não se justificariam mais quando se tratava apenas ter o professor como o mediador de todo o conhecimento (MORAN, 2000). Dessa maneira, o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é um exemplo de plataforma educativa das TIC's que abrange uma série de recursos em sua estrutura que auxiliam no ensino e aprendizado dos alunos. (ROSTAS, 2009). O ensino de química nesta perspectiva, divulgado por meio do AVA, poderá favorecer aos alunos resultados notórios facilitando e aprimorando cada vez mais o senso cognitivo e até mesmo seu próprio desenvolvimento em determinados assuntos, que transforma uma simples aula tradicional em um ensino mais atraente aos alunos proporcionando de certa forma uma maior interação entre todos os envolvidos sendo utilizados nas aulas de química com o objetivo de realizar aulas dinamizadas com a inserção de materiais interativos como: apostilas, vídeos aula, slides e questionários online (MASETTO, et al, 2002). Neste sentido, o presente trabalho busca estabelecer tal relação entre alunos e professores no ensino e química por meio da tecnologia deixando de existir determinadas limitações, revelando um rico espaço de reflexões e descobertas, em que teoria e prática foram instrumentos inseparáveis e indispensáveis para este.

Material e métodos

O campo de pesquisa se deu na Plataforma de aprendizagem da escola (MAF) localizada na Cidade Nova 5 SN-18 Ananindeua-PA. A plataforma disponibiliza diversos materiais interativos, como: apostilas, vídeos, exercícios e questionários online. A ferramenta inclui a página inicial, para o acesso e categorias - Cursos - História, Geografia. Dessa forma, o Prof.º da disciplina de química, implementa esta metodologia no exercício de suas aulas, oferecendo materiais apostilados, slides, vídeo aulas, modelos de formatação com a regras da ABNT e questionários online, exercendo as habilidades dos alunos, assim, a serem revisados a qualquer momento por eles. Para investigação foi aplicada a partir de uma pesquisa quantitativa que de acordo com Prodanov; Freitas (2013). Como instrumento de pesquisa para a coleta de dados, foram produzidos questionários online criados no google formulários contendo perguntas objetivas e discursivas com o objetivo de identificar o acesso quanto a questão da utilização do AVA pelos alunos do ensino médio no ensino de química. Participaram da pesquisa no total, 86 alunos da 1ª, 2ª e 3ª série, alunos com faixa etária entre 15 a 17 anos de idade. De acordo com os resultados obtidos, os dados coletados foram analisados de forma qualitativa e quantitativa gerando gráficos com os dados estatísticos para a discussão deste trabalho.

Resultado e discussão

Os resultados obtidos nos questionários aplicados e os dados estatísticos foram organizados em gráficos realizando a análise das respostas dos entrevistados. De acordo com a figura 1, cerca de 85 alunos responderam o questionário online sobre o uso e importância do AVA. Nesse sentido, apenas 21% dos alunos usam frequentemente do AVA e 39% raramente utiliza a ferramenta. Sobre a resolução de questionários online como revisão dos assuntos, 37,5% e 35,9% relataram considerar o seu desempenho como regular e bom, respectivamente, por essa forma de Ensino. Na Disciplina de Química, 67,5% confirmaram aprender melhor e apenas 32,8% não tiveram interesse em acessar a Plataforma Educacional. Portanto, pode-se perceber a importância de se utilizar o AVA como uma nova forma de ensino- aprendizagem. No que diz respeito a pesquisa feita para os professores, um total de 12 professores responderam o questionário online e na avaliação acerca dos dados obtidos, 44,4% dos entrevistados já utilizam o método e 55,6% apresentaram interesse em aprender a utilizar melhor o Ambiente Virtual. Quanto ao seu uso contínuo, 44,4% dos professores não fazem o uso AVA e 33,3% consideram utilizar a ferramenta quase sempre. Contudo, 55,6% dos professores relataram que não utilizam esse método de ensino por não saberem operar a Plataforma. Nessa perspectiva, Maciel (2006), considera que o Ambiente Virtual de Aprendizagem, viabiliza de forma íntegra e notória a melhoria dos alunos em um determinado assunto, pois a plataforma adaptativa dentro do âmbito na educação permite interações sendo elas individuais ou em grupos proporcionado uma relação interdisciplinar entre todos os envolvidos, principalmente os professores. Facilitando assim, o processo de ensino- aprendizagem através da inclusão.

Figura 1. Resultados do questionário on-line respondidos pelos alunos

Dados estatísticos relacionados a aceitação por parte dos alunos quanto a metodologia aplicada

Figura 2. Resultados do questionário on-line respondidos pelos profess

Dados estatísticos quanto a aceitação por parte dos professores à metodologia aplicada.

Conclusões

Vemos portanto que, a viabilização de um Ambiente Virtual de Aprendizagem foi o que de fato fomentou e despertou nos estudantes a elaboração e ideias desempenhadas em conjunto; onde os professores passam a ser orientadores que apoiam os estudantes no descobrimento dos ambientes e na construção de saberes e juízos baseados nas informações compiladas ao mundo, não havendo restrições de idade, podendo beneficiar-se alunos e professores que atuem desde a educação básica até a educação de ensino superior.

Agradecimentos

A Universidade Federal do Pará (UFPA) pela oportunidade, ao Programa de bolsa Residência Pedagógica na formação de futuros docentes, à professora Msc. Janes Kened Rodrigues, pela orientação, enriquecendo nosso trabalho.

Referências

MACIEL, Ira. Ambiente Virtual: construindo significados. In: Curso de extensão Tutoria On line – Rede EaD Senac. 2006.

MASETTO, M. T.; MORAN, J.M.; BEHRENS, M.A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 5.ed. [s.l]: Papirus, 2002

MORAN, José. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemáticas, In: MORAN, J., MASETTO, M. e BEHRENS, M. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.

M. H. ROSTAS and G. R. ROSTAS, “O ambiente virtual de aprendizagem como ferramenta auxiliar no processo ensino aprendizagem: uma questão de comunicação,” Lingua- gem, educação e virtualidade. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

PRODANOV, Cleber. FREITAS, Ernani. Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Ed. 2, Rio Grande do Sul, Feevale, 2013, p. 70.

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