USO DO MÉTODO MOBILE LEARNING PARA APRENDIZAGEM DE QUÍMICA.

ISBN 978-85-85905-25-5

Área

Ensino de Química

Autores

Mota, M.M.C. (UECE) ; Oliveira, M.S.C. (UECE) ; Alves, A.S.L. (UECE)

Resumo

O uso de ferramentas tecnológica como m-learning no ensino em geral vêm sendo muito utilizadas, pois sua facilidade de manuseio e interatividade que desenvolvem as competências cognitivas. Os aplicativos escolhidos foram separados de acordo com o conteúdo apresentado em sala, como tabela periódica, reações químicas hidrocarbonetos e outros. Para análise do rendimento dos alunos, utilizou-se o programa NVivo, para verificação da aceitação e aplicabilidade dos aplicativos utilizou-se a Escala de Aplicabilidade- SUS. Os aplicativos obtiveram grande aceitação, e muitos alunos estudavam por ele mesmo estando fora da escola, mantendo, assim, o foco no assunto visto em sala. Muito embora a prática necessite de ajustes, a experiência foi produtiva e engrandecedora.

Palavras chaves

QUÍMICA; aplicativos; m-learning

Introdução

Mobile learning, ou m-learning, é uma modalidade da educação a distância (EAD) que se apropria de dispositivos móveis para a realização de atividades educacionais. Na prática, trata-se do uso de aparelhos, como smartphones, celulares e tablets para estudar conteúdos otimizados para tais plataformas. A geração Z (nascidos a partir de 1995) já nasceu conectada ao mundo virtual, em uma época de grandes avanços tecnológicos, facilidade material, e em um ambiente altamente urbanizado com o domínio da virtualidade como sistema de interação social e midiática. Prensky (2010) oferecer suporte ao novo paradigma de ensino", o professor pode desta maneira, relacionar os tópicos de forma contextualizada usando os recursos que estão disponíveis no meio para levar e manter uma abordagem mais leve a assuntos de complicado entendimento. Hoje é consenso que as novas tecnologias de informação e comunicação podem potencializar a mudança do processo de ensino e de aprendizagem e que, os resultados promissores em termos de avanços educacionais, relacionam-se diretamente com a ideia do uso da tecnologia a serviço da emancipação humana, do desenvolvimento da criatividade, da autocrítica, da autonomia e da liberdade responsável (ALMEIDA; PRADO, 1999). Existem inúmeros assuntos que podem ser trabalhados com o uso de aplicativos, desenvolvendo temas atuais e centrais na comunidade, facilitando discussões, criando oportunidades de interação e criando ideias que possam gerar contribuições ativas para a sociedade (NICHELE, 2015), objetivo principal desta pesquisa.

Material e métodos

A abordagem foi experimental, oriunda da necessidade de se obter dados que comprovem ou não a eficácia do método Mobile Learning, assim, houve a necessidade de se investigar qualitativamente os aplicativos escolhidos. Foram selecionados nove aplicativos nas lojas virtuais (sistemas IOS e Android): Tabela Periódica EducaLabs da Panapps; Quiz Tabela Periódica da Paridae; Elementos Químicos Nomes teste, Funções Orgânicas em Química, Hidrocarbonetos: Estruturas, Ácidos e íons Inorgânicos de Andrey Solovyev; Química auxiliar - Caique Campos; Moléculas - Eduardo Galembeck e Lab. de reações – EvoBooks. Foram aplicados então em sala de aula nas séries do Ensino Médio de uma Escola pública do Município de Fortaleza, com 412 participantes distribuídos em 16 turmas. Posteriormente o programa NVivo, que suporta variados métodos qualitativos, incluindo dados não estruturados como entrevistas, artigos e mídia social, foi utilizado para elaborar gráficos que demonstram a progressão ou não do aprendizado. Com esse programa foi possível agregar conteúdos, categorizar dados e dividi-los de modo que palavras chaves estejam interligadas formando links além de transformar as informações em gráficos, tabelas e desenhos.

Resultado e discussão

Analisando os resultados notou-se uma evolução do aprendizado para cada turma e esse vai melhorando à medida que o trabalho foi sendo realizado. Constataram-se melhoras significativas principalmente quando as turmas são divididas e quando há o uso do aplicativo, principalmente para o 2º. Ano (Tabela 1). Basicamente em todos os casos houve uma progressão ascendente e percebeu-se que turmas menores são melhores de se trabalhar o conteúdo, pois o professor consegue se dedicar e fornecer mais atenção aos problemas apresentados pelos alunos, inclusive gerando debates enriquecedores. Todos os aplicativos obtiveram índices maiores ou iguais a 68%, indicando que o aplicativo foi bem aceito e pode ser utilizado com relativa facilidade, ou seja, a usabilidade é adequada (Tabela 2). Aplicativos como os do desenvolvedor Andrey Solovyev e Paridae foram bem recebidos e considerados "engraçados" e "viciantes". Já aplicativos como o Química auxiliar e Lab. de Reações foram considerados "chato" e "um pouco confuso". A maioria dos alunos fez comentários positivos sobre o que eles pensavam do uso de Apps para aprender química. Mais de 89% dos alunos consideram o uso de aplicativos divertido e útil. Para eles, 96% dos aplicativos utilizados são fáceis de usar e 97,8% gostariam de usá-los mais vezes durante as aulas. Aplicativos que fornecem visão tridimensional de moléculas e animações são muito apreciados pelos alunos. Os que funcionam como jogos, mesmo que de memorização, também foram bem recebidos, pois são "interativos" e "posso jogá-lo sentado no sofá de casa".

Tabela 1



Tabela 2



Conclusões

O uso dos referidos aplicativos como ferramentas de aprendizagem foi satisfatório de acordo com os objetivos propostos. Nestes esperávamos que os alunos obtivessem mais conteúdo com o uso do celular, algo que com a vida tecnológica não sai mais de suas mãos. Logo essa experiência foi muito positiva e outros aplicativos serão usados em sala, visto o sucesso desta primeira implantação. Muitos dos alunos agora já estão utilizando alguns dos aplicativos como meio de estudos, fato este que nos deixou muito realizadas.

Agradecimentos

Referências

ALMEIDA, M.. E. B.; PRADO, M.. E. B. B. Um retrato da informática em educação no Brasil. 1999. Disponível em:
www.periodicos.pucminas.br/index.php/pedagogiacao/article/download/.../9615
Acesso em: 8 nov. 2015.

NICHELE, A. G. Tecnologias móveis e sem fio nos processo de ensino e aprendizagem em química: uma experiência no Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. 2015. 257f. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2015.

PRENSKY, M. O papel da tecnologia no ensino e na sala de aula. Tradução de Cristina M. Pescador. Conjectura, Caxias do Sul, v. 15, n.2, p. 201-204, 2010. Disponível em:
www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/viewFile/.../289%20
Acesso em: 27 abr. 2015.

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