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60º COngresso Brasileiro de Química

UTILIZAÇÃO DO JOGO DIDÁTICO: ELEMENTOS QUÍMICOS COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO ENSINO DE QUÍMICA


ÁREA

Ensino de Química

Autores

Silva, A.M. (UECE) ; Cavalcante, F.R.B. (UECE)

RESUMO

Este estudo está relacionado com os jogos e ludicidade no ensino de química, sendo que, se tratando de adolescentes, a introdução de novas técnicas e a saída do tradicionalismo, auxilia de maneira benéfica na melhoria do processo de ensino/aprendizagem da química, pois, “brincando” o aluno desenvolve habilidades e competências que facilitam o seu fortalecimento cognitivo. Desenvolveu-se uma pesquisa de caráter qualitativo e quantitativo na Escola Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, em Piquet Carneiro-CE, com alunos e professora das turmas do 1o ano do ensino médio. Foi utilizado o jogo digital “Elementos Químicos”, com o auxílio de profissionais preparados, que facilitaram a curiosidade e criatividade do aluno, melhorando assim sua conduta no processo de aprendizagem.

Palavras Chaves

Jogos Didáticos; Ludicidade; Ensino de Química

Introdução

Percebe-se que os jogos e brincadeiras têm bastante importância no processo de ensino-aprendizagem. Ao brincar o aluno desenvolve vários aspectos humanos que irão lhe ajudar dentro do meio social onde o mesmo está inserido. O professor partindo desse pressuposto, precisa de muita sensibilidade para escolher e elaborar jogos pedagógicos de acordo com a necessidade de cada turma, e se possível de cada indivíduo (HUIZINGA, 2001). Os jogos estimulam a imaginação e a criatividade das pessoas, portanto, se aplicados corretamente em qualquer disciplina, ajudarão a entender o que até agora era de difícil compreensão (ALMEIDA, LIMA e MENDONÇA, 2016). Os jogos educativos vivenciado de forma expressiva na escola exerce um papel importante na aprendizagem dos alunos. Vários especialistas como: pedagogos, psicopedagogos, dentre outros, atestam que é possível reunir dentro da mesma situação, a ludicidade e o educar no cotidiano escolar. O problema são as pesquisas com relação a essa ferramenta de ensino, que por sua vez são vazias, se levarmos em conta as contribuições e limitações trazidas pelo ato de aprender brincando, sendo que na grande maioria das pesquisas sobre os jogos no ensino de química, os resultados são frágeis para alicerçar uma prática lúdica consistente e satisfatória, evidenciando assim uma carência teórico-metodológica no campo do lúdico (MORADILLO e NETO, 2017).

Material e métodos

A pesquisa foi realizada na EEM Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, no município de Piquet Carneiro-CE e contemplou 83 alunos de duas turmas do 1o ano do ensino médio, com objetivo de entender como anda a relação destes com os jogos no processo de ensino aprendizagem. Durante o período da pesquisa, foram analisados os perfis dos alunos e professora para que assim houvesse um melhor desenvolvimento das atividades lúdicas, tendo como objetivo aplicar jogos, simples e de fácil acesso, visando à melhoria do ensino. Porém como se tratava de um período complicado por conta da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), trabalhou-se com jogos online, já que 98% dos alunos de alguma forma têm acesso à internet. Logo, por meio da plataforma digital por onde as aulas remotas foram ministradas, com o intuito de explicar o funcionamento do jogo. Primeiro os alunos baixaram o jogo “Elementos Químicos e a Tabela Periódica”, usando qualquer loja de aplicativos virtuais de sua escolha, depois, de forma simples, eles começaram a “brincar” por um leque de tópicos e modelos de jogos que o aplicativo disponibiliza, sendo todos voltados para os elementos químicos. A figura 1 mostra a imagem da tela inicial e a figura 2 apresenta as opções de como jogar, respectivamente, ao abrir o aplicativo em um celular, tablete ou computador. Após todos familiarizados com o jogo, aplicou-se um questionário online para os alunos e outro para a professora titular das turmas, a fim de investigar o desenvolvimento do lúdico nas aulas de Química, detectar possíveis déficits, além de desenvolver técnicas acessíveis ao tipo de público da referida escola.

Resultado e discussão

Observando a tabela 1, A maioria dos educandos (90%) concordam que as aulas se tornam mais atrativas com o auxílio do jogo, comprovando a tese de que se usadas da maneira correta, respeitando os limites de cada aluno. Entende-se que os 10% que afirmaram em parte ainda não se conscientizaram da importância dos jogos didáticos em sala de aula. Diante das alternativas apresentadas na tabela 2, quase que todos os educandos (95%) afirmam que a atividade influencia no aprendizado de maneira benéfica, pois o professor sai do tradicional e os ensinam de forma dinâmica, tornando assim as aulas mais atrativas. Sobre os 5% que acham que o jogo é só mais uma brincadeira, acredita-se que seja pela falta de interesse ou desmotivação no aprendizado, fato esse citado pela professora da turma. Ela afirma que os jogos veem auxiliando significativamente na aprendizagem dos alunos, mais que os mesmos precisam ser utilizados em momentos específicos, para que não passem a sensação de que as aulas se transformem somente em brincadeira. É necessário dosar entre teoria e pratica, pois a disciplina impõe que os conteúdos ainda necessitam do livro didático para seu entendimento e funcionamento, deixando bem claro, segundo ela, que nada impede que as metodologias se misturem e assim os alunos aprendam cada vez mais e de maneira satisfatória. Portanto, com o auxílio de profissionais capacitados e de materiais de qualidade, pode-se constatar diante dos dados coletados na pesquisa que os jogos facilitam o processo de aprendizagem.













Conclusões

Com a aplicação dos jogos pôde se analisar o desenvolvimento da disciplina através dos recursos lúdicos. Constatou-se com as pesquisas que os jogos, com o auxílio de profissionais preparados, facilitam a curiosidade e criatividade do aluno, melhorando assim sua conduta no processo de aprendizagem. Através das brincadeiras o aluno cria um ambiente de interação, de laços de amizades e afetividade, desenvolvendo assim habilidades, competências e seus próprios valores.

Agradecimentos

a) UAB/UECE; b) SATE/UECE; c) CAPES; d) Licenciatura em Química em EaD da UECE; e) Escola Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco em Piquet Carneiro-CE; f) Polo de Piquet Carneiro-CE.

Referências

ALMEIDA, Cássia Santos; LIMA, Tamiris; MENDONÇA, Paulo Marconi. A importância dos jogos para o desenvolvimento psicológico da criança. Faculdade de Ed Física do Ceará,15 de abril de 2016. Disponível em: http://aliancapelainfancia.org.br/inspiracoes/importancia-dos-jogos-para-o-desenvolvimento-psicologico-da-crianca/. Acesso em: 25 ago. 2021.

HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O Jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2001.

MORADILLO, E. F & MESSEDER NETO, H. S. O jogo no ensino de química e a mobilização da atenção e da emoção na apropriação do conteúdo científico: aportes da psicologia histórico-cultural. Ciênc. educ. (Bauru/SP) [online]. 2017, vol. 23, no 2, p. 523-540. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1516-731320170020015. Acesso em: 25 ago. 2021.