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60º COngresso Brasileiro de Química

Experimentos e jogos didáticos para o ensino de eletroquímica


ÁREA

Ensino de Química

Autores

Gama, B.M. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Ramos, K.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Trindade, A.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Silva, F.O. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Santos, Y.C.R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Quintela, R.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Moraes, L.C.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Matos, M.J.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Silva, F.D. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ) ; Queiroz, F.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ)

RESUMO

O presente trabalho pauta-se no estudo da experimentação em sala de aula com a utilização de materiais alternativos aplicado na Escola Estadual Professora Nancy Nina da Costa, no município de Macapá-AP. O objetivo abordou o assunto de eletroquímica de maneira mais dinâmica através da montagem de pilhas. Após as aulas foram coletados os resultados através de um questionário, onde mostra que a atividade experimental apresentada em sala contribuiu significativamente para a aprendizagem dos alunos sobre o assunto que para muitos é considerado complexo. E para fixar melhor o conteúdo foi proposto um jogo lúdico denominado palavras cruzadas. Pode-se concluir que as aulas práticas despertam o interesse dos alunos pelo aprendizado de Química, pois acabam se tornando mais atraentes e motivadoras.

Palavras Chaves

Eletroquímica; Ensino; Experimento

Introdução

O ensino de química tem sido marcado contemporaneamente por questionamentos acerca de sua efetividade. Talvez isso se deva à dificuldade de êxito na aprendizagem do aluno sobre os conhecimentos químicos, pois se apresentam muito distantes da realidade do discente. Uma das alternativas vem sendo o uso da experimentação com materiais alternativos de fácil acesso. O ensino de química com base em uma abordagem contextualizada, usando materiais e situações do cotidiano, pode permitir um melhor entendimento dos alunos (MATEUS, 2009). Segundo Ferreira (2010), a experimentação utilizada é um dos principais meios para ajudar o aluno a construir os conceitos químicos. Segundo o autor, sua atividade foi desenvolvida através de uma experimentação investigativa, em que os alunos propuseram um procedimento experimental através de uma determinada situação problema, construindo assim os conceitos químicos. Desse modo, é possível perceber a importância da experimentação no ensino de química, assim como a possibilidade de utilizar os materiais alternativos. Ainda assim, muitos dos trabalhos encontrados sobre pilhas caseiras não trabalham com o aprofundamento dos conceitos envolvidos, tendo em vista, que não discutem a origem da diferença de potencial desses tipos de pilhas. Justifica-se a aplicação deste trabalho por meio de experimentos com materiais alternativos, em virtude de se ter observado a dificuldade de muitos alunos em compreenderem a temática abordada. Desse modo, a pilha caseira através de experimentos pode se tornar mais viável para a absorção dos conhecimentos de eletroquímica, que será de suma importância para a compreensão dos fenômenos elétricos. Devido a pandemia enfrentada no mundo, a aplicação do mesmo passou a ser remotamente pela plataforma Google Meet.

Material e métodos

O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Professora Nancy Nina da Costa, em turmas da 2ª etapa do Ensino Médio nas turmas A, B e C, abarcando um total 135 alunos, noturno. A oficina foi transmitida através do Google Meet, e a mesma foi dividida em dois momentos. No primeiro momento os alunos assistiram à vídeo-aula I com duração de 19 minutos abordando brevemente os conceitos de eletroquímica. Para fazer com que os alunos compreendessem melhor o assunto abordado, tivemos a parte prática, ou seja, o experimento onde foi ensinado os passos para a montagem das pilhas. vale destacar que através da visualização o aluno pode entender melhor os conceitos e a partir daí a relacionar na prática o que não seria possível somente com as aulas que foram ministradas pelo professor, como afirma Borges (2002) “ver na prática o que acontece na teoria”. No segundo momento, foi repassado os roteiros para os alunos acompanharem o experimento que foi gravado. Na vídeo-aula II, foi realizado a atividade experimental onde foram apresentados os materiais alternativos aos alunos e em seguida explicamos a importância da sua utilidade para a realização a experimentação. A proposta da aula prática empregada consistiu na seleção de materiais de baixo custo para montagem de uma pilha utilizando-se de placas de zinco e cobre, lâmpadas de leds, fios de cobre, multímetro, limões e batatas. Após o término da vídeo-aula II foi aplicado o questionário para podermos verificar se a aula prática contribuiu significativamente na aprendizagem deles sobre o conteúdo Eletroquímica. Como forma para avaliar a participação dos discentes foi proposto um jogo de palavras-cruzadas envolvendo os conceitos dos assuntos de eletroquímicas que foram explicados nas duas vídeo-aulas.

Resultado e discussão

No primeiro momento foi transmitida a aula gravada, onde foi abordada a parte teórica sobre eletroquímica. Na mesma foi explicado os conceitos que seriam cobrados futuramente e foi aberto o espaço para que os discentes pudessem tirar as dúvidas e fazer complementações sobre o conteúdo. O link da aula gravada foi disponibilizado no grupo do WhatsApp. Dessa forma, para medir o grau de compreensão dos alunos, foi aplicado um questionário com 3 questões, a respeito do assunto abordado “eletroquímica”, sendo que a uma era composta no total por 135 alunos, mas apenas 130 participaram da oficina. Veja abaixo o gráfico 1: Nota-se que a primeira pergunta todos os alunos responderam, conforme o seu entendimento sobre o assunto. Já a segunda, que se tratava do conceito de eletrólise, alguns tiveram dificuldade no momento de responder, talvez por não terem tirado todas as dúvidas no momento oportuno. Esse fato pode ser justificado, pois apesar da química sofre uma desvalorização por parte do aprendiz, pois acham a mesma difícil e leva ao desinteresse e a falta de motivação o aprendizado da disciplina (SPERANDIO, 2019). Com o intuito de fazer com que o aluno não somente se interesse pelo assunto, mas também aprenda de maneira significativa, foi disponibilizado o jogo lúdico para que os alunos completassem conforme o enunciado. O resultado foi bem satisfatório como mostra o gráfico 2 abaixo: Por meio do gráfico 2, pode-se observar o elevado índice do resultado, os 130 alunos entregaram a resolução do jogo, sendo que 115 educandos o que vale 88,47% da turma estava completamente correta e os 15 alunos equivale a 11,53% das turmas entregaram e estavam parcialmente corretas. A minoria teve algumas dificuldades, pois os mesmos confundiram as dicas que foram dadas no jogo.

Gráfico 1

Resultado das perguntas que foram feitas aos alunos

Gráfico 1

Resultado das respostas do jogo lúdico

Conclusões

A construção de materiais alternativos para aula de ensino de química é uma proposta que tem facilitado a assimilação dos conhecimentos, além de mostrar aos professores e demais agentes da educação que não é preciso muitos recursos financeiros para trazer o aluno para as aulas experimentais, necessitando apenas explorar de forma mais abrangente os diversos recursos alternativos disponíveis para tornar as aulas mais atraentes. Portando, a forma como a química é ensinada por muitos professores é a considerada tradicional, que pouco desperta o interesse do aluno.

Agradecimentos

Referências

FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R.; OLIVEIRA, R. C.; Ensino Experimental de Química: Uma Abordagem Investigativa Contextualizada. Química nova na escola, Vol. 32, N° 2, 2010.

MATEUS, A. L. M.L.; MACHADO, A. H.; BRASILEIRO, L. B.; Articulação de Conceitos Químicos em Um Contexto Ambiental por Meio do Estudo do Ciclo de Vida de Produtos. Química nova na escola, Vol. 31, N° 4, 2009.

SPERANDIO, G. H. Uma proposta de ensino de eletrólise por experimentação com o uso de resíduos eletroeletrônicos. 2019. 107 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2019. Disponível em: https://www.locus.ufv.br/handle/123456789/27806. Acesso em: 1 jul. 2021.