ESTUDO FITOQUIMICO DOS EXTRATOS HEXÂNICO E ACÉTICO DO CIPÓ-DE-ALHO (Mansoa standleyi) DA REGIÃO DE PARINTINS, AMAZONAS, BRASIL
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ÁREA
Química de Produtos Naturais
Autores
Azevedo, K.C. (UEA) ; Silva, H.M. (UEA) ; Farias, A.S. (UEA) ; Silva, K.B. (UEA) ; Cedeno, Q.A. (UNIVERSIDADE DE GRANMA, BAYAMO, CUBA) ; Fonseca, R.R. (UEA)
RESUMO
A biodiversidade amazônica corresponde a um dos maiores acervos do planeta. A espécie Cipó-de-alho (Mansoa standleyi), denominação atribuída pelo fato de apresentar odor característico, encontrada na cidade de Parintins – AM é bastante conhecida pelo uso de suas folhas na medicina popular na forma de chá, utilizado no tratamento de tosse, enjoo, constipação e reumatismo (BERG 1993). Com isso o presente estudo teve como objetivou a preparação em condições de laboratório, os extratos orgânicos n-hexânico e acético, das folhas, em seguida realizou-se os testes químicos preliminares na busca da identificação dos constituintes majoritários nos extratos. De forma geral, o trabalho busca ampliar e consolidar atividades de pesquisa na área da Química de Produtos Naturais.
Palavras Chaves
Mansoa standleyi; Cipó-de-alho; Fitoquimico
Introdução
No Brasil a pesquisa de produtos naturais é uma das áreas mais tradicionais da Química, por fatores históricos e a grande biodiversidade presente no país (Pinto et al, 2002). Várias moléculas isoladas de plantas nativas da Amazônia brasileira possuem atividades farmacológicas interessantes, como agroquímicos, antiviral, antifúngico e fármacos entre outras. A fitoquímica é a área responsável pelo estudo dos princípios ativos das substancias químicas sintetizadas pelos vegetais. Neste contexto, a identificação das substâncias contidas em diferentes extratos vegetais preparados representa parte de grande importância em diversos trabalhos encontrados na literatura (Souza filho, 2012; Vilhena, K.S.S. et al 2009). A espécie Cipó-de-alho (Mansoa standleyi), denominação atribuída pelo fato de apresentar odor característico de alho, encontrada em toda região Norte, na cidade de Parintins – AM é bastante conhecida pelo uso de suas folhas na medicina popular na forma de chá, utilizado no tratamento de tosse, enjoo, constipação e reumatismo (BERG 1993). Estudos químicos com o vegetal apresentaram substancias do tipo triterpenicas com esqueletos ursano e oleano, além de flavonoides, naftoquinonas, aminoácidos e sulfetos, apresentando atividade inibidora do crescimento dos fungos Microsporum gyseum e Tricophyton mentagrophytes (FREIXA et al., 1998). Logo a espécie cipó-de-alho, configura como objeto de estudo neste trabalho.
Material e métodos
A coleta e identificação do material biológico, folhas de Cipó-de-alho (Mansoa standleyi), foram realizadas no nordeste do Estado do Amazonas, na cidade de Parintins as margens do rio amazonas. As folhas da planta Cipó-de- alho, foram transportadas para o Laboratório de Produtos Naturais e Biotecnológico, LaProNBi do CESP/UEA. Sendo secas em estufa de circulação forçada de ar, em temperatura constante de 400C, por 72 horas, sendo em seguida trituradas em moinho. Posteriormente, ocorreu a extração exaustiva, sucessivamente com os solventes n-hexano e ácido acético, obedecendo a ordem crescente de polaridade. O material botânico permaneceu em 1 litro de hexano por 24 horas; posteriormente, mais 1 litro e, após 24 horas, realizará mais uma extração, adotando-se o mesmo processo para o ácido acético, para então concentrar os extratos em evaporador rotativo de pressão reduzida. Em seguida, foram acondicionados em vidros âmbar. Para cada extrato retirou-se alíquotas de 20 mg para a prospecção fitoquímica preliminar, seguindo a metodologia de matos (1997), onde é possível a detecção de várias classes de compostos como flavonoides, fenóis, taninos e outros, através da mudança de coloração.
Resultado e discussão
É notável a importância das etnoespécies medicinal nas comunidades de
Parintins, AM. Inicialmente realizou-se o levantamento bibliográfico para
melhor conhecimento referente a espécie Cipó-de-alho (Mansoa standleyi), bem
como em relação aos objetivos pretendidos. Os resultados dos testes
Fitoquímico preliminares realizados com os extratos n-hexanico e extrato
acético das folhas da espécie Cipó-de-alho (Mansoa standleyi), estão exposto
na tabela 1. Os principais grupos de metabolitos secundários analisados nos
dois extratos foram: Flavonoides, Taninos, Alcaloides e Saponinas. O extrato
n-hexânico (baixa polaridade), apresentou resultado negativo para
flavonoides e positivo para alcaloides, taninos e saponinas. Para o extrato
acético (alta polaridade) os resultados foram positivos para os quatros
constituintes químicos mencionados anteriormente, embora o último teste para
saponina ocorreu com pouca intensidade.
Os resultados corroboram com o screening Fitoquímico realizado onde o
estudado constatou presença de açúcares redutores, esteróides e
triterpenóides, proteínas e aminoácidos, saponina espumídica e taninos
(Azulay, 2011). Na prospecção com os extratos n- hexânico e acético das
folhas da espécie, após os resultados, buscou-se na literatura as
características individuais dos constituintes apresente nos extratos, como
por exemplo: Os taninos que têm propriedades adstringentes e hemostáticas.
Os alcaloides participam da formulação de medicamentos pois estimulam o
sistema nervoso central. As saponinas são componentes ativos em drogas
vegetais, ou ainda matéria-prima para produção de esteroides.
Testes Fitoquímico preliminares dos extratos n- hexânico e acético das folhas do Cipó-de-alho (Mansoa standleyi)
Conclusões
O extrato n-hexanico das folhas do Cipó-de-alho (Mansoa standleyi), apresentou como resultados no testes químicos preliminares, negativo para flavonoides e resultado positivo para taninos, alcaloides e saponina. Para o extrato acético de alta polaridade, os testes químicos preliminares tiveram como resposta resultado positivo para flavonoides, taninos, alcaloides e saponinas. O presente estudo corresponde no âmbito da pesquisa de iniciação cientifica PAIC, no Centro de Estudos Superiores de Parintins – CESP/UEA.
Agradecimentos
A Universidade do Estado do Amazonas – UEA, ao laboratório de Produtos Naturais e Biotecnológico – LaProNBi do Centro de Estudos Superiores de Parintins, e a FAPEAM.
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