Autores
Santos, J.C.P. (UFRPE)  ; Baptista, M.V. (UFBA)
Resumo
Torres de resfriamento são equipamentos primordiais para a maior parte dos
processos industriais que utilizam a água como líquido de troca de calor. 
Este trabalho tem como ponto principal o estudo do laudo de análises da água 
presente na torre de resfriamento de uma  Arena de Futebol, localizado no Nordeste 
do Brasil. As análises foram coletados em dois ponto da torre de resfriamento, uma 
na reposição e a outra na água de reposição. O pH da água ficou no valor de 8,68. 
Cloretos foi de 406 ppm e Ferro Total foi de 4,8 ppm. A falta de residual adequado 
do inibidor de corrosão foi um fator determinante para que o processo de corrosão 
se perpetuasse ao longo do tempo.
Palavras chaves
Corrosão; Controle de qualidade; Aço galvanizado 
Introdução
O aço galvanizado tem sido uso na construção de torres de resfriamento por 
muitos anos. A galvanização é um processo de formar uma camada (película) 
externa de zinco sobre o aço carbono, para aumentar a proteção contra a corrosão 
(MENDONÇA, 2019). A película ou camada formada no processo de galvanização é 
tenaz, sendo mecanicamente e quimicamente ligada ao aço carbono (OIKAWA, 2012). 
A proteção do zinco se dá tanto por promover uma barreira mecânica entre o aço 
carbono e o meio corrosivo, bem como aumentar a resistência eletroquímica à 
corrosão (FERREIRA, 2012). O meio corrosivo é a água de recirculação que contém 
sólidos dissolvidos e suspensos (WAKI, 2009). O aço carbono galvanizado também  
propicia excelente proteção das partes da torre que não estão em contato 
permanente com a água (REIS; SILVEIRA; DOMENI, 2003). O objetivo deste trabalho 
é fazer um estudo com base no resultado do laudo da análise d’água, presente na 
torre de resfriamento de aço galvanizado. 
Material e métodos
A pesquisa foi realizada em uma Torre de Resfriamento de uma arena de futebol, que 
fica localizada no Nordeste do brasil. As análises foram coletados em dois pontos 
da torre de resfriamento: água de reposição e água de recirculação. As amostras 
foram caracterizadas, de acordo com através dos seguintes parâmetros físico-
químicos e bacteriológicos: pH, cloreto, ferro toral e Orto-Fosfato. As análises 
das caracterizações dos esgotos bruto e tratado, foram realizadas conforme de 
acordo com o Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 
2017).
Resultado e discussão
pH: De acordo com o Cooling Tower Institute (CTI), para um controle efetivo de 
corrosão no aço galvanizado, o pH da água da torre não deve ser acima de 8,3. 
Nesta análise acima o pH da água estava acima, no valor de 8,68; Cloretos: o CTI 
menciona que o cloreto é um ânion agressivo e pode acelerar a corrosão no 
Galvanizado em concentrações acima de 250 ppm.  Na análise acima o valor foi de 
406 ppm e  portanto acima de 250 ppm.  Vale ressaltar que a  Empresa tratadora 
recomendou um limite para o cloretos de 500 ppm. Ferro total: o valor elevado da 
análise de 4,8 ppm, ratifica o processo de corrosão instalado no sistema. 
Orto-Fosfato: esta análise está relacionada ao inibidor de corrosão que era 
dosado na água para controlar a corrosão. Pode-se verificar que  o residual é 
praticamente inexistente, o que mostra que o sistema estava sem tratamento 
químico. Isto é comentado no ítem Ponto 2: Água de Recirculação” pela Empresa 
tratadora. 
Conclusões
A falta de residual adequado do inibidor de corrosão foi um fator determinante 
para que o processo de corrosão se perpetuasse ao longo do tempo e estava 
relacionado aos seguintes motivos: Dosagem manual do produtos do tratamento, 
incluindo o inibidor de corrosão.  Considerando as características operacionais do 
sistema, este procedimento não era adequado e dificultava a manutenção do residual 
desejado do inibidor de corrosão. Perdas de água não controladas e falta de 
monitoramento diário do residual do inibidor de corrosão.- Operação intermitente 
da torre.
Agradecimentos
Referências
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