Autores
Bitencourt, G.F. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC)  ; Amorim, W.L.N. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC)  ; Lima, H.H.L.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC)  ; Andrade, L.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC)  ; Carvalho, W.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC)  ; Mandelli, D. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC)
Resumo
A química moderna vêm buscando diferentes abordagens para encontrar um processo 
simples e eficaz para a conversão direta de metano em metanol, fato que é 
dificultado devido à inércia da ligação C-H. Nesse contexto, este é o primeiro 
trabalho que aplica as redes metalorgânicas Fe-MIL-88B e Fe-MIL88B-NH2 à 
oxidação catalítica do CH4. Esses materiais tiveram suas rotas avaliadas e foram 
sintetizados a partir de métodos solvotérmicos. As reações para Fe-MIL-88B e Fe-
MIL-88B-NH2 mostraram, respectivamente, uma produção de 5,73 e 5,19 mmol de 
metanol/gcat. Apesar da produtividade menor, a Fe-MIL-88B-NH2 mostrou-se 
totalmente seletiva para metanol. Entretanto, dificuldades acerca da 
estabilidade dos materiais após a reação foram notadas e novas condições 
reacionais estão sendo avaliadas
Palavras chaves
Metano; MOF; Catálise
Introdução
Com o crescente desenvolvimento populacional ao redor do mundo, as necessidades 
de produção em diversos setores da economia estão se tornando cada vez maiores e 
esta demanda acaba sendo satisfeita de maneira irresponsável por diversas 
indústrias e empresas, prejudicando significativamente a saúde climática global 
(HE, 2019). Diante disso, decisões mundiais para retardar o consumo dos recursos 
naturais do nosso planeta e reduzir as emissões de gases do efeito estufa, como 
o Acordo de Paris em 2015, atitudes para racionalização do consumo energia na 
sociedade e estímulos para o aumento da produção energética mais sustentável na 
indústria acabaram se transformando em prioridades para diversos órgãos 
governamentais. A fim de mitigar os impactos ambientais causados pela exploração 
exacerbada dos recursos, como ocorre na extração do petróleo, óleo diesel e 
outros combustíveis fósseis, o aproveitamento do gás natural, que é uma fonte de 
energia mais limpa dentre estas, passou a crescer gradativamente (GASSER; 
LUDERER, 2018). Por exemplo, em 2020, o Brasil obteve uma produção de gás 
natural aproximadamente 59,3% maior, em relação ao ano de 2010, atingindo a 
marca de 23,9 bilhões de metros cúbicos. Além disso, de acordo com estimativas, 
o país também possui reservas de cerca de 12,3 trilhões de metros cúbicos. Isso 
confere ao Brasil o título de 3° maior produtor e de reservas de gás natural na 
América Central e do Sul (LOONEY, 2021).  Sabe-se que a composição química do 
gás natural costuma variar de acordo com o local de extração, porém, seu 
constituinte principal continua sendo o metano, além de possuir outros 
componentes em menor quantidade, como dióxido de carbono, nitrogênio, sulfeto de 
hidrogênio, água e também hidrocarbonetos alifáticos. Apesar de ser um processo 
bastante automatizado, ainda existem problemas no aproveitamento do gás natural 
que precisam de maior desenvolvimento tecnológico, como o caso da viabilização, 
em escala real, da conversão direta do metano em produtos de maior valor 
agregado (FARAMAWY; ZAKI; SAKR, 2016). Nas últimas décadas, a conversão 
catalítica direta do metano em metanol tem recebido bastante atenção pela 
academia e indústrias visto que o metanol é uma matéria-prima essencial para 
diversos ramos de insumos químicos. Todavia, nenhum procedimento efetivo e 
material apropriado com alta conversão, seletividade de produto e custo 
acessível, em escala industrial, foi assegurado (RAVI; RANOCCHIARI; VAN 
BOKHOVEN, 2017). Uma consequência prática relativa a falta de desenvolvimento 
desses catalisadores e processos adequados para a catálise direta de metano em 
metanol é a queima anual de 140 bilhões m³ de gás natural em poços de perfuração 
de petróleo, o que equivale por 1% das emissões globais de CO2 sem ganhos de 
energia associados e que poderiam ser utilizados para suprir a produção do 
próprio metanol (LATIMER et al., 2018). Ao explorar o desenvolvimento de novo 
catalisadores para oxidação direta do CH4, encontra-se ainda grandes desafios 
para que um sistema economicamente e ambientalmente mais amigável seja de fato 
criado. Esses obstáculos impõem dificuldades que envolvem a alta estabilidade do 
metano (energia de dissociação de ligação C-H = 104 kcal/mol), a clivagem dessas 
ligações normalmente necessitam de elevadas temperaturas e pressões, o que 
dificulta a manutenção da atividade do catalisador e também pode reduzir a 
seletividade e conversão, gerando empecilhos num sistema produtivo industrial 
(OLIVOS-SUAREZ et al., 2016). Por exemplo, uma rota atualmente utilizada na 
indústria para geração de metanol é um método indireto que consiste na reforma 
do metano seguida da síntese de Fischer-Tropsch, que demanda diversos processos 
de troca de calor, separação, alto gasto energético, além de um custo 
considerável. Neste sentido de buscar novos catalisadores que possam ajudar a 
resolver os desafios catalíticos da ativação do CH4, pode-se mencionar uma 
classe de materiais chamados de redes metalorgânicas (MOF – Metal-organic 
framework). A estrutura das MOFs é constituída por redes com unidades de 
construção secundárias inorgânicas (íons metálicos/clusters) conectadas 
diretamente a diversos tipos de ligantes orgânicos, realizando ligações de 
coordenação. Em função dessa organização molecular, esses materiais possuem 
características como elevada área superficial, cristalinidade e forte interação 
metal-ligante orgânico, que são propriedades atrativas para a utilização dos 
mesmos como catalisadores  (BAEK et al., 2018; IKUNO et al., 2017; OSADCHII et 
al., 2018). Portanto, este trabalho propõe a síntese de MOFs a base de ferro, 
como a Fe-MIL88B e Fe-MIL88B-NH2, visando a conversão catalítica do metano. 
Estes tipos de MOFs foram escolhidos preliminarmente devido sua similaridade 
estrutural com complexos enzimáticos presentes em certas bactérias 
(metanomonooxigenases) que possuem sítios ativos de ferro além de grupos 
funcionais oxigenados/nitrogenados, que convertem seletivamente o metano a 
metanol.
Material e métodos
Para a primeira batelada de Fe-MIL-88B, adicionou-se, em frascos do tipo Schott, 
19,1 mmol de FeCl3 anidro e 12,3 mmol de ácido tereftálico contendo 
dimetilformamida (DMF). As soluções foram homogeneizadas com auxílio de banho 
ultrassom durante 10 minutos. Em seguida, gotejou-se uma solução de 
polivinilpirrolidona 0,01M na solução de ligante orgânico sob agitação magnética 
durante 5 minutos. Dessa mesma forma, a mistura foi introduzida a solução de 
FeCl3. Esse sistema foi introduzido em um banho de óleo a 145 °C durante 1,5 
horas sob agitação magnética. Após o resfriamento do sistema em temperatura 
ambiente, a MOF resultante foi recuperada por centrifugação e posteriormente 
lavada 3 vezes com etanol anidro. O produto final foi seco em estufa a 80 ºC por 
24 h. Para a Fe-MIL-88B-NH2, o mesmo procedimento foi realizado porém utilizando 
o ligante orgânico ácido 2-aminotereftálico. Na segunda batelada para a Fe-MIL-
88B, adicionou-se, em frascos do tipo Schott, 10,9 mmol de FeCl3.6H2O e 5,5 mmol 
de ácido tereftálico contendo DMF. As soluções foram homogeneizadas com auxílio 
de banho ultrassom durante 20 minutos. Em seguida, misturou-se os reagentes 
mantendo uma agitação magnética durante 15 minutos. O sistema foi transferido 
para uma autoclave de aço inox com revestimento interno de teflon. A síntese 
ocorreu em estufa a 170 °C durante 24 h sem agitação magnética. Após esse tempo, 
o sistema ficou em repouso a temperatura ambiente por 3 h. A MOF resultante foi 
recuperada por centrifugação e posteriormente lavada 3 vezes com DMF e etanol 
anidro. O produto final foi seco em estufa a 80 ºC por 24 h. Para a Fe-MIL-88B-
NH2, o mesmo procedimento foi realizado porém alterando o ligante orgânico pelo 
ácido 2-aminotereftálico. Enquanto isso, para a terceira batelada, todo o 
procedimento anterior foi repetido porém alterando a temperatura de síntese e 
presença de agitação. Dessa forma, a síntese ocorreu em banho de óleo a 130 °C 
durante 24 h com agitação magnética. A reação de oxidação do metano foi 
realizada em um reator de batelada. Nesta autoclave foram inseridos diferentes 
quantidades de MOF juntamente com 2 mL de acetonitrila (MeCN) e 5,22 mmol de 
H2O2. A autoclave foi fechada e o gás metano inserido até atingir a pressão de 
34,5 bar. A solução contida na autoclave foi mantida sob agitação a 60 ºC por 
períodos de até 120 min. Ao final desse período, uma alíquota de 100 µL da 
reação foi diluída em um vial contendo MeCN e nitrometano, adicionando 
posteriormente trifenilfosfina. Em seguida, analisou-se a aliquota por 
cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas (CG-EM). Além disso, a 
concentração de H2O2 remanescente no sistema reacional foi quantificada por 
iodometria. As caracterizações realizadas foram difração de raio-X, 
espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier, microscopia 
eletrônica de varredura acoplada ao detector de energia dispersiva de raios-X, 
análise textural por adsorção de N2 e análise termogravimétrica.
Resultado e discussão
Síntese e caracterizações das MOF Fe-MIL-88B e Fe-MIL-88B-NH2 - A partir 
das micrografias (Figura 1A), analisou-se comparativamente o aspecto de cada 
catalisador e se era o que a literatura previa para cada material, notando as 
diferenças e semelhanças morfológicas entre as MOFs obtidas por rotas de síntese 
distintas. Nota-se que a 1ª metodologia de síntese, que utiliza PVP, formou os 
cristais mais próximos e homogêneos em relação a literatura (CAI; LIN; PANG, 
2016). No entanto, o mesmo não se aplica para a 1ª Fe-MIL-88B-NH2, a qual não 
possível observar uma estrutura bem definida. Ainda acerca das Fe-MIL88B-NH2, a 
MOF que apresentou morfologia e características mais próximas da literatura foi 
a da 3ª metodologia, a qual expõe cristais com formato similares a finos 
bastonetes (WEI et al., 2019). Quanto a 3ª Fe-MIL-88B, é possível observar 
cristais similares aos obtidos na 1ª síntese porém com diferentes pontos de 
nucleação, como se os cristais estivessem crescendo agregados uns aos outros. 
Quanto a 2ª metodologia de síntese, não foi obtido resultados de micrografia que 
mostrassem uma boa reprodutibilidade com o artigo base (SUN et al., 2021). Para 
a análise semiquantitativa obtida por MEV-EDS, obteve-se MOFs com teor de ferro, 
em %mol, de 5,3, 4,9 e 2,6 para as Fe-MIL-88B (1ª, 2ª e 3ª) e de 4,4, 3,0 e 2,5 
para as Fe-MIL-88B-NH2 (1ª, 2ª e 3ª), que servirão posteriormente como sítio 
ativo para as reações de catálise. Quanto aos elementos C, O, N, não foi 
observado uma mudança tão drástica nos teores, o que indica que a mudança de 
metodologia resultou em materiais com a mesma estrutura química. Os 
difratogramas apresentados na figura 1B demonstram que todas as MOFs são 
cristalinas. Contudo, os diferentes métodos de sintese produzem mudanças de 
intensidade de picos e alguns desvios de angulação. Com a alteração do ligante 
ácido tereftálico pelo ligante 2-aminotereftálico também é notada uma alteração 
no padrão de difração entre Fe-MIL88B e Fe-MIL88B-NH2. Essas mudanças podem 
estar associadas justamente ao tamanho da molécula, que gera uma estrutura 
cristalina com faces de tamanhos diferentes. Quando comparado com a literatura, 
todos os difratogramas mostraram um padrão similar ao de outras Fe-MIL-88B e Fe-
MIL-88B-NH2, indicando exatidão no processo de obtenção de um material 
cristalino pelas metodologias utilizadas. Na análise de FT-IR não foi observada 
mudanças significativas nos grupamentos funcionais superficiais dos 
catalisadores ao realizar alteração nas metodologias de síntese tanto para as 
Fe-MIL-88B como para as Fe-MIL-88B-NH2. Em termos comparativos, as MOFs se 
diferem quanto a presença de um estiramento forte relativo a ligação C-N, que 
pode ser notado em todas as Fe-MIL-88B-NH2 em 1219 cm-1, além de dois 
estiramentos fracos em 3520 e 3385 cm-1 relativos a ligação N-H. Os estiramentos 
da ligação O-H (3100 e 3068 cm-1) são apenas vistos nos ligantes orgânicos, 
indicando a desidrogenação da hidroxila quando na forma de MOF.A partir das 
análises termogravimétricas, observou-se que todas as MOFs sintetizadas são 
estáveis nas temperaturas que serão aplicadas para catálise (abaixo de 100 ºC). 
A pequena perda de massa (2-7 %) na faixa 30-160 ºC está relativa a umidade e 
volatilização de moléculas de solvente no interior da MOF. Além disso, todas os 
materiais também apresentaram uma grande degradação térmica antes de 425 ºC, 
indicando o colapso da estrutura cristalina pela quebra dos ligantes orgânicos. 
Dessa forma, a partir de 425 ºC, a massa remanescente (24-38%) é característica 
do centro metálico de ferro e/ou suas formas oxidadas. Na caracterização de 
análise textural, as Fe-MIL-88B apresentaram valores de 4 a 39 m²/g de área 
superficial enquanto as Fe-MIL-88B-NH2 variaram de 15 a 17 m²/g. Em relação ao 
volume de poros e diâmetro médio dos poros os valores foram compreendem de 
0,011-0,037 cm³/g e 30-32 A° para todas os materiais. Apesar das MOFs 
normalmente serem reportadas com elevada área superficial, no caso das MIL-88B 
isso se torna um pouco diferente. De acordo com simulações, a estrutura 3D da 
estrutura MIL-88B em sua expansão máxima deve exibir uma elevada área 
superficial de 3040 m²/g (DHAKSHINAMOORTHY; ASIRI; GARCIA, 2016). No entanto, 
devido ao alto caráter de flexão de sua estrutura e sua baixa afinidade para a 
adsorção do gás N2, uma baixa área superficial é obtida (RAHMANI; RAHMANI, 2017; 
ZORAINY et al., 2022). Aplicação das MOFs Fe-MIL-88B e Fe-MIL-
88B-NH2 na oxidação do metano - Todos os catalisadores sintetizados foram 
avaliados quanto ao seu perfil cinético da reação oxidativa do metano para 
obtenção de metanol (Figura 2A). Em relação as Fe-MIL-88B, todas tiveram um 
comportamento similar de apresentar um pico de produtividade (1ª – 11462 
μmol/gcat em 30 min; 2ª - 4892 μmol/gcat em 30 min; e 3ª – 5727 μmol/gcat em 15 
min) e depois uma redução da quantidade de metanol produzida ao decorrer da 
reação, fato que pode estar associado com a sobreoxidação do metanol. Apesar da 
3ª Fe-MIL-88B não mostrar a maior produtividade, ela obteve a maior seletividade 
(100%) em 15 min de reação, definindo assim o tempo e MOF ideal. Ao analisar as 
Fe-MIL-88B-NH2, percebeu-se o mesmo tipo de comportamento de produtividade (1ª – 
4670 μmol/gcat em 60 min; 2ª - 5719 μmol/gcat em 15 min; e 3ª – 5193 μmol/gcat 
em 30 min) porém todas elas se mostraram 100% seletivas para a produção de 
metanol. Em 30 min, a 3ª Fe-MIL-88B-NH2 mostrou a melhor produtividade de 
metanol e, diante disso, optou-se por seguir os estudos comparativos com a 3ª 
metodologia de síntese das MOFs de ferro. Diante da escolha da 3ª MOF, realizou-
se um estudo de quantidade de massa do catalisador Fe-MIL-88B na cinética da 
reação (Figura 2B). Observou-se que na reação com maior massa de catalisador (10 
mg) havia um aumento drastico na quantidade de produtos oxigenados indesejados 
com o passar do tempo, gerando ácido fórmico (11333 a 20437 μmol gcat-1) e ácido 
acético (1360 a 1624 μmol gcat-1) ao passo que diminuia a quantidade de metanol 
formado (947 a 3059 μmol gcat-1). Enquanto isso, a reação numa menor quantidade 
de catalisador (3 mg) fornecia uma seletividade de 100% para metanol e com maior 
produtividade (1967 a 5727 μmol gcat-1). Apesar disso, por questões logísticas 
de reciclo e acúmulo de catalisador para novos testes optou-se por manter a 
massa ideal da reação em 10 mg. Além disso, foi realizada uma titulação da 
quantidade remanescente de H2O2 no meio reacional, ajudando a descobrir o 
percurso de consumo do substrato e formação de produtos (Figura 2C). Dessa 
forma, pode-se ver que o consumo de H2O2 está associado diretamente com a 
formação de produtos porém não na mesma intensidade. Isto indica que pode estar 
ocorrendo a geração de produtos gasosos como CO2 e H2O, que não são 
quantificados por CG-EM. Estudo de estabilidade das MOFs no meio 
reacional - Apesar das MOFs terem apresentado um resultado promissor em 
relação a produção de metanol, as questões de estabilidade do catalisador ainda 
mostram-se ineficientes frente ao atual sistema reacional, uma vez que que a Fe-
MIL-88B e a Fe-MIL88B-NH2 acabam degradando durante a reação. Isso pode ser 
notado tanto pela mudança de cor do material (cor original para um laranja mais 
opaco) como também pelas análises de DRX e FT-IR. No DRX se observa a perda de 
estrutura cristalina e no espectro de FT-IR uma grande mudança do da superfície 
do catalisador, indicando que a estrutura foi desfeita ao ponto que os grupos 
funcionais dos ligantes orgânicos acabaram tendo maior destaque. Além disso, as 
MOFs também não apresentaram atividade catalítica após o 1º ciclo de uso.

A) Micrografias eletrônicas e B) Difratogramas dos catalisadores sintetizados.

A) Gráficos de cinética da reação de oxidação do metano; B) Variação da massa de catalisador para a reação; C) Resultado da titulação iodométrica.
Conclusões
A partir do exposto, tem-se que as MOFs Fe-MIL88B e Fe-MIL-88B-NH2 sintetizadas 
por três rotas diferentes possuem propriedades catalíticas promissoras para a 
produção de metanol a partir da oxidação do metano. Em específico, a 3ª 
metodologia de síntese mostrou ser a mais apropriada de acordo com as 
caracterizações realizadas e, sendo assim, escolhida para avançar nos testes 
catalíticos. A produtividade de metanol da 3ª Fe-MIL88B (5727 μmol/gcat em 15 min)  
e Fe-MIL-88B-NH2 (5193 μmol/gcat em 30 min) mostraram ser muito superiores quando 
comparadas com outras MOFs abordadas na literatura, que produzem desde 10 até 250 
μmol/gcat em condições reacionais variadas. Apesar disso, desafios acerca da 
estabilidade dos materiais após reação e os possíveis mecanismos de funcionamento 
ainda estão sendo investigados com o decorrer do projeto.
Agradecimentos
Os autores gostariam de agradecer à UFABC pelo espaço de pesquisa, às instituições 
de fomento FAPESP (Proc. 2021/10885-6), CNPq, CAPES, PRH/ANP nº 49 e ao LAMEP-UFU 
(FINEP - 01.13.0371.00) pelas análises termogravimétricas.
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