Autores
Ribeiro, E.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUEDOESTE DA BAHIA- UESB)  ; de Souza, H.B. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUEDOESTE DA BAHIA- UESB)  ; Silva, R.A. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUEDOESTE DA BAHIA- UESB)  ; Oliveira, G.S. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUEDOESTE DA BAHIA- UESB)  ; Gonzaga, F.C. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUEDOESTE DA BAHIA- UESB)
Resumo
Materiais para embalagens a base de plásticos biodegradáveis estão cada vez mais 
em evidência embalagens, especialmente para alimentos, devido aos expressivos 
números de consumo. Neste sentido o foco atual parece ser a embalagens ativas, que 
apresentam proteção tanto química e física para o alimento, que detenham 
características que inibam, retarde ou diminua o crescimento da microbiota 
presente. Assim, este trabalho encontrou  375 patentes através de uma prospecção 
tecnológica de natureza quali-quantitativa. Observou-se que Brasil possui uma das 
menores quantificações, tendo como principal setor de depósitos as universidades, 
salientando a importância dos na área da química e bioquímica visando criar 
biofilmes com aditivos antimicróbica e antioxidante. 
Palavras chaves
Antioxidante; Biofilme; Antimicrobial
Introdução
Com a evolução da sociedade, houve cada vez mais a necessidade de embalar 
alimentos e outros bens, seja para armazenagem e conservação, seja para 
transporte, então houve uma descoberta inovadora às embalagens: o plástico 
(BERGER, 2003).O plástico só foi inventado no final do século 19, e a sua 
produção se tornou de fato relevante por volta de 1950, temos de lidar com meros 
8,3 bilhões de toneladas do material. Desse total, mais de 6,3 bilhões já 
viraram resíduos. E a quantidade assombrosa de 5,7 bilhões de toneladas jamais 
passou por nenhum tipo de reciclagem – resultado que chocou os cientistas que 
calcularam tais números em 2017. Além disso, todo esse plástico vem causando a 
morte de milhões de animais marinhos a cada ano. Já se comprovou que quase 700 
espécies, incluindo algumas em risco de extinção, foram afetadas por resíduos 
plásticos (NATIONAL GEOGRAPHIC, 2018). 
Com o passar dos anos e com os problemas recorrentes relacionados ao uso 
excessivo do mesmo, fez-se necessária à busca por alternativas de embalagens 
plásticas ecologicamente corretas, entendidas como bioplásticos ou plásticos 
biobaseados, por serem biodegradáveis, minimizando o problema do acúmulo. 
(BATISTA, 2004; BERGER, 2003). 
Diante disso, este trabalho consiste no estudo das atuais tecnologias protegidas 
por patentes relativas a filme biodegradável com atividade antimicrobiana e/ou 
antioxidante apresentando os resultados quantitativos de análises de dados de 
patentes relacionadas através do levantamento de dados cronológicos e estudos de 
origem dos dados, ademais objetiva averiguar uma observação ponderada sobre o 
que já foi realizado e identificar novas formas possíveis de encontrar e 
aprimorar o desenvolvimento de biofilmes e/ou embalagens ativas.
Material e métodos
O banco de dados utilizado neste trabalho foi realizado em Agosto de 2022, a 
partir da plataforma Espacenet, escritório europeu de buscas de patentes, com 
acesso a mais de 130 milhões de documentos. A busca foi feita utilizando o código 
C08L combinando com as seguintes palavras chaves: Packaging, Biodegradable, 
Antimicobrial e Antioxidant. A partir dos dados coletados foi possível realizar 
uma análise quanti-qualitativa, objetivando mapear tecnologias geradas e possíveis 
tendências para novas tecnologias que envolvam bioplásticos e seus usos como 
embalagens, além de comparar os dados das duas análises prospectivas. 
Resultado e discussão
Na Figura 1 explana o número de patentes resultantes da prospecção tecnológica 
em 2017 teve o maior depósito, seguido de 2009 e 2020. Além disso, em 2021 as 
patentes submetidas chegaram à 19 e em 2022 segue aproximando deste valor, 
podendo nos próximos meses ainda ultrapassar os depósitos no ano anterior. Vale 
ressaltar, que os países com o maior número de depósitos são os Estados Unidos, 
China, República da Coréia e o Japão, e a Organização Mundial de Propriedade 
Intelectual. Ademais, dos 14 depósitos de 2005, dois são do Brasil, assim, mesmo 
sendo um dos países que mais consome plástico do mundo e também dos maiores 
geradores de lixo plástico (WWF, 2019), possui apenas 4 patentes depositadas em 
2000, 2005 e 2009, respectivamente, dos 375 dados encontrados no Espacenet. 
Na Figura 2 é possível identificar que entre os setores aplicantes, o 
empresarial é o que mais se destaca em número de depósitos com 48% do total. 
Outro setor com grande quantificação é o acadêmico, responsável por pouco menos 
de 1/3 do total depositado, dentre eles três universidades brasileiras. Nas 
aplicações tecnológicas, as metodologias orgânicas e inorgânicas tem um grande 
destaque com 50% dos dados de quantificação, seguida de materiais polimérico do 
desenvolvimento de embalagens (16%) e desenvolvimento de resinas para a para a 
produção de materiais plásticos (14%). Assim, fica em evidência que ainda não 
possui grande quantidade de depósitos de patentes, mesmo sendo importante para a 
conservação dos alimentos e para o meio-ambiente. Além disso, é notório 
salientar que não há muitas empresas e institutos governamentais, mesmo em 
países com grandes números  de submissão de patentes com interesse em 
pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de materiais desta natureza.

Relação entre o número de patentes entre 1996 a 2022 e os países depositantes

Empresas Aplicantes e Aplicação Tecnológica
Conclusões
Os dados mostram que desde 2009 as buscas sobre desenvolvimento de biofilmes com 
características antioxidantes, biodegradáveis e antimicrobianos cresceram, tendo 
seu ápice em 2017. Desse modo vem se mostrando um mercado ativo e ascendente, com 
os Estados Unidos e China na liderança. O Brasil, apesar do reconhecido potencial 
com produtos naturais, e seu grande número de lixos plásticos gerados no país, tem 
números pouco expressivos em depósito de patentes, sendo em sua maior parte 
depositado há mais de 10 anos por Universidades, evidenciando que é uma área que 
ainda pode ser explorada.
Agradecimentos
Ao Grupo de Pesquisa em Inovação Química (GPEIQ) e a Universidade Estadual do 
Sudoeste da Bahia (UESB). 
Referências
BATISTA, Juliana Alves. Desenvolvimento, caracterização e aplicações de Biofilmes a base de pectina, gelatina e ácidos graxos em bananas e sementes de brócolis. Tese (mestre em alimentos e nutrição). 2004. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/255985. Acesso em: 1 set. 2022.
BERGER, Kenneth R. A Brief History of Packaging: ABE321/AE206, 12/2002. EDIS, [S. l.], v. 2003, n. 17, 2003. DOI: 10.32473/edis-ae206-2002. Disponível em: <https://ufdcimages.uflib.ufl.edu/IR/00/00/15/24/00001/AE20600.pdf>. Acesso em: 1 set. 2022.
NATIONAL GEOGRAFIC; 2018. Plástico – Nós o criamos. Dependemos dele. Mas ele nos ameaça. Disponível em: <https://www.nationalgeographicbrasil.com/2018/05/lixo-plastico-planeta-poluicao-lixao-consumo>. Acesso em 01 set. 2022. 
URBANO, Henrique Pinheiro. Produção de filmes compostos de poliestireno com a adição de curcumina e rizoma em pó de Curcuma longa. 2017. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo Mourão, 2017.
WWF. Brasil é o 4o país do mundo que mais gera lixo plástico. 2019. Disponível em: https://www.wwf.org.br/?70222/Brasil-e-o-4-pais-do-mundo-que-mais-gera-lixo-plastico. Acesso em: 19 agost. 2022.








