• Rio de Janeiro Brasil
  • 14-18 Novembro 2022

Dependência térmica do comportamento ferromagnético de nanopartículas de céria com morfologia cúbica.

Autores

Santos, A.O. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Martins, L.D. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Mezavila, J.H.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Serna, J.P. (CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS) ; Checca, N.R. (CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS) ; Soares, A.V.H. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Silva, J.C.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Alves, O.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE)

Resumo

Neste trabalho realizou-se o estudo do comportamento magnético em função da temperatura de nanopartículas (NPs) de CeO2 (100). O material foi caracterizado por DRX, MET e XPS, e o comportamento magnético do mesmo foi analisado por EPR e curvas de magnetização M(H) e ZFC/FC. O tamanho médio das NPs obtido por MET foi 27 nm. Os espectros de XPS de Ce 3d e O 1s mostraram 26,62% e 30,79% de concentrações relativas de Ce+3 e OH na superfície das NPs, respectivamente. As curvas ZFC/FC e de magnetização em função do campo magnético em diferentes temperaturas indicaram comportamento ferromagnético. A dependência com a temperatura dos espectros de EPR apresentou transição magnética perto de 50 K que pode ser atribuída à condensação de oxigênio superficial e extinção das vacâncias de oxigênio.

Palavras chaves

céria nanocubo; ferromagnetismo; CeO2 (100)

Introdução

O comportamento ferromagnético à temperatura ambiente (FMTA) observado em óxidos metálicos semicondutorestem tem despertado grande interesse científico devido a possibilidade de aplicação desses óxidos em spintrônica (Cheng Zhang 2014, Qianhong Bo 2014, A. N. Ribeiro 2017, Xiaofei Niu 2017, Xiaojun Ma 2018) e dispositivos ópticos (A. N. Ribeiro 2017, Huamin Gao 2017, Xiaofei Niu 2017, Xiaojun Ma 2018). Em especial, os óxidos de terras-raras com bandgap largo e configuração d0 receberam maior atenção em razão de seu inesperado ordenamento FMTA em nanoescala (Cheng Zhang 2014, Michael Coey 2016, A. N. Ribeiro 2017, Karl Ackl 2018). Referente aos óxidos de terras-raras, as nanopartículas de CeO2 (céria) são extensivamente estudadas por causa de suas propriedades magnéticas em temperatura ambiente (Cheng Zhang 2014, Michael Coey 2016, A. N. Ribeiro 2017, Jinbo Ni 2017) e sua grande abundância na Terra (Jessica T. Dahle 2015, Weiting Yang 2019, Vita 2020) que diminui o custo de possíveis aplicações. A céria ‘bulk’ apresenta comportamento paramagnético (Cheng Zhang 2014, Xiaofei Niu 2017, Karl Ackl 2018) entretanto, em dimensões nanométricas exibe ordenamento ferromagnético (Cheng Zhang 2014, Michael Coey 2016, Xiaofei Niu 2017, Karl Ackl 2018) ou superparamagnético com uma curva característica virtualmente não- histerética à temperatura ambiente (Michael Coey 2016, Karl Ackl 2018). O comportamento FMTA da céria está associado à presença de vacâncias de oxigênio e espécies Ce+3 na estrutura cristalina do nanomaterial, e mais especificamente em sua superfície (Cheng Zhang 2014, Qianhong Bo 2014, Michael Coey 2016, A. N. Ribeiro 2017, Xiaofei Niu 2017, Karl Ackl 2018). Diferentes morfologias de CeO2 resultam em efeitos distintos na propriedade magnética das nanopartículas (A. N. Ribeiro 2017, Xiaofei Niu 2017, Karl Ackl 2018) uma vez que a quantidade e os conjuntos de vacâncias, além da quantidade de íons Ce+3 na superfície do material dependem do plano preferencialmente exposto (A. N. Ribeiro 2017, Karl Ackl 2018). Sendo assim, neste trabalho, foram sintetizadas nanopartículas de céria com morfologia cúbica e orientação preferencial (100) utilizando-se o método hidrotermal. A dependência térmica do comportamento magnético das nanopartículas de CeO2 (100) foram analisadas utilizando-se curvas de magnetização e EPR. Para obter as informações acerca da morfologia, da estrutura cristalina e do estado químico do material foram realizadas investigações com as técnicas MET, DRX, EDS e XPS.

Material e métodos

Os reagentes utilizados na síntese das NPs foram água ultra pura (18 MΩ cm), hidróxido de sódio (NaOH > 99,00%, Impex), etanol (CH3CH2OH > 99,50%, Proquímicos) e nitrato de cério (III) hexahidratado (Ce(NO3)3·6H2O > 99,00%, Sigma-Aldrich). A síntese das NPs ocorreu pelo método hidrotermal. Uma dispersão contendo 53,45 mL de Ce(NO3)3.6H2O 0,05 mol L−1 e NaOH 6,00 mol L−1 foi preparada e agitada por 20 minutos à temperatura ambiente. Posteriomente, a dispersão foi transferida para uma autoclave de aço inoxidável e cápsula de Teflon, e realizou- se o tratamento hidrotermal a 180 °C por 24 horas. Em sequência, resfriou-se a autoclave e o precipitado foi separado por centrifugação, lavado duas vezes com água destilada, 3 vezes com etanol, e secado a 85 °C por 24 horas (I. Trenque and AMANS 2019). As informações da estrutura cristalina foram analisadas usando padrões de Difração de Raios X (DRX) obtidos com difratômetro X´Pertpro (panalítico) PW3042 com radiação Cu Kα igual a 0,1540 nm (40 kV, 40 mA) e detector de estado sólido X-Celerator. Observou-se o tamanho, dispersão e a morfologia das nanopartículas por Microscopia Eletrônica de Transmissão (TEM–JEOL modelo JEM 2100F, com tensão de aceleração de 200 kV) e TEM Titan Cubed Themis (FEI Company) operado no modo varredura. Avaliou-se a composição e o estado químico dos átomos na superfície da amostra de céria por Espectroscopia de Fotoelétrons excitados por Raios X (XPS) em espectrômetro ESCALAB 250XI (Thermo Fisher Scientific) com raios X monocromáticos de Al Kα igual a 1486,68 eV em ultra-vácuo e temperatura ambiente. O processamento dos dados XPS foi realizado utilizando o programa Casa XPS versão 2.3.24. As medidas de Ressonância Paramagnética Eletrônica (EPR) foram realizadas em temperatura ambiente utilizando-se um espectrômetro EMX Plus Bruker com cavidade banda X (9 GHz) e potência de micro-ondas de 50 mW. Os espectros foram ajustados com o programa Microcal Origin e rotina Easyspin do MATLAB. Caracterizou-se as propriedades magnéticas através da magnetização em função do campo magnético, em diferentes temperaturas. A magnetização em função da temperatura foi obtida usando o protocolo ZFC/FC. No procedimento zero-field- cooled (ZFC), a amostra foi congelada de 300 K a 50 K na ausência de campo magnético aplicado, e aquecida de 50 K a 300 K com campo aplicado nos valores de 500 Oe ou 1000 Oe, para determinação da susceptibilidade magnética. No procedimento field-cooled (FC), a amostra foi congelada de 300 K a 50 K com campo aplicado de 500 Oe ou 1000 Oe, e as medidas de susceptibilidade magnética foram obtidas durante o aquecimento com campo igual ao do resfriamento. As medidas de magnetizações foram realizadas no modo magnetômetro de amostra vibrante em um DynaCool Physical Property Measurements System da Quantum Design.

Resultado e discussão

Os padrões de DRX de CeO2 com morfologia cúbica são mostrados na Figura 1 (a) na qual verificam-se os picos característicos da estrutura cúbica de face centrada do tipo fluorita da céria em 28,68°, 33,16°, 47,52°, 56,38°, 59,29°, 69,40° , 76,74°, 79,12° e 88,48°, em relação aos planos cristalinos (111), (200), (220), (311), (222), (400), (331), (420) e (422), respectivamente (Wenbo Yue 2007, Zhanglei Ning 2017). Foram observados picos intensos e agudos que sugerem uma boa cristalinidade e pequenos cristalitos. O tamanho médio do cristalito estimado pela equação de Scherrer utilizando como referência o pico (111) da céria foi 26 nm (Qiguang Dai 2014, Yuan-Yuan Feng 2019). A Figura 1 (b) apresenta a micrografia da céria obtida por MET na qual observa-se a presença de nanopartículas com morfologia cúbica. O tamanho médio das arestas das nanopartículas obtidas pelas micrografias foi 27 nm, em concordância com os resultados de DRX. As Figuras 1 (c) e (d) apresentam os espectros em alta resolução de XPS para Ce 3d e O 1s, respectivamente. Oito picos característicos de Ce 3d relacionados ao acoplamento spin-órbita 3d5/2 and 3d3/2 são mostrados na Figura 1 (c) (Yang Yu 2016, Bidhan Pandit 2019, Fang Dong 2019), dos quais seis componentes correspondem ao estado Ce+4 e dois componentes ao estado Ce+3, sugerindo que o par Ce+4/Ce+3 existe na superfície do material (Fanming Meng 2015, Jinfeng Gong 2016, Xiaofei Niu 2016, Yang Yu 2016, Jinbo Ni 2017, Fang Dong 2019, Weikang Hu 2019). As quantidades relativas das espécies Ce+4 e Ce+3 foram 73,38 % e 26,62 %, respectivamente. Uma vez que não foi observada fase cristalina de Ce2O3 na análise de DRX, infere-se que as espécies Ce+3 relacionam-se com a presença de vacâncias de oxigênio na superfície do material (Xiaofei Niu 2016, Jinbo Ni 2017, Bidhan Pandit 2019, Fang Dong 2019). Na Figura 1 (d) verficam-se três picos de emissão de elétrons de O 1s, onde a curva vermelha relaciona-se às emissões de elétrons de oxigênio da rede CeO2, a curva verde refere-se às emissões de elétrons de oxigênio de espécies adsorvidas como hidroxila, e a curva azul está relacionada às emissões de elétrons de oxigênio associado a regiões de vacâncias de oxigênio (Jinfeng Gong 2016, Lei Qin 2016, Xiaofei Niu 2016, Huamin Gao 2017, Jinbo Ni 2017, Xiaojun Ma 2018, Bidhan Pandit 2019, Weikang Hu 2019). A razão atômica observada foi 69,21% para espécies oxigenadas localizadas na rede cristalina do nanomaterial (24,12% de Ce+4-O-2 e 45,09% Ce+3-O-2), e 30,79% de oxigênio de hidroxila adsorvida (Ce+4-OH). A Figura 2 (a) apresenta as curvas ZFC e FC de magnetização em função da temperatura com campos magnéticos aplicados de 500 Oe e 1000 Oe, onde observou-se um leve aumento da suscetibilidade em aproximadamente 60 K (em ambos os campos aplicados) possivelmente devido à condensação do oxigênio superficial adsorvido (Ce+4-OH) nas nanopartículas de céria (S. Bandow 2005, P. M. Mohammed Gazzali 2018). Na magnetização a 500 Oe verificou-se uma separação das curvas ZFC e FC em temperaturas inferiores a 160 K que pode ser devido a vários fatores tais quais: energia associada à anisotropia magnética maior que energia térmica, distribuição larga do tamanho das nanopartículas ou competição entre as interações de troca ferromagnética e antiferromagnética (H.R. Khakhal 2020). Na magnetização a 1000 Oe foi observada uma sobreposição praticamente total das curvas ZFC e FC em toda faixa de temperatura, sugerindo a existência de ferromagnetimo na amostra. As curvas de M(H) medidas em diferentes temperaturas são mostradas na Figura 2 (b), das quais as componentes diamagnética e paramagnética foram subtraídas dos dados. Observou-se um decréscimo do campo coercivo (Hc) e das magnetizações de saturação (Ms) e remanente (Mr) com o aumento da temperatura. As nanopartículas de CeO2 apresentaram uma curva de M(H) com histerese e magnetização remanente com Hc = 5 Oe à temperatura ambiente, sugerindo um comportamento ferromagnético fraco e não-superparamagnético do material. Uma possível explicação para este comportamento é o modelo de supertroca onde os spins desemparelhados de orbitais f do Ce, gerados pela redução de Ce+4 a Ce+3, são acoplados por uma interação de supertroca via vacâncias de oxigênio, induzindo magnetismo no material (Shih-Yun Chen 2010). A Figura 2 (c) apresenta os espectros de EPR em diferentes temperaturas. Em todos os espectros foram observados sinais largos característicos de sistemas ferromagnéticos e sinais estreitos característicos de íons paramagnéticos. A intensidade dos sinais paramagnéticos aumentou com a diminuição da temperatura. Foi identificado um sinal com g = 4,3 correspondente ao Fe+3 em um sítio com simetria rômbica e diversos outros sinais paramagnéticos menos pronunciados na região de campo alto em aproximadamente 3400 G possivelmente associados a quantidades traço de íons provenientes dos materiais utilizados na síntese. A característica principal dos espectros foi a presença de um sinal largo em aproximadamente 3000 G que está associado ao comportamento ferromagnético da céria (Aryane A. Marciniak 2020, Adriana F.F. de Lima 2021). Este sinal foi simulado utilizando duas Lorentzianas, uma delas apresentando campo de ressonância com g = 2,7 para todas as temperaturas, enquanto que a outra exibindo um pequeno deslocamento com mudança do valor de g = 2,1 para g = 2,0 com a diminuição da temperatura. A área das curvas Lorentzianas é proporcional a quantidade de material ferromagnético e sua dependência com a temperatura é mostrada na Figura 2 (d). Verificou-se que para temperaturas acima de 50 K a componente 1 apresentou comportamento que pode ser descrito pela equação de Curie-Weiss para amostras ferromagnéticas enquanto que a componente 2 foi aproximadamente constante. Para temperaturas abaixo de 50 K, as áreas das componentes apresentaram intensa diminuição sugerindo desaparecimento do comportamento ferromagnético que está associado à transição magnética acarretada pela condensação de oxigênio superficial adsorvido ao ocupar as vacâncias de oxigênio.

Figura 1

(a) padrões de DRX (b) micrografias por TEM (c) espectros de XPS de Ce 3d (d) espectros de XPS de O 1s das nanopartículas de CeO2 (100).

Figura 2

(a) curvas de magnetização ZFC/FC (b) curvas M(H) e (c) espectros de EPR em diferentes T (d) área dos sinais ferromagnéticos em função de T.

Conclusões

Nanoparticulas de céria com morfologia cúbica e orientação preferencial (100) foram sintetizadas pelo método hidrotermal. Analisou-se o comportamento magnético e sua relação com a morfologia e a estrutura cristalina usando DRX, TEM, XPS, curvas de magnetização e EPR. Foram obtidas partículas cúbicas com tamanho médio de 27 nm. Os resultados de XPS indicaram a presença de Ce+3 e vacâncias de oxigênio na superfície das nanopartículas, que podem ser associados ao comportamento ferromagnético observado. Adicionalmente, os resultados de XPS indicaram a presença de espécies OH adsorvidas na superfície de CeO2 (100). A dependência térmica da área do sinal ferromagnético comprova que o comportamento ferromagnético da céria depende da existência de vacâncias de oxigênio.

Agradecimentos

CNPq 141454/2021-0, FAPERJ (E-26/211.371/2019, E-26/201.435/2021, E- 26/210.793/2021), CAPES-PrInt 88887.310269/2018-00 CBPF e CAPES.

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