• Rio de Janeiro Brasil
  • 14-18 Novembro 2022

DL-EPR vs. LSV-KOH: From simple detection of deleterious phases to analysis of morphology and high accuracy on determination of sigma phase in UNS S32750 stainless steel

Autores

Ignacio, M.D.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; de Sampaio, M.T. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Furtado, A.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Tavares, S.S.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Ponzio, E.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Pardal, J.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Pimenta, A.R. (INSITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO)

Resumo

Uma técnica eletroquímica otimizada, voltametria de varredura linear (LSV) em solução de KOH foi confrontada com a reativação potenciocinética eletroquímica de loop duplo (DL-EPR) para verificar qual é a melhor técnica para quantificar fases deletérias em um aço inoxidavel super duplex UNS S32750. O DL-EPR apresentou um erro na determinação das fases deletérias na faixa de 6,9 ​​a 100%. O LSV-KOH apresenta uma melhor precisão na quantificação das fases deletérias, onde a faixa de erro foi de 2,4 a 26,2%. Quando a morfologia do sigma muda de lamelar para em bloco, foram observadas modificações nos voltamogramas desta técnica. Em espécimes onde a morfologia lamelar está presente, os voltamogramas tem dois picos, e quando a morfologia altera para divorciada ha a aparição de tres picos.

Palavras chaves

Aço inoxidável; Fase Sigma; Morfologia

Introdução

Os aços inoxidáveis superduplex apresentam propriedades mecânicas e resistência à corrosão superiores em comparação aos outros aços inoxidáveis comerciais para uso industrial. Contudo, quando esses aços são submetidos a temperaturas entre 400 e 1010 °C, esses podem ser afetados pela presença de fases deletérias, como a fase sigma gerando alterações nas propriedades mecânicas e de resistencia a corrosão do material. O processo de manufatura desses aços, principalmente em trabalho a quente, gera variações nos tamanhos de grão e na cinetica de precipitação dessas fases deletérias. Muitos métodos propostos para quantificação dessas fases são sugeridos na literatura,sendo o mais comum a reativação pontencioninética de loop duplo (DL- EPR), onde a existência de muitas diferentes soluções para análise, sem a convenção de condições ideais para o teste, deixando uma lacuna para o consenso de qual solução utilizar. Uma alternativa a essa técnica, sugere a analise de elementos como Cr e Mo na reagião transpassiva, medindo diretamente e com boa precisão as frações volumétricas de fases deletérias presentes em aços superduplex. A técnica utlizada foi a voltametria linear (LSV) com solução de KOH em concentrações e velocidades de varredura variáveis(DE SAMPAIO et al.). Parametros ótimos para esta técnica ja foram encontrados em um trabalho prévio, onde foi utilizada uma matriz Doehlert para ánalise multivariada dos fatores que afetam a linearidade e capacidade de quantificação da técnica, que foram utilizados para garantir maior precisão na analise da presença de fases no aço estudado. O objetivo deste trabalho é confrontar a LSV com o DL-EPR, avaliando a capacidade de detecção das fases deletérias, a acuracia em sua quantificação e analise da morfologia e precipitação das fases

Material e métodos

Os testes eletroquímicos LSV-KOH e DL-EPR foram realizados utilizando potenciostato multicanal, Metrohm Autolab PGSTAT204. Os ensaios eletroquímicos foram realizados utilizando uma célula eletroquímica convencional de três eletrodos, uma haste de platina como contra eletrodo, um eletrodo de Ag/AgCl (com uma solução de cloreto de potássio 3,0 mol/L) como eletrodo de referência e a amostra como eletrodo de trabalho. Os parâmetros utilizados para o LSV-KOH foram os investigados em trabalho anterior, onde a concentração da solução de KOH foi de 3,55 mol/L. O teste começou com um pré-tratamento, (Ei = -0,818 V; t = 60 s). Em seguida, a varredura anódica foi iniciada a uma taxa de varredura de 3,42 mV/s e continuou até a densidade de corrente atingir 1 mA.cm-2. Com estes fatores otimizados, foi feita uma curva para quantificação das fases deletérias, a partir da equação: DP=(Q-ILF)/SLF, onde DP é a fração volumetrica de fases deleterias, Q a carga de meio pico, ILF e SLf são o coeficiente linear e angular, respectivamente, do fit linear. Os testes de DL-EPR foram realizados em solução de H2SO4 2,00 M + KSCN 0,01 M + NaCl 0,50 M à temperatura ambiente. O teste começa com a estabilização do potencial de circuito aberto (EOCP) por 30 min. Então, a partir do EOCP, o potencial foi varrido na direção anódica com uma taxa de varredura de 1,0 mV/s até +0,7V vs EOCP. Em seguida, a varredura foi revertida na mesma taxa de varredura na direção catódica até atingir o EOCP. O grau de sensitização (DOS) foi avaliado pela razão Qr/Qa. Onde Qa é a densidade de carga do pico formado na varredura anódica e Qr é a densidade de carga do pico formado na varredura catódica.

Resultado e discussão

De maneira a comparar os ensaios eletroquimicos e sua relação com a sensitização com a porcentagem real de fases deletérias, foi realizado a quantificação por LOM das fases deletérias, com revelação eletroquimica em KOH, aplicando 3V por 12s. Como observado por Pardal et.al (2009), o tamanho do grão afeta a precipitação de fases deletérias e sua cinetica, o que afeta diretamente a fração volumétrica de fases deletérias e sua morfologia quando o aço sofre tratamento térmico. Os ensaios de DL- EPR realizados não foram capazes de identificar sensitização em algumas amostras, principalmente devido ao fenomeno de healing, que se trata do redifusionamento do cromo pelo aço, atenuando a sensitização e a deficiencia de elementos de liga no contorno do grão. Apesar desse fenomeno, a precipitação de fase σ continua ocorrendo e esta é a principal responsável pelos defeitos em SDSS. Desta forma o LSV-KOH, que apresentou um erro relativo menorna resposta a grau de sensitização (2,4-26,2% de erro no LSV-KOH, 6,9-100% de erro no DL-EPR) se apresentou uma técnica mais precisa na quantificação de fases deletérias que o DL-EPR, além de não necessitar otimizações posteriores. Além disso, foi possível observar uma relação entre os picos dos voltamogramas com a morfologia da fase sigma. O primeiro pico se da pela dissolução de Cr e Mo na austenita, ferrita e sigma, que ocorre preferencialmente na sigma devido a sua maior proporção de cromo que as outras fases. O segundo e terceiro pico podem ser associados ao contorno do grão da sigma, onde um voltamograma com dois picos esta associado a morfologia lamelar da fase sigma, enquanto que tres picos a evolução da sigma para morfologia divorciada (em bloco).

Conclusões

Neste estudo, podemos concluir: A técnica de LSV usando KOH como solução eletrolítica foi mais precisa na quantificação de fases deletérias do que a técnica clássica de DL-EPR. Além disso, o LSV-KOH pode fornecer informações sobre a morfologia dos precipitados. Quando os voltamogramas apresentam dois picos, a fase sigma é precipitada em forma lamelar. Quando três picos estão presentes, a fase sigma é precipitada em formas lamelares e em blocos.Esses picos adicionais têm uma grande concordância com a morfologia observada.

Agradecimentos

Os autores agradecem às agências brasileiras de pesquisa (CAPES, FAPERJ e CNPq) pelo apoio financeiro.

Referências

PARDAL, J. M. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA EFEITOS DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS, MAGNÉTICAS E NA RESISTÊNCIA À CORROSÃO DE AÇOS INOXIDÁVEIS SUPERDUPLEX. [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://www.livrosgratis.com.br>.
SAMPAIO, M. T. G. DE; FURTADO, A. B.; TAVARES, S. S. M.; PARDAL, J. M.; MACÊDO, M. C. S. DE; VELASCO, J. A. C.; ARAUJO, A. S.; PONZIO, E. A. Sigma and Chi Phases Analysis in UNS S32750 Superduplex Stainless Steel by Optimized Linear Sweep Voltammetry in Alkaline Medium. Journal of The Electrochemical Society, v. 167, n. 10, p. 101507, 19 jun. 2020.

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