Autores
Almeida, M.A. (IMA/UFRJ)  ; Menezes, L.R. (IMA/UFRJ)  ; Silva, E.O. (IMA/UFRJ)
Resumo
Embalagens alimentícias têm papel fundamental na segurança alimentar. Devido às 
suas propriedades, polímeros petroquímicos são utilizados nesse setor. 
Nanocompósitos de matriz biodegradável são uma alternativa melhor ao ambiente. 
Embalagens com boas propriedades ópticas evitam oxidação de componentes do 
alimento. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar as propriedades ópticas 
de nanocompósitos de poli(lactídeo) (PLA) e nanopartículas de óxido de zinco 
(ZnO) e dióxidos de silício (SiO2) e titânio (TiO2). A 
espectrometria no ultravioleta/visível indicou perda de transparência pela 
presença de TiO2 e ZnO, e ganho de barreira à radiação ultravioleta 
(UV). Pela análise CIELab, essas nanopartículas alteraram a percepção de 
amarelo, laranja, verde e vermelho.
Palavras chaves
Embalagens alimentícias; Nanopartículas; Propriedades ópticas
Introdução
	A embalagem alimentícia armazena e protege o alimento de contaminações e 
adulterações, desde a sua fabricação até a entrega ao consumidor final (BRASIL, 
2001). Os polímeros são uma classe de materiais explorados sobremaneira pelo 
setor de embalagens, devido às suas vantajosas características, sendo elas baixa 
densidade; boas propriedades mecânicas e térmicas; fácil processabilidade e 
manuseio; resistência à corrosão e relação custo-benefício favorável (ACCORSI 
et al., 2014; ZHANG et al., 2022). Em geral, os polímeros mais 
utilizados pelo setor são termoplásticos, não biodegradáveis e de origem 
petroquímica, logo de fonte não renovável. Dessa forma, há uma crescente 
preocupação com a grande quantidade de plástico que a sociedade contemporânea 
gera e dissemina no ambiente por meio de descarte inadequado (GEYER; JAMBECK; 
LAW, 2017). Embalagens obtidas a partir de polímeros biodegradáveis mostram-se 
interessantes substitutas aquelas fabricadas com os polímeros convencionais, de 
origem fóssil. No entanto, não é incomum o emprego de nanopartículas como 
reforço dessas matrizes biodegradáveis para que esses polímeros apresentem 
propriedades mecânicas e térmicas comparáveis aos petroquímicos (SHANKAR; RHIM, 
2018; ANUAR et al., 2019; ROCHA et al., 2020, JAFARZADEH; JAFARI, 
2021). 
	O uso de nanopartículas podem propiciar propriedades desejáveis às 
embalagens, tais como redução da permeabilidade ao oxigênio e vapor d'água; 
estabilidade térmica; clareza óptica; atividade antimicrobiana e detecção de 
alterações biológicas e químicas (YOUSSEF; ELSAYED, 2018, JAFARZADEH; JAFARI, 
2021). O PLA, polímero biodegradável obtido de fonte renovável, apresenta 
rigidez; transparência; biocompatibilidade; boa processabilidade; alta 
capacidade de formação de filme; resistência a produtos gordurosos e derivados 
do leite; alta barreira flavorizante e aromática, que são características 
interessantes para aplicação em embalagens alimentícias (ARFAT et al., 
2018, ZHONG et al., 2020). Dentre as nanopartículas utilizadas em 
matrizes biodegradáveis, encontram-se o SiO2, o TiO2, e o 
ZnO. As nanopartículas de SiO2 são conhecidas por serem estáveis e 
não tóxicas (PRASEPTIANGGA et al., 2021). Já as nanopartículas de ZnO 
ganharam destaque por apresentarem boa atividade antimicrobiana, disponibilidade 
para utilização, baixo custo e pouca toxicidade (SHANKAR; WANG; RHIM, 2018; 
HEYDARI-MAJD et al.; 2019; RÂPǍ et al., 2021). Por fim, as 
nanopartículas de TiO2 são biocompatíveis, não tóxicas, quimicamente 
inertes e apresentam baixo custo e atividade antimicrobiana (ERCIYES; OCAK, 
2019; SALAMA; AZIZ, 2020).
	As propriedades ópticas das embalagens alimentícias são importantes 
tanto do ponto de vista da qualidade do alimento, no que diz respeito à barreira 
contra radiação UV, quanto da aceitação do alimento por parte de consumidores 
(JAFARZADEH; JAFARI, 2021). A barreira contra a radiação UV protege o alimento 
da oxidação de lipídios, da geração de radicais livres, descoloração e 
alterações organolépticas (SALAMA; AZIZ, 2020; PHOTHISARATTANA et al., 
2022). O uso de nanopartículas mostrou-se eficiente no aumento da barreira à 
radiação UV de filmes biodegradáveis utilizados para embalar frango, prolongando 
o tempo de prateleira desse alimento (MOHAMMADI et al., 2019; CRIADO 
et al., 2020). A transparência é uma característica que permite aos 
consumidores avaliarem visualmente o quão frescos os alimentos estão antes da 
compra (ELDESOUKY; PULIDO; MESIAS, 2015).
	A Commission Internationale de l’Eclairage (CIE), autoridade 
internacional em luz e cor, definiu espaços de cor por meio dos quais é possível 
analisar e expressar cores. O espaço de cor CIELab é constituído por três eixos 
perpendiculares entre si, sendo eles L*, eixo de luminosidade da cor; 
a*, eixo vermelho/verde e b*, eixo amarelo/azul (POLAT; 
FENERCIOGLU; GÜÇLÜ, 2018). Além disso, a variação total de cor (ΔE) entre duas 
cores A e B, genéricas, nesse espaço, é dada por ΔE = [(LA*
-LB*)2+(aA*-
aB*)2+(bA*-bB
*)2]0,5 (KUMAR et al., 2018). O objetivo 
deste trabalho foi utilizar a análise de cor no espaço CIELab para avaliar a 
transparência de filmes nanocompósitos à base de PLA e nanopartículas de 
SiO2, TiO2 e ZnO, investigando o impacto desses filmes 
sobre a percepção das cores amarelo, branco, laranja, verde e vermelho. Além 
disso, para completar a análise das propriedades ópticas dos nanocompósitos, a 
transmitância na região do UV/visível dos filmes de PLA puro; dos nanocompósitos 
e das nanopartículas foi determinada, bem como o índice de refração do PLA puro 
e das nanopartículas.
Material e métodos
2.1 MATERIAIS
	Neste trabalho, foram utilizados PLA (4060D, NatureWorks LLC), 
clorofórmio (EMSURE® ACS) e nanopartículas de SiO2 (12 nm, 
Aerosil® 200), TiO2 (100 nm, Sigma-Aldrich®) e 
ZnO (< 50nm, Sigma-Aldrich®).
2.2 PREPARO DOS FILMES NANOCOMPÓSITOS À BASE DE PLA
	Nanopartículas de SiO2, TiO2 e ZnO foram suspensas 
em clorofórmio com o auxílio de banho de ultrassom (Ultronique, QR500) de 40 W 
por 30 min, nas concentrações de 0,5; 1,5 e 3,0% m/m em relação a massa de PLA. 
Em seguida, o PLA foi adicionado às suspenções na concentração de 5% m/m em 
relação a massa de solvente. Após a solubilização completa do polímero, os 
sistemas foram vertidos em placa de Petri e secos para a obtenção dos 
filmes nanocompósitos. Um filme de PLA puro também foi obtido pelo mesmo método. 
Os filmes preparados receberam códigos para facilitar a identificação, 
atribuídos de acordo com nanopartículas e teor utilizados. Dessa forma, os 
códigos seguiram o padrão PLAXN, em que X é 05 para 0,5% m/m; 15 para 1,5%m/m e 
30 para 3,0%m/m, e N é SiO2 para a nanopartícula de SiO2; TiO2 para a 
nanopartícula de TiO2 e ZnO para a nanopartícula de ZnO. O filme de 
PLA puro recebeu o código PLApuro.
2.3 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO
	O índice de refração do filme de PLA puro e das nanopartículas de 
SiO2, TiO2 e ZnO foi medido por meio de refratômetro 
digital tipo Abbe da marca BOECO, modelo BeC32400.
2.4 ESPECTROMETRIA NO UV/VISÍVEL
	Os filmes nanocompósitos e o filme de PLA puro foram analisados 
diretamente em espectrofotômetro de UV/visível (Hitachi High-Techologies, U-
2450), para obtenção dos perfis de transmitância das amostras na faixa de 300 a 
900 nm. Além disso, os espectros de absorção das nanopartículas de 
SiO2, TiO2 e ZnO, suspensas em clorofórmio, também foram 
obtidos por essa técnica analítica.
2.5 ANÁLISE COLORIMÉTRICA NO ESPAÇO DE COR CIELAB
	As medidas de cor foram realizadas contra cartolinas de cor amarela, 
branca, laranja, verde e vermelha, simulando classes de alimentos, por meio de 
colorímetro digital portátil da marca ARTBULL, modelo WR-10QC. As cartolinas 
foram usadas como backgrounds, portanto, medidas de cor no espaço CIELab 
foram tomadas a partir desses materiais. Posteriormente, os filmes 
nanocompósitos e o filme de PLA puro foram sobrepostos às cartolinas e novas 
medidas de cor foram realizadas para avaliar o impacto dos materiais sobre os 
eixos de cor L*, a* e b*. Todas as medidas 
foram realizadas em triplicata.
Resultado e discussão
3.1 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO
Em óptica, transparência é a característica do meio que permite a passagem de 
radiação luminosa sem qualquer espalhamento, já translucidez é a passagem dessa 
radiação com algum espalhamento (LIN et al., 2020). A translucidez ocorre 
quando um material é formado por componentes que apresentam índices de refração 
diferentes, sendo mais acentuada quanto maior for essa diferença (JEEVAHAN; 
CHANDRASEKARAN, 2019; LIN et al., 2020). A partir dos dados obtidos, foi 
possível observar que os índices de refração das nanopartículas foram maiores 
que o medido para o filme de PLA puro. No caso da nanopartícula de 
SiO2 e do filme de PLA puro, com índices de refração iguais a 1,49 e 
1,48, respectivamente, espera-se que seus filmes nanocompósitos sejam 
praticamente transparentes, desde que haja boa dispersão das nanopartículas. Já 
as nanopartículas de ZnO e TiO2, cujos índices de refração são 1,95 e 
2,61, respectivamente, devem produzir nanocompósitos de PLA menos transparentes 
que aqueles obtidos com SiO2, podendo tender a translucidez. As 
medidas de índice de refração obtidas neste trabalho foram compatíveis com 
valores da literatura (SHANNON et al., 2002; WEN et al., 2009).
3.2 ESPECTROMETRIA NO UV/VISÍVEL
A transmitância na região do visível (400 a 800 nm) é um parâmetro de 
caracterização da transparência de embalagens alimentícias. Assim, embalagens 
transparentes transmitem no mínimo cerca de 80% da radiação visível, as 
translúcidas transmitem de 80% a 10% e as opacas menos de 10% (GUZMAN-PUYOL; 
BENÍTEZ; HEREDIA-GUERRERO, 2022). A barreira à radiação UV (100 a 400 nm) é 
observada por meio da transmitância nessa região, sendo mais efetiva quanto 
maior for a capacidade do material de absorver essa radiação (MENEZES et 
al., 2021). A Figura 1 apresenta os espectros de UV/visível do filme de PLA 
puro, nanocompósitos e nanopartículas de SiO2, TiO2 e ZnO. 
A partir do espectro da amostra PLApuro é possível observar que o filme de PLA é 
transparente, apresentando transmitância superior a 80% na região do visível, e 
que possui baixa barreira à radiação UV, como já reportado na literatura 
(SHANKAR; WANG; RHIM, 2018). No geral, a adição de nanopartículas de 
SiO2 praticamente não influenciou a transparência ou barreira à 
radiação UV do PLA, já ZnO e TiO2, reduziram a transparência e 
melhoraram a barreira à UV.
A Figura 1a mostra que PLApuro e PLA05SiO2 apresentam espectros muito próximos e 
similares, indicando que SiO2, no menor teor, não impactou as 
propriedades ópticas do PLA. Os espectros de PLA15SiO2 e PLA30SiO2, praticamente 
idênticos, apresentaram um pequeno desvio do obtido para o PLA puro. Dessa 
forma, os nanocompósitos de SiO2 são transparentes e apresentam baixa 
barreira à radiação UV. Avaliando o espectro de absorção dessa nanopartícula 
(Figura 1d), observa-se que há absorção fraca, apenas na região do UV, 
corroborando o dado de barreira à radiação UV de seus nanocompósitos. Os dados 
de transmitância na região do visível, corroboram a análise de índice de 
refração, que indicava que os nanocompósitos de SiO2 e PLA seriam 
transparentes.
	Os espectros dos nanocompósitos de ZnO estão apresentados na Figura 1b. 
Observa-se que quanto maior o teor da nanopartícula maior é o desvio em relação 
ao PLA puro. A amostra PLA05ZnO é transparente. A adição de ZnO em maiores 
concentrações gerou redução de transparência, como pode ser observado pelos 
espectros de PLA15ZnO e PLA30ZnO, que apresentam regiões do visível em que a 
transmitância fica entre 80% e 70%, aproximadamente. A propriedade de barreira à 
radiação UV aumenta com a adição das nanopartículas de ZnO à matriz de PLA, como 
pode ser observado pela redução da transmitância na região de 300 a 400 nm. A 
influência dessas nanopartículas é maior na região do UV que na região do 
visível, o que foi observado na literatura para matrizes biodegradáveis 
(KANMANI; RHIM, 2014; SHANKAR; WANG; RHIM, 2018). Isso pode ser explicado, 
porque as nanopartículas de ZnO absorvem radiação de maneira mais intensa na 
região do UV, do que na região visível, como pode ser observado pela Figura 1d.
Os resultados para nanocompósitos de TiO2 podem observado na Figura 
1c. No geral, essa nanopartícula apresentou maior impacto sobre o PLA, reduzindo 
transparência e melhorando a barreira ao UV em todos os teores utilizados. A 
amostra PLA05TiO2 apresentou transparência na região de 550 a 900 nm. Já as 
PLA15TiO2 e PLA30TiO2 apresentaram translucidez, com transmitância entre 80% e 
50% em toda a região visível. O espectro de absorção da nanopartícula de 
TiO2 (Figura 1d) indica que dentre as nanopartículas utilizadas, essa 
é a que apresenta maior capacidade de absorção de radiação UV. De fato, a 
amostra PLA30TiO2 gerou os menores valores de transmitância na região do UV, no 
entanto, há regiões do espectro em que, para um mesmo teor, os nanocompósitos de 
ZnO apresentaram barreiras mais eficiente que os de TiO2. A redução 
da transmitância na região UV/visível foi observada na literatura pela presença 
de nanopartículas de TiO2 em filmes biodegradáveis (RUKMANIKRISHNAN 
et al., 2019; TAJDARI et al., 2020). Por fim, os dados de 
transparência obtidos por espectroscopia também corroboram a análise de índice 
de refração tanto para as nanopartículas de ZnO e TiO2, que indicava 
perda de transparência pela adição dessas partículas ao PLA.
3.3 ANÁLISE COLORIMÉTRICA NO ESPAÇO DE COR CIELAB
A Figura 2 apresenta ΔE obtida a partir da análise no espaço de cor CIELab dos 
filmes de PLA puro e nanocompósitos. Os ΔEs foram calculados tendo como base 
medidas de L*, a* e b* para os 
backgrounds amarelo; branco; laranja; verde e vermelho. Dessa forma, a ΔE 
fornecem uma medida do impacto dos filmes poliméricos sobre a percepção das 
cores desses backgrounds. Observando os valores de ΔE obtidos para o 
background branco, é possível afirmar que os filmes analisados alteraram 
muito pouco a percepção dessa cor em comparação as cores dos outros 
backgrounds. Valores de ΔE maiores foram obtidos para os demais 
backgrounds, indicando que os filmes geraram alteração de percepção de 
cor mais acentuada para os backgrounds amarelo, laranja, verde e 
vermelho. De maneira geral, os valores de ΔE obtidos para o filme de PLA puro e 
para os nanocompósitos de SiO2 foram muito similares para os 
backgrounds amarelo; laranja e vermelho, indicando que a presença dessa 
nanopartícula não impactou a percepção de cor a partir do PLA. No entanto, para 
o background verde, observa-se que os valores de ΔE para PLA15SiO2 e 
PLA30SiO2 foram significativamente maiores que para PLApuro. No caso das 
nanopartículas de ZnO e TiO2, é possível observar um impacto 
acentuado sobre a percepção de cor dos backgrounds amarelo; laranja; 
verde e vermelho, uma vez que os valores de ΔE para esses filmes são 
significativamente superiores aos obtidos para o PLA puro. Esse comportamento é 
explicado pela absorção de moderada a alta que essas partículas apresentam na 
região do visível (Figura 1d). Para as duas nanopartículas, quanto maior o seu 
teor na matriz de PLA, maior o valor de ΔE observado para um mesmo 
background. Esse comportamento foi observado para nanopartículas de prata 
e de ZnO em LDPE (POLAT; FENERCIOGLU; GÜÇLÜ, 2018). De forma geral, para uma 
mesma concentração e cor de background, a nanopartícula de 
TiO2 foi capaz de produzir maiores valores de ΔE que a de ZnO, 
indicando que a primeira resulta em maiores alterações de percepção de cor que a 
segunda. No entanto, para a concentração de 3% m/m, em relação aos 
backgrounds amarelo; verde e vermelho, as nanopartículas apresentaram ΔE 
estatisticamente iguais.
Espectros dos filmes de PLA puro, nanocompósitos e nanopartículas de SiO[sub]2[/sub], TiO[sub]2[/sub] e ZnO.

Variação total de cor para filmes de PLA puro e seus nanocompósitos de SiO[sub]2[/sub], TiO[sub]2[/sub] e ZnO.
Conclusões
	Neste trabalho foram obtidos nanocompósitos à base de PLA e 
nanopartículas de SiO2, TiO2 e ZnO, pelo método de 
casting em três concentrações diferentes, sendo elas 0,5; 1,5 e 3,0% m/m 
em relação a massa de PLA. Medidas de índice de refração do filme de PLA puro e 
das nanopartículas indicaram que os nanocompósitos de PLA e SiO2 
seriam transparentes, enquanto aqueles obtidos com ZnO e, principalmente, 
TiO2 seriam translúcidos. Esse comportamento foi observado pela 
análise de espectrometria no UV/visível, em que os nanocompósitos de ZnO e 
TiO2 presentaram transmitâncias entre 80% e 50% em regiões do 
visível. Já os nanocompósitos de SiO2 apresentaram transmitância 
superior a 80% em toda a faixa do visível. Além disso, as nanopartículas de ZnO 
e TiO2 melhoram a barreira à radiação UV da matriz de PLA, sendo essa 
barreira mais eficiente quanto maior o teor da nanopartícula. O nanocompósito 
que apresentou melhor barreira à radiação UV foi aquele obtido com 3,0% m/m de 
TiO2. A análise de cor no espaço CIELab indicou que a presença das 
nanopartículas de ZnO e TiO2 gerou alteração na percepção de cor de 
backgrounds amarelo, laranja, verde e vermelho. Já a presença de 
nanopartículas de SiO2 não impactou a percepção de cor a partir do 
PLA. Comportamento esperado, uma vez que as nanopartículas de ZnO e 
TiO2 apresentam absorções de moderadas a fortes na região do visível 
e SiO2 não apresentou absorção nessa região. O background 
branco praticamente não sofreu alteração pelos filmes poliméricos avaliados. 
Como a dispersão das nanopartículas é um fator que influencia as propriedades 
ópticas de nanocompósitos, uma sugestão para trabalhos futuros, seria a 
avaliação dessa dispersão por meio de microscópio de transmissão.
Agradecimentos
Agradeço à CAPES e CNPq pelo financiamento permitindo a apresentação deste 
trabalho. À UFF por análises realizadas. Aos meus orientadores e grupo de pesquisa 
dos laboratórios LMBio e LPNP do IMA/UFRJ.
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