Autores
Monteiro da Silva, K.R. (UFAL)  ; dos Santosa, T.V. (UFAL)  ; da Silva Moura, O.F. (IFAL)  ; Duarte de Freitas, J. (IFAL)  ; da Silva Viana, R. (UFAL)  ; Barbosa, C.D.A.E.S. (UFAL)
Resumo
Os materiais luminescentes vêm ganhando grande destaque devidos as suas 
características promissoras em diversas áreas de aplicação, a exemplos dos 
sensores de íons, em especial os potencialmente tóxicos. O Cromo, é um dos metais 
mais amplamente utilizado na indústria, na sua forma de Cr(VI) pode apresentar 
toxicidade ao meio ambiente e aos seres vivos. Nesta perspectiva, o presente 
trabalho sintetizou e caracterizou um nanocompósito de dupla emissão baseado em 
carbon dots e o polímero de coordenação, EuBDC, e incorporou em uma membrana de 
cianoacrilato (M_CDots/EuBDC) para atuar como sensor luminescente na detecção de 
Cr(VI).
Palavras chaves
Membrana de Emissão dual; Európio (III) e CDots; sensor de Cromo (VI)
Introdução
A investigação científica relacionadas aos problemas ambientais provocados pelo 
acúmulo de metais pesados, em especial o do cromo, é de extrema importância para 
saúde pública, uma vez que, podem trazer sérios danos à biota e ao bem-estar da 
sociedade devido a sua toxicidade e capacidade acumulativa (JAMES et al, 2017; 
Strungaru et al 2018). O cromo está entre os metais que desempenham um papel 
importante em atividades econômicas, e por isso tem sido amplamente utilizado 
nas indústrias de processos antropogênicos, tais como processamento mineral, 
pigmentos, curtimento de couro, e galvanoplastia (HAN, 2014). Em contrapartida, 
na sua espécie hexavalente [Cr(VI)] apresenta alto risco a saúde pública e a 
biota, dentre as suas consequências estão impactos no DNA e expressões gênicas 
(BU et al 2016). Desta forma, quando descartado indevidamente podem traze altos 
risco a saúde humana, e os principais meios de contaminação do Cr(VI) pode ser 
da por via oral, através de alimentos e água portável. Em virtude disto, o 
Ministério da Saúde estabelece que o nível máximo de cromo total não deve 
ultrapassar o limite de 0,05 mg/L em alimentos e água potável (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2011). A maioria dos métodos e monitoramento desses materiais necessitam 
de técnicas que demandam tempo, tratamento das amostras, e em muitos casos 
equipamento com medidas onerosas e/ou elevado custo, 
assim, a busca por técnicas de análises  mais simples, de baixo custo e de 
resposta rápida, faz-se necessário (Wang et al, 2018). Nesse sentido, ao longo 
dos anos observou-se um crescente avanço nas pesquisas sobre desenvolvimento de 
sensores fluorescentes de íons, os quais possam apresentar características de 
sustentabilidade, como baixo custo, sínteses simples e a possibilidade de 
análises em tempo real (Yan et al, 2015). Nesta perspectiva, os materiais 
luminescentes vem se destacando por melhor se adequando às demandas 
supracitadas, além disso, esse tipo de material apresenta características 
promissoras em diversas áreas de aplicação, o que potencializar os seus estudos, 
principalmente, neste caso, na área de sensores de íons potencialmente tóxico 
(Wang et al, 2018; Fu et al 2018; Qin 2018). Dentre os diversos materiais 
capazes de exibirem propriedades luminescentes, os Carbon Dots (CDots) e 
os Lanthanide Metal-Organic Frameworks (Ln-MOFs) que têm sido amplamente 
estudados neste campo. Os CDots são nanopartículas de carbono de formato quase 
esférico e tamanhos que podem variar entre 1 a 10 nm (LI et al, 
2012). Esse nanomaterial é constituído por um núcleo de estrutura grafítica e a 
sua superfície funcionalizada por grupos polares, tais como hidroxilas, 
ácidos carboxílicos e grupos alquilas, tais características conferem aos CDots a 
capacidade de emitir luz em todo espectro eletromagnético do visível (LI et al, 
2019). Além disso, estes apresentam alta solubilidade em água,  baixa 
toxicidade, boa fotoestabilidade e baixo custo de obtenção por meio de 
processos de síntese brando (DONG et al, 2012). As Ln-MOFs, que são estruturas 
cristalinas que podem se estender em até 3-D, constituídas de ligantes orgânicos 
e íons metálicos, e neste caso lantanídeos, também têm se destacado por 
apresentam características ópticas únicas, como emissão acentuada 
em uma larga faixa do espectro eletromagnético, grandes deslocamentos Stokes, 
alta estabilidade química e tempo de vida longo devido principalmente às 
propriedades fotoluminescentes dos seus centros emissores, os íons 
Lantanídeos(III) (Binnemans 2015; Gao et al, 2017). Além disso, em alguns casos 
apresentam elevada área superficial, poros em potencial com capacidade de 
encapsulamento de pequenas moléculas (Jiao et al, 2018; Cheong et al 2018). Um 
exemplo destes materiais é a LnMOF EuBDC, obtida pela combinação entre íons 
Eu(III) e o ligante ácido teraftálico o qual apresenta diversas potencialidades 
devida a sua luminescência na região do vermelho. Dentro do que foi apresentado, 
a união sinérgica de dois ou mais materiais abre caminho para a construção de 
sensores luminescente com propriedade elevadas, a exemplo de sistemas que 
apresentam duas bandas de emissão, as quais podem atuarem como sensores 
raciométricos (Wang et al, 2018; Fu et al, 2018; Qin et al, 2018). Tais tipos de 
sensores, quando comparados aqueles que exibem apenas um canal único de emissão, 
podem apresentam melhorias ao sistema, como elevada seletividade e 
sensibilidade, além de uma maior confiabilidade do método de análises. Este 
último, estar relacionado ao fato de que, por apresentarem dupla emissão, podem 
ter uma das bandas atuando como sinal de resposta enquanto a outra atuar como 
sinal de referência, criando uma razão entre as bandas (Lee et al, 2014). Nesta 
perspectiva, o presente trabalho visa sintetizar e caracterizar um nanocompósito 
de dupla emissão baseado em CDost e LnMOF e incorporado em uma membrana de 
cianoacrilato (M_CDots/EuBDC) para que possa atuar como sensor luminescente 
raciométrico de Cr(VI)
Material e métodos
2.1 - Reagentes e soluções: Os reagentes utilizados para a obtenção do 
CDots/EuBDC, bem como seus respectivos precursores foram óxido de európio(III), 
ácido bezeno-1,4-dicarboxilico e ácido nítrico, todos da Sigma-Aldrich e com 
pureza acima de 98%, à exceção do ácido nítrico de 65%. O sal de dicromato de 
potássio (K2Cr2O4) foi utilizado para preparar 
uma solução estoque à 10mM de Cr(VI). Além  disso, todas as soluções foram 
preparadas com água ultrapura (18,2 MΩ/cm).2.2 - Síntese de carbon dots: 
: Utilizou-se 0,5g de quitosana, e 50mL de ácido acético a uma concentração 
de 10% previamente preparado para obtenção do gel da quitosana. Em seguida, 
transferiu-se 12mL do gel de quitosana para um reator de teflon, revestido de 
aço inox, o qual foi levado a mufla, onde permaneceu por 6 horas, a uma 
temperatura de 180ºC. Após o resfriamento da amostra, os CDots formados foram 
submetidos a procedimentos de centrifugação a 15.000 rpm durante 10 minutos e 
filtragem em membranas de 0,22μm. 2.3 - Sínteses do nanocompósito 
CDots/EuBDC: O CDots/EuBDC foi obtido por meio da preparação de soluções 
individuais de 30 mL de uma solução de Eu(NO3)
3.6H2O (0,5 mmol), 0,5 mL da suspensão  do CDots (5,7 
mg.mL-1), 19,5 mL de solução de PVP (5 mmol) e 20 mL de solução 
Na2BDC (0,5 mmol). Em seguida, em um béquer misturou-se a solução de 
Eu(NO3)3.6H2O com a suspensão de CDots sob 
agitação, seguida da adição da solução de PVP. Logo após adicionou-se lentamente 
a solução Na2BDC onde observou-se a formação de um precipitado esbranquiçado. 
Posteriormente, o material obtido foi levado a ultrassom por 5 min. A suspensão 
separado por centrifugação a 8.000 rpm por 10 min, e lavado 3 vezes em etanol 
P.A. 2.4 - Incorporação do CDots/EuBDC em uma membrana de cianoacrilato: 
A incorporação do nanocompósito na membrana de cianoacrilato (M_ CDots/EuBDC) 
foi baseada no trabalho de Li e colaboradores (LI et al., 2019a). Preparando uma 
solução de cianoacrilato a 90 mgmL-1 (1,8 g em 20 mL de acetona com pureza de 
99,7%). Em seguida, foram acrescentados 3 mg de CDots/EuBDC e levado à 
irradiação ultrassônica por 3 min. O material obtido foi colocado, 
cuidadosamente, em uma superfície laminar e seco ao abrigo da luz e controle de 
temperatura. 2.5 – Caracterização dos materiais sintetizados: As 
espectroscopias de luminescência dos materiais obtidos foram realizadas em um 
Espectrofluorímetro Fluorolog 3-22 HORIBA com comprimento de onda de excitação 
variando de 370 nm, com abertura de fenda de saída de 3nm e entrada de 3nm 
usando um incremento de 2 nm. As imagens de microscopia foram adquiridas em um 
Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) de alta resolução por emissão de campo 
da TESCAN modelo Mira3 FEGSEM, com tensão de aceleração de 10 kV. 
Resultado e discussão
O nanocompósito CDots/EuBDC usado para 
incorporar na membrana de cianoacrilato, 
foi baseado em trabalhos anteriores 
desenvolvido por da Silva e colaboradores 
(da Silva et al, 2022). A análise de DRX 
em pó do CDots/EuBDC (Figura 1.A), 
apresentou um perfil cristalográfico 
semelhante ao da literatura reportada por 
Reineke e colaboradore, (1999), 
evidenciando que a incorporação do CDots 
ao 
EuBDC para a formação do nanocompósito não 
alterou a pureza de fase desse 
cristal. Assim, o composto sintetizado 
estar disposto em um sistema tricíclico, 
organizando-se em um ambiente de 
coordenação de simetria pseudo C4, onde os 
íons 
de Eu(III) estão coordenados a oito átomos 
de oxigênio, os quais dois são 
proveniente de moléculas de água 
coordenadas e seis  dos ligantes BDC 
monodentados (Reineke et al. 1999). A 
estudar o espectro de emissão do material 
sintetizado na faixa do visível ao 
infravermelho próximo, foi observado uma 
banda largar centrada em 430 nm, referente 
a emissão do CDots, bem como as 
emissões características do Eu(III), 
evidencia a formação do material com dupla 
emissão (Figura 1.B). Uma vez demostrado a 
eficiência preliminar do CDots/EuBDC 
na detecção de Cr(VI), buscou-se 
melhoraria do sistema, objetivando sanar 
algumas interferências apresentada ao logo 
da medidas, como as flutuações de 
sinais tendo em vista a difícil dispersão 
do material em meio aquoso.  Além do 
mais, sistemas sólidos podem apresentar 
vantagem em comparação ao sistema 
anterior, a exemplo da portabilidade com 
detecção em campo de coleta, simples 
manuseio na detecção por meio de uma 
membrana. Nesta perspectiva, o 
nanocompósito foi incorporado em uma 
membrana de cianoacrilato (M_CDots/EuBDC), 
a qual apresentou emissão no vermelho 
quando exposto à luz UV (365 nm), o qual 
teve sua luminescência suprimida na 
presença de solução com 5 mgL-1 
de Cr(VI) (Figura 1.C).O espectro de 
emissão do M_ CDots/EuBDC (λex = 370 nm) 
foi comparado com o do nanocompósito 
CDots/EuBDC (Figura 1.D), as análises 
mostraram que ambos os materiais exibiram 
perfil espectral semelhantes, ou seja, 
tanto o componente de emissão do CDots 
quanto às linhas de emissão 
características do íon Eu(III 
(5D0→7F[
sub]j, onde, J = 0, 1, 2, 3 e 4), 
não sofreram alterações significativas. 
Desta forma, a incorporação do 
CDots/EuBDC em uma membrana de 
cianoacrilato se apresenta como uma boa 
estratégia para detecção de Cr(VI).Com os 
estudos preliminares já definidos, e 
com a otimização dos parâmetros de síntese 
(concentração, irradiação ultrassom, 
tempo de cura da membrana) para construção 
do M_CDots/EuBDC, uma membrana de 
largura e comprimento definidos, 2,5 e 7,5 
cm, respectivamente, foi sintetizada 
com sucesso (Figura 1.E). A mesma 
apresentou-se translucida e com uma 
flexibilidade considerável que permitiu 
que a cortasse em tamanhos menores. As 
imagens de MEV (Figura 1.F) do composto 
CDots/EuBDC e revelaram uma morfologia 
lamelar, já as imagens de MEV do 
M_CDots/EuBDC (Figura 1.G) apresentou uma 
superfície lisa com o nanocompósito 
distribuído de forma homogenia sem 
aglomerados. A sua estabilidade do 
espectro de emissão do M_CDots/EuBDC foi 
avaliada em diferente pH (5-9), com λex = 
340 nm (Figura 2.A). Os resultados não 
mostraram mudanças significativas em 
nenhuma das componentes de emissão quando 
comparados nos pH analisados, o que 
indicando estabilidade química nessas 
faixas 
de pH. O grupo de Li e colaboradores 
(2019) já haviam relatado utilização da 
membrana de cianoacrilato na incorporar de 
MOF luminescente para detectar 
antibióticos nitroimidazol em solução 
aquosa. Dentre as vantagens apresentadas 
por eles, estão estabilidade química, 
estabilidade da intensidade de emissão na 
faixa de pH de 2-13, possibilidade de 
análise qualitativa em campo, detecção por 
efeito de filtro interno (padrão de 
comutação ON-OFF-ON) e fácil reutilização 
do 
material (LI et al., 2019b). Vale destacar 
que algumas dessas características 
também foram observadas para o 
M_CDots/EuBDC, a exemplo de sua 
estabilidade em 
ampla faixa de pH e possibilidade de 
reutilização. Com os parâmetros de medidas 
otimizados, o espectro de emissão do 
M_CDots/EuBDC foi estudo em uma soluções 
tampão (Britton-Robinson) de pH 9, 
variando a concentração de Cr(VI) na faixa 
de 
0,01 a 0,15 mgL-1 (Figura 2.B). 
Os resultados apontaram que o M_ 
CDots/EuBDC apresentou uma emissão 
sensível a Cr(VI), com uma diminuição 
gradual 
do sinal do CDots com o aumento da 
concentração do analito. Os resultados 
também 
mostram um comportamento raciométrico do 
sensor, com um sinal de resposta 
associado a componente de emissão do CDots 
e um sinal de referência associado 
emissão do Európio. O método proposto 
apresentou uma faixa linear entre 0,03 a 
0,15 mgL-1 ajustado pela 
expressão [(ICdots/IEu)0/(ICdots/IEu)] = 
1,627 (± 0,074) Cr(VI) + 1,133 (± 0,007), 
e coeficiente de correlação linear com 
R2 = 0.9916 (Figura 2.C), 
sugerindo o M_CDots/EuBDC como um 
promissor 
candidato para detecção de Cr(VI) de forma 
simples prática e rápida em sistemas 
aquoso de pH=9. Na Figura 2.D, é 
apresentado o espectro de absorção para 
Cr(VI) 
com bandas centradas em 258, 350 e 440 nm, 
e os espectros de excitação do 
CDots/EuBDC com λem = 615 nm e 440 nm e 
bandas centradas em 321 nm e em 360 nm, 
respectivamente. Também é apresentado o 
espectro de emissão do CDost/EuBDC com 
λex = 340 com uma banda centrada em 420 nm 
referente à composição espectral do 
CDots. De acordo com os dados obtidos, 
nota-se algumas sobreposições espectrais 
entre a região de 320 a 500 nm. A primeira 
estar relacionada ao espectros de 
absorção e excitação com λem = 440 nm do 
Cr(VI) e do CDots/EuBDC, 
respectivamente, entre a faixar de 320 a 
400 nm. Observa-se que parte da 
radiação destinada a excitação do 
CDots/EuBDC, estaria sendo absorvida pelo 
Cr(VI), e tendo como consequência a 
diminuição da intensidade emissão emissão 
pelo efeito de filtro interno (WANG et al, 
2019b). A segunda na faixa entre 400 
a 500 nm, estar relacionado a emissão do 
CDtos/EuBDC com λex = 340 nm e a 
terceira banda de absorção do Cr(VI). E 
embora não se possar afirmar que parte 
da luz imitida pelo CDots/EuBDC esteja 
sendo absorvida pelo Cr(VI), isso porque 
em pH>8 essa banda de absorção centrada 
nessa região é praticamente extinta, 
conforme foi observado no trabalho de 
Costa e colaboradores (2010) (COSTA et al, 
2010). Ainda assim, acredita-se que esse 
efeito de sobreposição esteja dando uma 
certa contribuição para o sensor 
raciométrico. É importante destacar que 
mecanismos similares a este já foram 
propostos em outros trabalhos, a exemplo 
do 
reportado por Wang e colaboradores (2019), 
os quais sintetizaram um sensor 
raciométrica luminescente baseado em CDots 
e íon Eu(III) para detecção de Cr(VI) 
e reportaram o efeito de filtro interno 
como mecanismo predominante no seu 
sistema (WANG et al., 2019a). Vaz e 
colaboradores (2017) sintetizaram CDots 
altamente luminescentes para detecção de 
Cr(VI) em amostras de água e solo, e 
reportaram como um dos mecanismos 
possíveis o efeito de filtro interno e 
quenching estatístico (VAZ et al., 2017). 
Esses trabalhos reforçam a ideia que 
um dos mecanismos predominantes para o 
sistema apresentado neste trabalho seja o 
efeito de filtro interno, e embora admita-
se que outros possíveis mecanismos 
possam estar ocorrendo, não foram 
investigados até o presente momento para 
este 
sistema.

A) DRX B) Espectros de λex e λem C) M_CDots/EuBDC sob luz UV D) Emissão dos compostos E) M_CDots/EuBDC; MEV do F) CDots/EuBDC e G) M_CDots/EuBDC.

Espectros da M_ CDots/EuBDC A) em diferentes pH, e B e C) diferentes concentrações de Cr(VI), D) Espectros de abs do Cr(VI), λex e λem do CDots/EuBDC.
Conclusões
Em suma, o nanocompósito CDots/EuBDC foi incorporado com sucesso a uma membrana 
de cianoacrilato utilizando uma rota de síntese simples, rápida, de baixo custo e 
mais amiga do meio ambiente, apresentando-se como um promissor sensor 
luminescente para detecção de Cr(VI). Além disso, esse é um dos poucos trabalhos 
que usa um sistema raciométrico para detecção de Cr(VI) utilizando rotas de 
síntese mais brandas. A incorporação do nanocompósito à membrana de cianoacrilato 
também se apresenta como uma ótima estratégia para a detecção de Cr(VI) em água 
doce de forma prática, rápida e eficiente.
Agradecimentos
GON/UFAL, GCAR/UFAL, LumiAm/UFAL, CAPES, CNPQ e FAPEAL
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