Autores
Durães, B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO)  ; Baratto, A.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO)  ; Roldão, M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO)  ; Valverde, M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO)  ; Galiassi, G. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO)
Resumo
Este trabalho trata do resultado experimental da análise e comparação da 
capacidade calorífica de um fluido refrigerante e água com sal. A análise da 
avaliação experimental foi realizada com o instrumento denominado calorímetro e 
água com adição de cloreto de sódio (NaCl) e o etilenoglicol, que é um fluido 
presente em aditivos para radiadores de carro. O levantamento de dados 
realizados, são de caráter quantitativo com coleta de dados em triplicata. Os 
resultados encontrados demonstram resultados esperados em relação a como os dois 
aditivos escolhidos influenciam na diminuição do tempo de ebulição bem como a 
capacidade térmica. 
Palavras chaves
Fluidos refrigerantes; Calorífico ; Temperatura 
Introdução
Durante a transferência de calor ocorre o fenômeno relacionado à energia 
térmica, na qual baseia-se na agitação de moléculas de um corpo, e a energia 
térmica quando entra em trânsito é denominado de calor (GASPAR, 2014). A massa e 
a composição química estão relacionadas à capacidade térmica e ao calor 
específico, que são grandezas que indicam como um corpo recebe ou perde calor 
(LIVRAMENTO, 2017). De acordo com Halliday e Resnick (2013), a capacidade 
térmica se compara à quantidade de energia transferida para um corpo na forma de 
calor em um processo qualquer com a sua variação de temperatura. O calor 
específico relaciona a quantidade de calor fornecida à unidade de massa da 
substância com a elevação da temperatura. Assim sendo, a mudança de temperatura 
está diretamente relacionada à capacidade coligativa do fluido em questão. As 
propriedades de uma solução dependem do número de partículas de um soluto em 
dado volume, independente da natureza química desse soluto. De acordo com 
Livramento (2017), quando deseja-se realizar um estudo deste levantamento de 
dados sobre o comportamento dos materiais em relação a transferência de calor, 
utiliza-se o equipamento calorímetro. Que é um recipiente termicamente isolado, 
na qual evita que ocorra troca de calor entre o seu conteúdo e o meio externo. 
Além disso, Wallas (1985) explica que essas mudanças de fases estão diretamente 
ligadas aos componentes químicos de cada fluido. Diante disso, o objetivo do 
presente trabalho é usar um calorímetro para realizar avaliação experimental 
quantitativa da capacidade calorífica de fluido refrigerante e de água com sal 
em diferentes temperaturas.
Material e métodos
Materiais utilizados: béquer de 250 mL, funil de vidro, pisseta para água, 1 
calorímetro (250mL), 1 termômetro, Bico de Bunsen, Balança analítica, 100 mL de 
água destilada, 15 g de NaCl e 40 mL de etilenglicol. O calor de reação (Q) foi 
medido utilizando a equação 1. (Q=m.Cp. (T2-T1)). A temperatura foi registrada a 
cada 10 segundos, para se ter leitura dos dados em função do tempo de agitação. 
Os experimentos para cada aditivo foram feitos em triplicata para observar a 
estabilidade da temperatura tanto no aquecimento, quanto no resfriamento. Foi 
misturado água e os aditivos: cloreto de sódio (NaCl) e solução arrefecedora que 
contém etilenoglicol. A solução foi aquecida até a sua temperatura estabilizar 
por mais de 30 segundos. Ao estabilizar a temperatura, cessou o aquecimento. 
Após atingir o ponto de ebulição, o fluido foi despejado no calorímetro, para 
observar a estabilidade da temperatura no resfriamento. A massa do calorímetro e 
da água foram medidas usando balança analítica. A primeira análise experimental 
foi com água pura. Depois, avaliou-se água + sal em duas quantidades (5g e 10g 
de sal). Então, avaliou-se a adição do fluido refrigerante (10mL e 30mL) à água. 
O objetivo das análises foi observar a estabilidade das temperaturas de 
aquecimento e resfriamento, as propriedades químicas e físicas ocorrendo na 
transferência de calor e a efetuar do cálculo da capacidade térmica do 
calorímetro nas soluções. Anotou-se a temperatura ambiente do calorímetro vazio 
em equilíbrio térmico inicial, e então adicionou-se à solução em água na 
temperatura em que era conhecida (ex: ebulição - 100°C), e aguardou-se o 
equilíbrio térmico. Para determinar a massa da água, pesou-se o calorímetro 
vazio e após a adição de água e aplicou-se a equação 2 da figura anexada. 
Resultado e discussão
A Lei Zero da Termodinâmica, estabelece que quando dois corpos em temperaturas 
diferentes são colocados em contato, o corpo de maior temperatura irá ceder 
calor ao de menor temperatura, ou seja, a transferência de energia térmica 
ocorrerá até que ambos atinjam a mesma temperatura, alcançando o equilíbrio 
térmico (ATKINS, 2014). Nas análises, ao adicionar 5 e 10g de sal, o aquecimento 
a temperatura da água se estabilizou com média de 130 segundos mais rápido do 
que em água pura. Na adição de 5g de sal a água teve seu ponto de ebulição entre 
101,8ºC à 103,2ºC, com a adição de 10g de sal o ponto de ebulição aumenta para 
103ºC a 104,5ºC, em água pura essa variação foi de 100,7°C  à 102,5°C.  No 
resfriamento com adição de 5 g de sal, a temperatura se manteve constante entre 
87,6ºC à 89,9ºC. Já com a adição de 10 g de sal, a sua estabilidade foi entre 
86,3ºC a 87,5ºC.  Já nas análises com o fluido refrigerantes para motor de 
automóveis ao adicionar 10 mL de aditivo, a solução teve a temperatura de 
aquecimento estabilizada entre 101,2ºC à 102 ºC, e na adição de 30 mL, sua 
temperatura estabilizou entre 101,8ºC à 102,8ºC. Sendo que com 10ml levou 490 
segundos para estabilizar, e com 30mL foram 70 segundos a menos. Já no 
resfriamento da solução no calorímetro, com a adição de 10mL de aditivo a 
temperatura se estabilizou em torno de 87,1ºC e com 30mL de aditivo em torno de 
90,3ºC. Tivemos a obtenção média da capacidade calorífica de água pura em 
85,8Cal/ºC, com adição de 5g de sal em 110,47cal/ºC e com 10g em 115,9cal/ºC. Já 
capacidade térmica das soluções com etilenoglicol foi calculada e obtivemos 
111,6cal/°C com adição de 10mL, e com 30mL em 137,4cal/°C. 


Conclusões
Ambas as soluções atingiram o ponto de ebulição em menor tempo ao aumentar a 
concentração de aditivo. Isso ocorre pois ao formar a interação de pontes de 
hidrogênio com a água, há o abaixamento de temperatura, dificultando a organização 
das moléculas para a formação de sólidos, resultando em um ponto de resfriamento 
menor, quando considerado as substâncias separadas. As capacidades térmicas do 
calorímetro indicam que para cada grau que o calorímetro variar a temperatura, 
logo, precisará de uma quantidade de caloria no processo, tirando essa energia da 
sua composição interna.
Agradecimentos
Agradecemos a Keyla, Silvio e professor Murilo pelos utensílios para a realização 
as analises, bem como o espaço fornecido, e a Gabriela e professora Maribel pelas 
apontamentos e orientação. 
Referências
ATKINS, P. W. -The Laws of Thermodynamics: A Very Short Introduction - Oxford University Press, 2014
LIVRAMENTO, G. Processo de apreensão de noções teóricas de calorimetria com materiais instrucionais desenvolvidos para a conversão de registros figurais em registros táteis: uma proposta metodológica. 69f. Trabalho de Conclusão de Curso. 2017. 
GASPAR, A. Compreendendo a Física: Ondas, Óptica e termodinâmica. 2o ed. São Paulo, Ed. Ática, 2014.
HALLIDAY, D.; WALKER, J.; RESNICK R. Fundamentos de Física. 8. ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.
WALLAS, S. M. Phase equilibria in chermical engineering. Newton-MA. USA. Butterworth-Heinamann. 1985.








