• Rio de Janeiro Brasil
  • 14-18 Novembro 2022

Estudos sobre as plantas medicinais e as relações étnico-raciais na formação docente em Ciências e Matemática

Autores

Faustino, G.A.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Bernardes, C.A.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Vargas, R.N. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Silva, T.A.L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Silva, J.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Costa, F.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Conceição, D.T. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Ruela, B.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Camargo, M.J.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Benite, C.R.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG) ; Benite, A.M.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG)

Resumo

A ciência é reconhecida como um local de poder e prestígio social, tendo excluídos grupos minoritários do fazer científico por séculos. Com aspectos de uma pesquisa participante, o objetivo desse trabalho foi analisar e caracterizar o processo formativo dos/as pós-graduandos/as no que diz respeito aos conhecimentos tradicionais sobre as plantas medicinais. Nossos resultados demonstram o processo de apagamento da ciência ancestral se desenvolveu como uma tentativa de desvalorizar quaisquer conhecimentos não ocidentais. Além disso, propomos a construção do diálogo entre conhecimentos tradicionais e o currículo para a formação de professores/as de Ciências e Matemática como uma alternativa de combate ao epistemicídio existente na sala de aula.

Palavras chaves

Conhecimento tradicional; Formação docente; Ensino de Ciências

Introdução

A ciência configura-se como um local de poder e prestígio social (VARGAS, 2018). Segundo Silva e Ribeiro (2011, p. 2) a ciência “não é nem nunca foi neutra do ponto de vista de gênero, classe, raça/etnia”, pois se caracteriza como uma construção social e histórica e não está isenta das desigualdades sociais e das relações de poder existentes na sociedade vigente. Consequentemente, a ciência pode ser compreendida como um campo que valida posições e legitima relações de poder (VARGAS, 2018). Sendo assim, a ciência que nos é apresentada pela mídia, livros didáticos e demais meios de comunicação promove o apagamento de diversos povos, seus conhecimentos e, por consequência, dos seus registros científicos, principalmente dos povos indígenas e africanos. Sobre isso, Lélia Gonzalez (1988) afirma que a hierarquização de saberes segue uma lógica racista de classificação racial da população, na qual o único modelo valorizado é o branco, sendo esta a única episteme válida e posta como dominante, enquanto os demais modelos são invisibilizados. Portanto, coadunamos com Gonzalez (1988, p. 71) quando esta afirma que o racismo se constitui “como a ‘ciência’ da superioridade eurocristã (branca e patriarcal), na medida em que se estruturava o modelo ariano de explicação”. Além da hierarquização por raça também é possível visualizar uma hierarquização por gênero. Dessa forma, a articulação entre racismo e sexismo produz efeitos violentos sobre as mulheres negras, ocasionando assim a situação delicada em que se encontram as mulheres negras na ciência e na academia (AKOTIRENE, 2019). É importante destacar que as mulheres, historicamente, foram apagadas, invisibilizadas e distanciadas das atividades científicas e das ciências em geral, no entanto, ao analisar o contexto das mulheres negras denota-se que o afastamento destas se deu de forma ainda mais significativa (BASTOS, 2020). Nesse sentido, a interseccionalidade como instrumento teórico nos permite visualizar a colisão e interação de estruturas de opressões nos mostrando como e quando mulheres negras são discriminadas e estão em posição de vulnerabilidade (AKOTIRENE, 2019). Urge a necessidade de se trabalhar esta temática na formação inicial e continuada de professores/as, uma vez que tais profissionais serão responsáveis por atuar em sala de aula frente ao racismo e suas formas de perpetuação (SILVA et al., 2022). Defendemos, portanto, o deslocamento epistêmico desde a educação básica até o ensino superior, como uma forma de resistência e como uma ação na luta antirracista, uma vez que é possível abranger os conteúdos curriculares a partir de diferentes visões de mundo. Assumidos tais pressupostos desenvolvemos uma pesquisa no âmbito de uma disciplina, intitulada “Diversidade e inovação: sobre gênero e raça nas ciências”, que foi ministrada em um Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática de uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES). Nosso objetivo foi, neste trabalho, analisar e caracterizar o processo formativo dos pós-graduandos no desenvolvimento de um seminário, como etapa avaliativa da disciplina, no que diz respeito aos conhecimentos tradicionais sobre as plantas medicinais.

Material e métodos

O presente trabalho apresentou elementos de uma pesquisa participante, uma vez que se compreende os sujeitos para além do pertencimento da comunidade, promovendo uma aproximação horizontal entre sujeito e objeto (DEMO, 2004; FAERMANN, 2014). Compreendemos que a construção do conhecimento científico não ocorre de forma isolada, mas em conjunto com a sociedade abrangendo suas vivências e necessidades sociais cotidianas (FAERMANN, 2014). Dessa maneira, buscou-se a participação ativa da comunidade a fim de promover intervenções na realidade social dos sujeitos (BRANDÃO, 2007; DEMO, 2004). Esta pesquisa foi desenvolvida em uma disciplina intitulada "Diversidade e inovação: sobre gênero e raça nas ciências" de natureza optativa, ofertada para os/as alunos/as regulares do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática - havendo também alunos/as especiais a este programa - de uma IFES. Numa iniciativa inédita, correspondendo ao 2º semestre do ano letivo de 2020, mas por conta da pandemia da Covid-19, a disciplina ocorreu ao longo do ano de 2021 de forma remota utilizando a plataforma Google Meet, com carga horária de 04 horas/aula semanais, perfazendo um total de 64 horas/aulas semestrais. Foram sujeitos desta investigação (SI) uma professora formadora (PQ), um professor em formação continuada aluno de mestrado (PF01), uma aluna de iniciação científica (IC01) e 17 alunos/as de uma disciplina optativa (identificados como A1, A2, A3 ... A17. Durante a disciplina foram realizadas atividades avaliativas, este trabalho irá tratar dos seminários avaliativos propostos em forma de mini aulas, em que as/os discentes teriam de mostrar como poderiam abordar em suas áreas de formação, tanto no ensino básico quanto no ensino superior, questões como: identidade de gênero, sexualidades, relações étnico-raciais, racialidade e negritude. A escolha dos componentes do grupo, assim como dos temas dos seminários avaliativos, se deu de forma livre obedecendo à divisão das duplas e/ou trios realizada no início do semestre para a execução das demais atividades. Foram apresentadas duas temáticas por aula, realizadas nesta sequência I e II numa aula; III e IV na seguinte aula e, por fim, V e VI na última aula. Neste trabalho serão analisados os dados obtidos do seminário avaliativo II intitulado “Plantas Medicinais: aspectos químicos, biológicos e afetivos” desenvolvido por A5, A10 e A11. As apresentações dos seminários I e II foram gravadas em áudio e vídeo para serem transcritas posteriormente. Com duração de 03 horas e 17 minutos, resultaram em 409 turnos de discurso (T) que foram analisadas segundo a Análise da Conversação (AC) proposta por Marcuschi (2003).

Resultado e discussão

As mulheres são maioria em áreas relacionadas ao cuidado de terceiros (BENITE et al., 2018). No que tange o cuidado através das plantas medicinais, esta prática é construída por aspectos científicos e transformações químicas/físicas, uma vez que tais aspectos estão envolvidos na escolha das plantas e em seu preparo. Posto isto, passamos para a análise de apenas um extrato, o extrato 01 (figuras 01 e 02), que apresenta as falas produzidas acerca de “Saberes, memórias e tecnologias ancestrais”, em que iremos discutir sobre o colocado. Figura 01 e 02 - Extrato 01 - Saberes, memórias e tecnologias ancestrais. A produção tecnológica ancestral africana foi de extrema importância para o desenvolvimento da humanidade. Durante a Idade dos Metais houve também grandes tecnologias africanas desenvolvidas, a exemplo das ferramentas feitas de cobre, estanho, bronze e ferro que foram fabricadas em altos fornos africanos utilizando conhecimentos termodinâmicos muito similares aos dos fornos industriais atuais. No entanto, como destacado no T.127 e T.128 por A10, tais contribuições não são ensinadas em sala de aula, tão pouco são atribuídas às civilizações africanas. Em T.130, A10 ainda retrata a necessidade de superação das limitações impostas por uma visão etnocêntrica da realidade. Assim sendo, no T.137, A11 dá início à discussão sobre a relação entre plantas medicinais e os saberes ancestrais. A utilização de plantas com propósitos medicinais data desde a Antiguidade. De acordo com Monteiro e Brandelli (2017) os primeiros registros de uso de plantas para fins medicinais foram encontrados em escrita cuneiforme, sendo originários da região da Mesopotâmia e datam 2.600 antes da era comum. Entre esses escritos estão listados a utilização de óleo de cedro, alcaçuz, mirra, papoula dentre outros derivados de drogas vegetais que, ainda hoje, são utilizados no tratamento de doenças (MONTEIRO e BRANDELLI, 2017). Outra fonte reconhecida da utilização de plantas medicinais é o Papiro de Ebers. Este papiro data 1550 anos antes da era comum e descreve mais de 700 drogas diferentes, descrevendo até mesmo extratos de plantas, metais e venenos de várias procedências (TOMAZZONI et al., 2006). O Papiro de Ebers, assim como os Papiros de Smith e Kahun dentre outros documentos históricos, descrevem a precisão e avançada medicina egípcia de milênios atrás. As drogas vegetais descritas no Papiro de Ebers são até hoje utilizadas no tratamento e prevenção de doenças, em especial utilizadas por comunidades tradicionais. Tais conhecimentos egípcios, com o tempo, e principalmente a partir da diáspora africana, foram se espalhando pelo globo terrestre, como bem elucida A11 nos turnos T.137 e T.138. No Brasil, por exemplo, as populações negras que para cá foram trazidas, através do sequestro praticado pelos europeus colonizadores, pertenciam a diversas civilizações e provinham das mais variadas regiões do continente africano. Esses povos trouxeram consigo suas filosofias e ciências, que tornaram capaz a reestruturação e a realocação da diáspora africana pelo mundo (RIBEIRO, 2020). De acordo com Carney (2004) falar sobre a diáspora africana envolve o debate sobre os conhecimentos sobre as plantas. Todavia, um dentre todos os processos tecnológicos desenvolvidos pelos africanos em sua diáspora foi à relação existente entre corpo humano, saúde e natureza. O conhecimento e a experiência adquirida no cultivo de plantas, principalmente aquelas com propriedades medicinais, contribuíram para a sobrevivência desses povos nas Américas, bem como em tantos outros lugares do globo terrestre (CARNEY, 2004). A herança botânica desenvolvida pelos povos escravizados foram resultados de variados sistemas étnicos de conhecimento, e principalmente influenciados pelas mulheres, uma vez que essas atuavam como curandeiras e possuíam vasta experiência e conhecimento no uso das plantas no tratamento de doenças. O conhecimento de senso comum sobre botânica, fitoterapia, química, biologia, fisiologia encontra-se presente no cotidiano dos brasileiros e das brasileiras, principalmente entre as pessoas mais velhas. Esses conhecimentos, no entanto, não se apresentam tal quais seus conceitos e regras, pelo contrário, estão representados na forma dos saberes tradicionais herdados de geração em geração. A utilização de plantas medicinais demonstra aplicado conhecimento nessas áreas, pois nem toda planta tem efeito medicinal, assim como nem todo preparo da planta, seja na forma de chá, infusão, em meio à refeição, é a melhor forma de ingestão (BRASIL, 2012). Através da utilização da experimentação, a medicina tradicional conseguiu reunir inúmeros métodos fitoterápicos, alguns conhecidos há milênios de anos. No turno T.155, A14 menciona, por exemplo, o uso do funcho. O funcho (Foeniculum vulgare Miller) é uma planta medicinal descrita no Papiro de Ebers e até hoje é utilizada no Brasil. Ele possui diversas aplicações terapêuticas a depender da parte utilizada, as suas folhas e sementes são utilizadas para fazer chás e infusões com ação no estômago, contra gripe e ainda como calmante (OLIVEIRA e MENINI, 2012). A6, por sua vez, no T.156 destaca a utilização da erva-cidreira (Melissa officinalis L.), que é utilizada para fazer chá/infusões com ação calmante e até ansiolítica, além de atuar também no aparelho digestivo, como sedativo e ainda como antiespasmódica (CASES et al., 2011). De igual forma, ela atua ainda na medicação para tratar a gripe, dispepsia, cefaléia, bronquite crônica, dores reumáticas, enxaqueca e doenças virais (JESUS e OLIVEIRA, 2021). Já a laranjeira (Citrus sinensis L.) citada por A2 no T.157 possui inúmeras e diferentes propriedades terapêuticas em suas folhas e frutos. A sua folha, por exemplo, é utilizada na defesa do corpo contra gripes e resfriados (OLIVEIRA e MENINI, 2012). Em T.183, PQ relata sobre as propriedades das folhas da batata doce (Ipomoea batatas L.), também conhecida como Ewé Kúkúndùnkú em Iorubá. Segundo Asadi e colaboradores/as (2010) as folhas de batata doce são importantes para o sistema imunológico, uma vez que possuem importantes funções como ação antioxidante e atuam na prevenção do estresse oxidativo das células. Ainda no mesmo turno, PQ relata sobre a origem desse conhecimento: “isso eu aprendi na vida, no terreiro”, ou seja, tal conhecimento foi ensinado para PQ em outros espaços formativos, em contraponto à educação formal de ensino, como por exemplo, na universidade. À vista disso, não podemos reduzir a educação unicamente à escolarização, visto que os processos de aprendizagem ocorrem em diversos espaços sociais, como na família, comunidade, grupos e movimentos sociais, dentre outros (GOMES, 2003). Por conseguinte, a construção do conhecimento sobre plantas medicinais e as suas utilizações pode ser feita dentro do núcleo familiar e passada para as novas gerações através da oralidade e do convívio diário (CEOLIN, 2011). Posto isto, tais práticas educativas, devem ser consideradas como legítimas e formadoras. Logo, compreendemos as diferentes formas de educação e de conhecimento, valorizando os saberes ancestrais presentes no dia a dia das pessoas e acabam por repercutir em espaços formativos acadêmicos. No T.187, A11 destaca o protagonismo das mulheres negras na educação e perpetuação do conhecimento ancestral familiar. Avós, tias e mães são reconhecidas como as portadoras dos conhecimentos que são passados de geração em geração, por conseguinte, essas mulheres negras possuem papel fundamental na continuidade da vida (RIBEIRO, 2020). Já no T.198, A5 relata sobre alguns dos objetivos e da importância de se tratar desta temática, visto que há a promoção da valorização e reconhecimento das mulheres negras que detém estes saberes. Portanto, defendemos que a construção desses diálogos associados ao currículo de Química/Ciências representa uma alternativa de combate ao epistemicídio existente na sala de aula e ainda como uma forma de perpetuar tais conhecimentos ancestrais.

Figura 01 - Extrato 01 - Saberes, memórias e tecnologias ancestrais.

Figura 01 - Extrato 01 - Saberes, memórias e tecnologias ancestrais.

Figura 02 - Extrato 01 - Saberes, memórias e tecnologias ancestrais.

Figura 02 - Extrato 01 - Saberes, memórias e tecnologias ancestrais.

Conclusões

A ciência, assim como o currículo, reproduz os preconceitos existentes na sociedade a que pertencemos. Consequentemente, as mulheres negras, assim como outros grupos sociais minoritários, foram excluídas, afastadas e invisibilizadas do fazer científico. Associado a isto, temos a desvalorização de conhecimentos tradicionais ancestrais produzidos no núcleo familiar e a supervalorização dos conhecimentos produzidos por uma ciência que não dialoga com a realidade da maior parte da população brasileira. Como demonstra nossos resultados, o conhecimento não se resume à escolarização, logo, os processos de educação e aprendizagem acontecem em outros locais e da mesma forma devem ser compreendidos como válidos. Dessa forma, faz-se necessário a discussão sobre raça, gênero e sua articulação com os conhecimentos tradicionais na formação de professores/as de Ciências e Matemática, uma vez que tais profissionais serão responsáveis por atuar em sala de aula frente ao racismo e suas formas de perpetuação e é preciso que eles/elas estejam preparados/as para intervir em tal realidade e serem capazes de provocarem mudanças em seus contextos.

Agradecimentos

CAPES, CNPq e ao Programa de Iniciação à Pesquisa Científica, Tecnológica e em Inovação (PIP) da Universidade Federal de Goiás (UFG)

Referências

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