Autores
Gama, B.M. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)  ; Trindade, A.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)  ; Silva, F.O. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)  ; Moraes, L.C.P. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)  ; Matos, M.J.S. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)  ; Quintela, R.B. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)  ; Santos, Y.C.R. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)  ; Queiroz, F.A. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)  ; Silva, F.D. (UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ - UEAP)
Resumo
O presente trabalho refere-se a utilização de jogo didático como ferramenta 
facilitadora para o ensino de química, aplicando-o ao conteúdo de termoquímica. O 
mesmo foi desenvolvido com alunos de 2ª série do ensino médio da Escola Estadual 
Professora Nanci Nina da Costa, no município de Macapá-AP. Tem-se como objetivo 
utilizar os jogos para despertar o interesse dos alunos pela química, contribuir 
para o processo de ensino-aprendizagem e ampliar suas visões sobre os 
conhecimentos científicos. Os resultados foram positivos e demonstraram a 
compreensão do conteúdo trabalhado e a preferência por aulas mais didáticas. 
  
Palavras chaves
Termoquímica; ensino de química; jogo didático
Introdução
O ensino da Química, historicamente, esteve enraizado à práticas tradicionais de 
ensino, muitas vezes por falta de metodologias inovadoras que instigue o 
discente a aprender, ou por ser uma prática que visa com mais ênfase a “nota” do 
mesmo, a decorar fórmulas, reproduzir exatamente o que foi visto em sala de 
aula, não abrindo espaço para o prazer de aprender algo novo que está ligado ao 
seu cotidiano e junto com seu contexto social. Esses fatos, juntamente com a 
dificuldade que a maioria dos estudantes tem em aprender as ciências exatas, 
como conceitos complexos, tornam as aulas monótonas e desestimulantes, e acabam 
por afastar os estudantes destas áreas (PERDIGÃO; 2012; VIANA, 2014). Diante 
disto, uma das metodologias adotadas por professores, é o uso de jogos 
educativos que atuem como facilitador de aprendizagem, buscando chamar a atenção 
do aluno e fazer o mesmo participar ativamente nas aulas. Porém, para que a 
utilização desta metodologia seja considerada educativa,  teóricos como 
KISHIMOTO (1996) reforçam a relevância de equilibrar a diversão e o 
prazer(lúdico) com a concepção dos conhecimentos (educativa).Além disso, o 
teórico evidencia que quando um jogo apresenta-se como um objeto que visa a 
obtenção de determinadas competências ou ensinar conteúdos específicos, 
denomina-se então de "jogo lúdico". Desse modo, este trabalho teve por 
finalidade a aplicabilidade de um jogo didático como ferramenta facilitadora no 
processo de ensino–aprendizagem, servindo como objeto mediador para um bom 
rendimento dos discentes nas aulas de química, além de uma abordagem mais 
dinâmica e interativa.
Material e métodos
O projeto foi desenvolvido na E.E Prof.ª Nanci Nina da Costa, em  
turmas de 2ª série do Ensino Médio abarcando um total de 100 alunos. A 
metodologia usada foi elaborada a partir da adaptação do jogo tradicional, com 
ênfase no tema de termoquímica, a escolha do jogo teve em vista o 
possível contato dos alunos com este tipo de brincadeira, o que tornaria a 
dinâmica mais familiar e prazerosa. Para alcançar os objetivos, pensou-se em uma 
sequência didática composta por três momentos. Para o primeiro momento, 
ministrar uma aula expositiva abordando os conceitos de termoquímica, sendo 
fundamental,  evitando que os alunos apenas arrisquem as respostas, sendo
cunho educativo. No segundo momento da sequência didática é a aplicação do jogo, 
e para iniciar separou-se  a turma em grupos, ao lançarem um dado, a equipe que 
obteve o maior valor no lançamento iniciou a rodada e o seguimento se dá a 
partir do valor que cada grupo obtiver. O grupo que ganhar no lance do dado irá 
iniciar o jogo tirando um cartão contendo uma pergunta sobre o conteúdo que será 
lançada aos grupos que deverão descobrir a palavra-chave relacionada a resposta 
correta. A equipe da vez poderá dizer uma letra do alfabeto, que possivelmente 
pode estar presente na palavra chave, se a letra escolhida fizer parte da 
palavra-chave a equipe marca um ponto e prossegue na escolha da próxima letra e 
assim segue sucessivamente até completar a palavra, mas se a letra escolhida 
estiver incorreta a equipe passa a vez para o próximo grupo; e um membro do 
corpo humano será acrescentado ao painel. A equipe que completar o último membro 
do corpo humano perderá um ponto. Ganha a equipe que ao final do jogo 
contabilizar o maior número de pontos obtidos com os acertos. No terceiro 
momento aplicou-se um questionário.
Resultado e discussão
A dinâmica foi composta por 10 grupos, e consequentemente foram feitas 10 
perguntas sobre o conteúdo de termoquímica para cada um dos grupos. Através do 
gráfico 1 podemos observar o rendimento dos grupos por meio do jogo "forca". Os 
alunos do grupo 5 acertaram 7 das perguntas que foram lançadas a eles tendo um 
rendimento de 70%. Já os discentes dos grupos 1,4 e 7 tiveram um rendimento mais 
elevado comparado ao grupo 5, acertando 8 das perguntas que lhes foram feitas 
tendo então um rendimento de 80%. Os grupos 2,6,9 e 10 tiveram um rendimento de 
90%, ou seja, acertaram 9 das perguntas lançadas aos mesmos. Por fim, os grupos 
3 e 8 tiveram um rendimento de 100%, acertando todas as perguntas. Para saber a 
preferência dos discentes por aulas mais didáticas, aplicou-se um questionário. 
Os resultados encontram-se no gráfico 2. Foram feitas 4 perguntas com 
alternativas (sim, não e mais ou menos). A primeira pergunta foi: "Você gostou 
da metodologia utilizada?", os 100 alunos responderam que "sim". A segunda 
pergunta foi: "Com essa metodologia você compreendeu o conteúdo?", 98 alunos 
responderam que "sim" e 2 responderam "mais ou menos". A terceira: Se os alunos 
tinham gostado do jogo lúdico "forca" e a quarta se eles queriam estudar mais 
vezes com esse método os 100 alunos responderam que "sim" para ambas questões. 
Com isso temos que os jogos despertam o interesse pelo aprendizado e 
participação na aula, então atividades desse tipo são mais estimulantes e 
motivadoras, podemos dizer que jogar é um processo de socialização, na qual 
propõem ao aluno uma interação entre os demais colegas, propiciando assim não 
somente um processo educativo entre o jogo e conteúdo, mas também um modo de 
convivência no âmbito escolar (MATOS et al., 2013).

Rendimento dos grupos.

Resultado da metodologia aplicada.
Conclusões
Por tanto, o jogo forca atende as expectativas como uma boa ferramenta de ensino 
utilizando métodos expositivos, proporcionando ao docente diversas formas de 
execução e aos discentes uma maneira contemporânea  de aprender, tornando-se 
válida a sua execução em qualquer nível de ensino, podendo ser realizada de forma 
que desperte na turma uma competitividade através do conhecimento, pelo fato de 
terem que se dividir em equipes de acordo com quantidade de alunos presentes na 
sala, para alcançar uma vitória no jogo.
Agradecimentos
Referências
KISHIMOTO,T.M. O jogo e a educação infantil. In:_________. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 8 ed. São Paulo: Cortez, 1996. p. 13-40.
MATOS, Danilo Augusto. et al. O Jogo do Mico no Ensino das Funções orgânicas: O
Lúdico como Estratégia no PIBID. Natal – RN: V CNNQ; III ENNEQ, 2013.
PERDIGÃO, C. H. A, LIMA, K, S. A prática docente experimental de Química no Ensino Médio. In: Congresso Internacional Educação e Contemporaneidade. Anais do IV EDUCON. Aracaju – SE. 2012.
VIANA, K. S. L. Avaliação da Experiência: uma perspectiva de avaliação para o ensino das ciências da natureza. 202f. 2014. Tese (Ensino das Ciências e Matemática). Departamento de Educação. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2014. 








