• Rio de Janeiro Brasil
  • 14-18 Novembro 2022

Quantificação de compostos fenólicos em extrato bruto das folhas de Mangífera indica Linnaeus

Autores

Campos, D.A.P.C. (IFMA) ; Macedo, M.C.S. (UEMA) ; Ferreira, T.Y.F. (UEMA) ; Martins, J.T.O. (UEMA) ; da Costa, P.S. (IFMA) ; Khan, A. (UEMA) ; Fernandes, R.M.T. (UEMA)

Resumo

Desde a antiguidade, a natureza tem se mostrado uma grande fonte de matéria prima para suprir as necessidades das atividades humanas. O uso de plantas medicinais, também chamado de fitoterapia, contribuiu significativamente para a descoberta de vários fármacos empregados na produção de medicamentos sintéticos (BRASIL, 2012).No presente trabalho encontrou-se um rendimento de 12,72 % no extrato bruto etanoico das folhas. Posteriormente, foram calculadas as médias das concentrações e, obteve-se o resultado de 321,73 ± 27,41 mg EAG / g extrato bruto da casca de Mangífera indica Linnaeus.O estudo proporcionou o conhecimento da utilização do extrato vegetal da folha da Mangífera indica Linnaeus pra fins medicinais, podendo proporcionar muitos benefícios.

Palavras chaves

Fenóis Totais ; Matéria Prima ; Plantas Medicinais

Introdução

Desde a antiguidade, a natureza tem se mostrado uma grande fonte de matéria prima para suprir as necessidades das atividades humanas. O uso de plantas medicinais, também chamado de fitoterapia, contribuiu significativamente para a descoberta de vários fármacos empregados na produção de medicamentos sintéticos (BRASIL, 2012).Entre tantos vegetais, a Mangífera indica Linnaeus mais conhecida como mangueira, é bem popular na região amazônica para usos medicinais e por seu caráter comestível. Os Compostos fenólicos são substâncias secundárias do metabolismo das plantas, atuam na reprodução e crescimento das plantas e ajudam a combater patógenos, parasitas e predadores. São caracterizados pela presença de um ou mais anéis aromáticos com um ou mais grupos hidroxilas (LIU, 2006). Por objetivos de inovar e buscar novas fontes de conhecimentos, este trabalho teve como objetivo relatar avaliar o teor de fenólicos totais presentes na folha da espécie Mangífera indica Linnaeus.

Material e métodos

1.Preparo do Extrato O material vegetal coletado no mês de Janeiro de 2022 na cidade de São Luís - MA; foi seco à temperatura ambiente e triturado. O material foi pesado e preparado por maceração com solução etanoica (70 %) à temperatura ambiente por 10 dias. Após a maceração, o extrato foi filtrado. O extrato hidroalcóolico bruto foi concentrado a um terço do volume inicial. O rendimento dos extratos foi calculado pela expressão: Rendimento (%) = (massa do extrato/massa do material vegetal) x 100. 2. Determinação de teor fenóis totais Foi dissolvido 100 mg de extrato bruto em metanol, logo em seguida foi transferido para o balão volumétrico de 100 mL e seu volume final foi completado com metanol. Uma fração de 7,5 mL desta solução foi transferida para um balão volumétrico de 50 mL, novamente a solução teve seu volume acertado com metanol. Uma fração de 100 uL desta última solução foi agitada com 500 uL do reagente Folin-Ciocalteu e 6 mL de água destilada por 1 minuto; após a agitação, foi adicionado 2 mL de Na2CO3 a 15 % na mistura e agitada por mais 30 s. Por fim, a solução teve seu volume acertado para 10 mL com água destilada. Após as amostras descansarem por 2h, a absorbância foi medida a 760 nm utilizando-se cubetas de vidro, tendo como “branco” o metanol. O teor de fenóis foi determinado por interpolação da absorbância das amostras contra a curva de calibração construída com padrões de ácido gálico (10 a 200 ug/mL). Todas as análises foram realizadas em triplicata.

Resultado e discussão

O presente estudo foi realizado no laboratório de química na universidade Estadual do Maranhão – UEMA, campus São Luís. Teve seu material vegetal da casca do tronco da espécie Mangífera indica Linnaeus coletado no mês de Janeiro de 2022. Após o processo de pesagem, maceração, filtração e concentração do extrato vegetal foi feito o rendimento, para o cálculo do rendimento, encontrou-se a massa do extrato que foi 25,45g, dividiu-se pela massa do material vegetal e multiplicou por 100, de acordo com a fórmula. Rendimento (%)= (25,45 g/200 g) x 100 = 12,72 % Assim, encontrou-se um rendimento de 12,72 % no extrato bruto etanoico das folhas. O Teor de Fenóis Totais do Extrato Vegetal das Folhas: O teor de fenóis totais presentes nas amostras do extrato bruto de Mangífera indica Linnaeus foi determinado por meio de método espectrofotômetro na região do visível; as amostras foram analisadas a 760 nm em cubetas de vidro utilizando o reagente de Folin-Ciocalteu, com modificações. Para o cálculo do teor de fenóis totais do extrato das folhas foram calculadas em concentrações, através da equação da reta gerado na curva analítica, tendo como Y as absorbâncias obtidas nas três amostras analisadas. Posteriormente, foram calculadas as médias das concentrações e, obteve-se o resultado de 321,73 ± 27,41 mg EAG / g extrato bruto da folha de Mangífera indica Linnaeus.

Conclusões

Com base em revisão de literatura pode-se observar que os compostos fenólicos são os maiores responsáveis pela atividade antioxidante em frutos (HEIM; TAGLIAFERRO; BOBYLIA, 2002). Sendo assim, observa-se o alto teor de compostos fenólicos presentes no extrato bruto das folhas da espécie Mangífera indica Linnaeus, apontando o seu grande potencial como um agente antioxidante, levando em conta que os compostos fenólicos apresentam propriedades redutoras e desempenham um papel importante na detenção de radicais livres.

Agradecimentos

À UEMA pela concessão da bolsa de pesquisa. Ao programa de Iniciação Científica - PIBIC/UEMA. Ao meu grupo de colaboradores da pesquisa. E a minha orientadora Prof. Dra. Raquel Fernandes.

Referências

BRASIL. A fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Ministério da Saúde. Brasília 2012;
BIANCHI, M. L. P.; ANTUNES, L. M. G. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev. Nutr., Campinas, 12(2): 123-130 maio/ago., 1999.
GRAMS WFMP. Plantas medicinais de uso popular em cinco distritos da Ilha de Santa Catarina – Florianó-polis, SC . Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 1999.
HEIM, K.E.; TAGLIAFERRO, A.R.; BOBILYA, D.J.. Flavonoid antioxidants: chemistry, metabolism and structure-activity relationships. J Nutr Biochem, v.13, p.572-584, 2002.
LIU, R. H. Health benefits of fruits: implications for disease prevention and health promotion fruits. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 19, 2006, Cabo Frio. Palestras e resumos... Cabo frio-RJ: SBF/UENF/UFRuralRJ. 2006. p. 36-44.

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