Autores
Campos, D.A.P.C. (IFMA)  ; Macedo, M.C.S. (UEMA)  ; Ferreira, T.Y.F. (UEMA)  ; Martins, J.T.O. (UEMA)  ; da Costa, P.S. (IFMA)  ; Khan, A. (UEMA)  ; Fernandes, R.M.T. (UEMA)
Resumo
Desde a antiguidade, a natureza tem se mostrado 
uma grande fonte de matéria prima 
para suprir as necessidades das atividades 
humanas. O uso de plantas medicinais, 
também chamado de fitoterapia, contribuiu 
significativamente para a descoberta de 
vários fármacos empregados na produção de 
medicamentos sintéticos (BRASIL, 
2012).No presente trabalho encontrou-se um 
rendimento de 12,72 % no extrato bruto 
etanoico das folhas. Posteriormente, foram 
calculadas as médias das concentrações 
e, obteve-se o resultado de 321,73  ± 27,41 mg 
EAG / g extrato bruto da casca de 
Mangífera indica Linnaeus.O estudo proporcionou 
o conhecimento da utilização do 
extrato vegetal da folha da Mangífera indica 
Linnaeus pra fins medicinais, podendo 
proporcionar muitos benefícios. 
Palavras chaves
Fenóis Totais ; Matéria Prima ; Plantas Medicinais 
Introdução
Desde a antiguidade, a natureza tem se mostrado 
uma grande fonte de matéria 
prima para suprir as necessidades das 
atividades humanas. O uso de plantas 
medicinais, também chamado de fitoterapia, 
contribuiu significativamente para a 
descoberta de vários fármacos empregados na 
produção de medicamentos sintéticos 
(BRASIL, 2012).Entre tantos vegetais, a 
Mangífera indica Linnaeus mais conhecida 
como mangueira, é bem popular na região 
amazônica para usos medicinais e por seu 
caráter comestível. 
 Os Compostos fenólicos são substâncias 
secundárias do metabolismo das plantas, 
atuam na reprodução e crescimento das plantas e 
ajudam a combater patógenos, 
parasitas e predadores. São caracterizados pela 
presença de um ou mais anéis 
aromáticos com um ou mais grupos hidroxilas 
(LIU, 2006). 
Por objetivos de inovar e buscar novas fontes 
de conhecimentos, este trabalho 
teve como objetivo relatar avaliar o teor de 
fenólicos totais presentes na folha 
da espécie Mangífera indica Linnaeus. 
Material e métodos
1.Preparo do Extrato
O material vegetal coletado no mês de Janeiro 
de 2022 na cidade de São Luís - 
MA; foi seco à temperatura ambiente e 
triturado. O material foi pesado e 
preparado por maceração com solução etanoica 
(70 %) à temperatura ambiente por 
10 dias. Após a maceração, o extrato foi 
filtrado. O extrato hidroalcóolico 
bruto foi concentrado a um terço do volume 
inicial. O rendimento dos extratos 
foi calculado pela expressão: Rendimento (%) = 
(massa do extrato/massa do 
material vegetal) x 100.
2. Determinação de teor fenóis totais 
Foi dissolvido 100 mg de extrato bruto em 
metanol, logo em seguida foi 
transferido para o balão volumétrico de 100 mL 
e seu volume final foi completado 
com metanol. Uma fração de 7,5 mL desta solução 
foi transferida para um balão 
volumétrico de 50 mL, novamente a solução teve 
seu volume acertado com metanol. 
Uma fração de 100 uL desta última solução foi 
agitada com 500 uL do reagente 
Folin-Ciocalteu e 6 mL de água destilada por 1 
minuto; após a agitação, foi 
adicionado 2 mL de Na2CO3 a 15 % na mistura e 
agitada por mais 30 s. Por fim, a 
solução teve seu volume acertado para 10 mL com 
água destilada. Após as amostras 
descansarem por 2h, a absorbância foi medida a 
760 nm utilizando-se cubetas de 
vidro, tendo como “branco” o metanol. O teor de 
fenóis foi determinado por 
interpolação da absorbância das amostras contra 
a curva de calibração construída 
com padrões de ácido gálico (10 a 200 ug/mL). 
Todas as análises foram realizadas 
em triplicata.
Resultado e discussão
O presente estudo foi realizado no laboratório 
de química na universidade 
Estadual do Maranhão – UEMA, campus São Luís. 
Teve seu material vegetal da casca 
do tronco da espécie Mangífera indica Linnaeus 
coletado no mês de Janeiro de 
2022. Após o processo de pesagem, maceração, 
filtração e concentração do extrato 
vegetal foi feito o rendimento, para o cálculo 
do rendimento, encontrou-se a 
massa do extrato que foi 25,45g, dividiu-se 
pela massa do material vegetal e 
multiplicou por 100, de acordo com a fórmula. 
Rendimento (%)= (25,45 g/200 g) x 100 = 12,72 % 
Assim, encontrou-se um rendimento de 12,72 % no 
extrato bruto etanoico das 
folhas.
O Teor de Fenóis Totais do Extrato Vegetal das 
Folhas: 
O teor de fenóis totais presentes nas amostras 
do extrato bruto de Mangífera 
indica Linnaeus foi determinado por meio de 
método espectrofotômetro na região 
do visível; as amostras foram analisadas a 760 
nm em cubetas de vidro utilizando 
o reagente de Folin-Ciocalteu, com 
modificações.
Para o cálculo do teor de fenóis totais do 
extrato das folhas foram calculadas 
em concentrações, através da equação da reta 
gerado na curva analítica, tendo como Y as 
absorbâncias 
obtidas nas três amostras analisadas. 
Posteriormente, foram calculadas as médias das 
concentrações e, obteve-se o 
resultado de 321,73  ± 27,41 mg EAG / g extrato 
bruto da folha de Mangífera 
indica Linnaeus.
Conclusões
Com base em revisão de literatura pode-se 
observar que os compostos fenólicos são 
os maiores responsáveis pela atividade 
antioxidante em frutos (HEIM; TAGLIAFERRO; 
BOBYLIA, 2002). Sendo assim, observa-se o alto 
teor de compostos fenólicos 
presentes no extrato bruto das folhas da 
espécie Mangífera indica Linnaeus, 
apontando o seu grande potencial como um agente 
antioxidante, levando em conta que 
os compostos fenólicos apresentam propriedades 
redutoras e desempenham um papel 
importante na detenção de radicais livres. 
Agradecimentos
À UEMA pela concessão da bolsa de pesquisa. Ao 
programa de Iniciação Científica - 
PIBIC/UEMA. Ao meu grupo de colaboradores da 
pesquisa. E a minha orientadora Prof. 
Dra. Raquel Fernandes. 
Referências
BRASIL. A fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Ministério da Saúde. Brasília 2012;
BIANCHI, M. L. P.; ANTUNES, L. M. G. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev. Nutr., Campinas, 12(2): 123-130 maio/ago., 1999.
GRAMS WFMP. Plantas medicinais de uso popular em cinco distritos da Ilha de Santa Catarina – Florianó-polis, SC . Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 1999.
HEIM, K.E.; TAGLIAFERRO, A.R.; BOBILYA, D.J.. Flavonoid antioxidants: chemistry, metabolism and structure-activity relationships. J Nutr Biochem, v.13, p.572-584, 2002.	
LIU, R. H. Health benefits of fruits: implications for disease prevention and health promotion fruits. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 19, 2006, Cabo Frio. Palestras e resumos... Cabo frio-RJ: SBF/UENF/UFRuralRJ. 2006. p. 36-44.








