Autores
Miranda, D.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE)  ; Quintal, S. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE)  ; Ferreira, G.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE)
Resumo
Para auxiliar na determinação das estruturas, diferentes técnicas de 
caracterização foram envolvidas e vêm sendo aprimoradas. Dentre as técnicas 
de caracterização, destaca-se a espectroscopia de absorção no infravermelho. 
Neste trabalho, foram comparados os dados espectroscópicos experimentais e 
teóricos, partindo de diferentes estruturas calculadas de complexos de Zn2+ e 
Cd2+, contendo o ligante propil xantato. Através dos dados espectroscópicos 
obtidos experimentalmente, foi possível confirmar a formação dos complexos. Os 
dados experimentais foram comparados aos resultados teóricos obtidos através de 
diferentes estruturas, sendo possível confirmar que os complexos obtidos
experimentalmente apresentam dados espectroscópicos semelhantes às estruturas 
com formação de rede polimérica.
Palavras chaves
Espectroscopia; Infravermelho; Xantatos
Introdução
Conforme o avanço tecnológico, surgiram diversas técnicas de caracterização de 
materiais orgânicos e inorgânicos, que auxiliam na identificação e 
caracterização de uma variedade de substâncias. Uma das técnicas mais utilizadas 
é a espectroscopia de absorção na região do infravermelho. Com surgimento em 
meados do século XX, a técnica compreende na análise dos modos vibracionais das 
moléculas, através da absorção da radiação na região do infravermelho (SIMMONS 
R. et al., 1999). Por ser uma técnica amplamente conhecida e aplicada, foi 
utilizada neste trabalho, para a caracterização dos complexos de propil xantato 
com os centros metálicos Zn2+ e Cd2+. Os xantatos são compostos orgânicos que 
apresentam o grupo –OCS2, sendo primeiramente sintetizados pelo alemão Zeise, no 
ano de 1834 (ZEISE, W. C., 1984) (ZARD, S. Z., 1997). Por possuírem átomos 
doadores de densidade eletrônica, esta classe de compostos tem sido explorada na 
química de coordenação, pela facilidade de coordenarem-se de diferentes modos 
aos centros metálicos. Além de variadas técnicas espectroscópicas, uma técnica 
bastante empregada para a determinação estrutural de complexos, é a difração de 
raios-X, a qual gera estruturas cristalinas dos compostos analisados. 
Atualmente, diversas estruturas cristalinas envolvendo complexos de xantatos 
foram obtidas experimentalmente por grupos de pesquisa (BAKLY, et al., 2021) 
(TIEKINK, 1990) (TIEKINK, 1999). Através destes trabalhos, é possível observar a 
tendência de formação de uma rede polimérica nestes sistemas. Recentemente, 
foram publicadas estruturas cristalinas de complexos de alquil xantatos, 
contendo metais do grupo 12 (BAKLY, et al., 2021). Os mesmos autores obtiveram 
as estruturas dos complexos de propil xantato com os íons metálicos Zn2+ e Cd2+, 
os quais apresentaram a formação da rede polimérica. Além da estrutura 
cristalina, o grupo também obteve o espectro de absorção no infravermelho destes 
complexos. 
A versatilidade de coordenação dos xantatos confere diversas aplicações a estes 
compostos (MENSFORTH, E. J. et al., 2013). Uma das aplicações mais conhecidas é 
na área ambiental, na qual os xantatos têm sido amplamente utilizados para a 
remoção de metais pesados de ambientes aquosos (WANG, S. et al., 2017). Com o 
crescimento populacional e desenvolvimento tecnológico, novos materiais 
descartados irregularmente tornaram-se presentes nos ecossistemas, como os 
metais pesados. Por serem bioacumuladores e não-biodegradáveis, a introdução 
destes metais em ambientes aquosos representa sérios riscos ambientais, tanto à 
saúde humana, como à fauna e à flora (WU, S., et al., 2018). Com o objetivo de 
reduzir os efeitos causados ao ambiente, diversos estudos apontam o uso dos 
xantatos para remoção de metais pesados em ambientes aquosos (WANG, N. et al, 
2016) (WU, S. et al., 2018) (IRYANI, D. et al., 2017).  Um composto 
recorrentemente utilizado neste tipo de estudo é o xantato de celulose, obtido a 
partir de materiais que sofreriam o descarte na natureza, tornando o estudo 
ambientalmente favorável. Sob esta perspectiva, foram publicados trabalhos em 
que a celulose foi obtida através de bagaço de maçã (CHAND et al., 2015) e casca 
de arroz (QU et al., 2017). Uma outra área de aplicação dos xantatos é a 
tecnológica. Com a atual demanda populacional e a busca por fontes de energias 
renováveis, diversos grupos de pesquisas investigam meios de tornar a energia 
solar mais acessível, do ponto de vista financeiro. Um outro atrativo dos 
xantatos é o baixo custo de produção, o que torna estes compostos atrativos no 
processo de produção de placas solares. Sendo assim, os xantatos têm sido 
utilizados como precursores para a síntese de sulfetos metálicos, os quais são 
aplicados na fabricação de placas solares (WANG Z. et al., 2019). Por fim, por 
mais que os xantatos sejam conhecidos desde o século XIX, esta classe ainda foi 
pouco investigada. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo comparar os dados 
espectroscópicos vibracionais teóricos e experimentais de complexos de Zn2+ e 
Cd2+, com o ligante propil xantato, através de diferentes estruturas calculadas.
Material e métodos
Neste trabalho foi realizado um estudo teórico-experimental através da 
espectroscopia vibracional dos complexos de Zn2+ e Cd2+ contendo o ligante 
propil xantato. A parte experimental consistiu primeiramente na síntese do sal 
de propil xantato, que consistiu na adição de KOH (1,7 g; 30 mmol) ao n-propanol 
(20 mL), sob agitação e banho-maria (40°C) até solubilização completa. À solução 
obtida foi adicionado dissulfeto de carbono, CS2 (2,7 mL; 45 mmol), formando um 
produto de coloração amarela, o qual foi removido sob filtração simples e seco 
no dessecador sob sílica gel (1,68 g; 32%). Em sequência, foram sintetizados os 
complexos 1, [Zn(propxant)x]y e 2, [Cd(propxant)x]y, a partir do propil xantato 
e dos sais ZnCl2 e CdCl2.H2O respectivamente. Já os resultados teóricos foram 
obtidos com o auxílio do programa Gaussian 09 (D. J. Fox, et al., 2016).  Para 
os cálculos foi utilizado o funcional M06L (ZHAO et al., 2006) através da função 
de base 6-311++GG** (PRITCHARD et al.,2019) (FELLER, DAVID et al., 1996) 
(SCHUCHARDT et al., 2007) para os átomos de carbono, oxigênio, hidrogênio e 
enxofre. Para os centros metálicos de zinco e cádmio foi utilizada a função de 
base LANL2TZ. (HAY, P. et al., 1985). Primeiramente foram realizados os cálculos 
de otimização e frequência para os complexos com os ligantes bidentados, em uma 
geometria tetraédrica distorcida. A fim de investigar qual estrutura apresenta 
resultados semelhantes aos obtidos experimentalmente, também foram avaliadas 
estruturas tetraédricas contendo quatro ligantes monodentados. Para verificar a 
contribuição quantitativa de cada fração da estrutura na frequência vibracional, 
foi utilizando o programa VEDA (Vibrational Energy Distribution Analysis).
Resultado e discussão
Os dados de espectroscopia de absorção na região do infravermelho obtidos 
experimentalmente, confirmaram a formação do alquil xantato sintetizado. A 
presença do grupo –OCS2 no composto foi observada através das bandas encontradas 
aproximadamente em 1270, 1100, 1060 e 650 cm-1. Através de dados da literatura 
(Little et al., 1961), foi possível atribuir estes números de onda aos 
estiramentos νasC-O-C, νC=S, νsC-O-C e νC-S, respectivamente. Além da 
confirmação da presença do grupo xantato, a presença da cadeia propílica também 
pode ser confirmada através das bandas em torno de 2970-2860, 1440-1420 e 820 
cm-1, referentes aos estiramentos e deformações dos grupos CH3 (νCH3 e δCH3) e 
νC-C. Já os espectros de absorção no infravermelho dos complexos 
[Zn(propxant)x]y e [Cd(propxant)x]y apresentaram bandas que podem ser atribuídas 
à νasC-O-C, νsC-O-C, νC=S e νC-S em 1187, 1132, 1030, e 644 cm-1 e 1180, 1156, 
1021 e 650 cm-1, respectivamente. Uma comparação entre os números de onda do 
ligante propil xantato e dos complexos, mostra que houve deslocamentos nos 
números de onda, indicando a formação dos complexos. Além disso, os valores 
obtidos experimentalmente foram semelhantes aos números de onda descritos na 
literatura, nos quais as bandas a 1191, 1138, 1035 e 762 cm-1 e 1183, 1133, 1026 
e 756 cm-1 para os complexos de Zn2+ e Cd2+, respectivamente, foram atribuídos 
aos estiramentos νasC-O-C, νsC-O-C, νC=S e νC-S (Bakly, et al., 2021).  
A fim de compreender como os ligantes propil xantato estão coordenados aos 
centros metálicos de Zn2+ e Cd2+, foram realizados os cálculos teóricos de 
frequência para os complexos [M(propxant)2] e [M(propxant)2]n, em que M = Zn2+ 
ou Cd2+ (Figura 1). O complexo de Zn2+ contendo os ligantes bidentados, 
[Zn(propxant)2], apresentou as bandas em 1252, 1243, 1057 e 981  cm-1. No caso 
do complexo com os ligantes bidentados [Cd(propxant)2], foram observadas as 
bandas em 1167, 980, 1050 e 948 cm-1. Já os espectros teóricos dos complexos 
[M(propxant)2]n apresentaram bandas cujo números de onda foram de 1273, 1165, 
1162, 1158, 1092 e 942 cm-1 e  1267, 1214, 1131, 1056 e 919 cm-1 para os 
complexos de Zn2+ e Cd2+, respectivamente. Para a atribuição correta, os modos 
vibracionais foram analisados através da distribuição da energia vibracional, 
utilizando o programa VEDA. Sendo assim a tabela 1 ilustra a contribuição, em 
porcentagem, das frequências observadas para os complexos [M(propxant)2] e 
[M(propxant)2]n. 
Além da análise dos modos vibracionais na região do infravermelho MID, também 
foi avaliada a região do infravermelho FAR, onde as bandas referentes aos modos 
vibracionais das ligações M-L se encontram. Através dos espectros experimentais 
nesta região, foram observadas bandas em aproximadamente 300 cm-1, para os 
complexos de Zn2+ e Cd2+. Os valores similares observados nos espectros teóricos 
estão apresentados na tabela 1.
	Uma comparação entre os números de onda dos complexos obtidos 
experimentalmente [Zn(propxant)x]y e [Cd(propxant)x]y, mostra que os dados 
experimentais foram mais semelhantes aos dados teóricos dos complexos 
[Zn(propxant)2]n e [Cd(propxant)2]n do que aos dados dos complexos  
[Zn(propxant)2] e [Cd(propxant)2]. Além dos valores de νasC-O-C, νsC-O-C, νC=S e 
νC-S mais semelhantes aos complexos [Cd(propxant)2]n, cabe ressaltar que o νCd-S 
e νZn-S nestes sistemas poliméricos também mostraram valores mais próximos aos 
resultados experimentais.
	Por fim, como os números de onda obtidos experimentalmente foram 
semelhantes aos complexos poliméricos encontrados na literatura (BAKLY, et al., 
2021), pode-se esperar estruturas similares. Através do cálculo teórico de 
frequência, foi possível confirmar a tendência de formação da rede polimérica 
nestes sistemas, uma vez que os dados dos complexos [M(propxant)2]n foram mais 
próximos aos dados experimentais, quando comparados aos complexos 
[M(propxant)2].

Estruturas dos complexos de Zn2+ e Cd2+ com os ligantes propil xantato

Atribuições das frequências vibracionais e respectivas contribuições
Conclusões
Através da técnica de espectroscopia de absorção no infravermelho foi possível 
caracterizar os compostos [Zn(propxant)x]y e [Cd(propxant)x]y. Os resultados 
experimentais mostraram bandas características do grupo xantato, aproximadamente 
em 1270, 1060, 1100 e 650 cm-1, as quais foram atribuídas aos modos vibracionais 
νasC-O-C, νsC-O-C, νC=S e νC-S, com o auxílio da literatura, confirmando a 
formação do propil xantato. Os complexos de Zn2+ e Cd2+ também foram 
caracterizados através daquela técnica, sendo possível observar a formação do 
complexo através dos deslocamentos das bandas características do ligante. Os 
resultados experimentais foram primeiramente comparados aos dados obtidos na 
literatura, os quais foram similares. A fim de verificar se os complexos obtidos 
experimentalmente possuem a tendência observada na literatura em formar uma rede 
polimérica, foi realizada uma comparação entre os modos vibracionais 
experimentais e teóricos, para estruturas com os ligantes bidentados e 
monodentados. Os complexos com os ligantes monodentados foram avaliados de forma 
a simular uma rede polimérica. Os resultados mostraram uma maior tendência de 
formação de sistemas poliméricos, com a banda atribuída ao estiramento da 
ligação Zn-S e Cd-S em 221 e 327 cm-1, respectivamente. Estes valores estão de 
acordo com os dados experimentais, os quais apresentam valores em torno de 300 
cm-1. Já os espectros dos complexos com os ligantes bidentados em uma geometria 
tetraédrica distorcida apresentaram valores de 238 e 201 cm-1, para os 
estiramentos Zn-S e Cd-S, respectivamente.
Agradecimentos
CNPq, CAPES, FAPERJ, PROPPi-UFF e LMQC-UFF.
Referências
BAKLY, ALI A.K.; COLLISON, DAVID; AHUMADA-LAZO, RUBEN; BINKS, DAVID J.; SMITH, MATTHEW; RAFTERY, JAMES; WHITEHEAD, GEORGE F. S.; O’BRIEN, PAUL; LEWIS, DAVID J. Synthesis, X-ray Single-Crystal Structural Characterization, and Thermal Analysis of Bis(O-alkylxanthato)Cd(II) and Bis(Oalkylxanthato) Zn(II) Complexes used as precursors for Cadmium and Zinc Sulfide thin films. Inorganic chemistry, 60, 7573−7583, 2021.
 CHAND, P.; BAFANA, A.; PAKADE, Y. B.; Xanthate modified apple pomace as an adsorbent for removal of Cd(II), Ni(II) and Pb(II), and its application to real industrial wastewater. International Biodeterioration and Biodegradation, 97, 60, 2015.
FELLER, DAVID. The role of databases in support of computational chemistry calculations. J. Comput. Chem. 17, 1571-1586, 1996.
IRYANI, D. A.; RISTHY, N. M.; RESAGIAN, D. A.; YUWONO, S. D.; HASANUDIN, U.; Preparation and evaluation adsorption capacity of cellulose xanthate of sugarcane bagasse for removal heavy metal ion from aqueous solutions. IOP Conference Series: Earth and Environmental Science, 65, 2017.
Gaussian 09, Revision A.02, M. J. FRISCH, G. W. TRUCKS, H. B. SCHLEGEL, G. E. SCUSERIA, M. A. ROBB, J. R. CHEESEMAN, G. SCALMANI, V. BARONE, G. A. PETERSSON, H. NAKATSUJI, X. LI, M. CARICATO, A. MARENICH, J. BLOINO, B. G. JANESKO, R. GOMPERTS, B. MENNUCCI, H. P. HRATCHIAN, J. V. ORTIZ, A. F. IZMAYLOV, J. L. SONNENBERG, D. WILLIAMS-YOUNG, F. DING, F. LIPPARINI, F. EGIDI, J. GOINGS, B. PENG, A. PETRONE, T. HENDERSON, D. RANASINGHE, V. G. ZAKRZEWSKI, J. GAO, N. REGA, G. ZHENG, W. LIANG, M. HADA, M. EHARA, K. TOYOTA, R. FUKUDA, J. HASEGAWA, M. ISHIDA, T. NAKAJIMA, Y. HONDA, O. KITAO, H. NAKAI, T. VREVEN, K. THROSSELL, J. A. MONTGOMERY, JR., J. E. PERALTA, F. OGLIARO, M. BEARPARK, J. J. HEYD, E. BROTHERS, K. N. KUDIN, V. N. STAROVEROV, T. KEITH, R. KOBAYASHI, J. NORMAND, K. RAGHAVACHARI, A. RENDELL, J. C. BURANT, S. S. IYENGAR, J. TOMASI, M. COSSI, J. M. MILLAM, M. KLENE, C. ADAMO, R. CAMMI, J. W. OCHTERSKI, R. L. MARTIN, K. MOROKUMA, O. FARKAS, J. B. FORESMAN, AND D. J. FOX, GAUSSIAN, INC., WALLINGFORD CT, 2016. GANDIN, V., FERNANDES, A. P., RIGOBELLO, M.
HAY, P. JEFFREY, WADT, WILLARD R. Ab initio effective core potentials for molecular calculations. Potentials for the transition metal atoms Sc to Hg. J. Chem. Phys. 82, 270-283, 1985.
MENSFORTH, EMILY J.; HILL, MATTHEW R.; BATTEN, STUART R.; Coordination polymers of sulphur-donor ligands. Inorganica Chimica Acta, 403, 9, 2013.
PRITCHARD, BENJAMIN P., ALTARAWY, DOAA, DIDIER, BRETT, GIBSOM, TARA D., WINDUS, THERESA L. A New Basis Set Exchange: An Open, Up-to-date Resource for the Molecular Sciences Community. J. Chem. Inf. Model. 59, 4814-4820, 2019.
QU, J.; MENG, X.; YOU, H.; YE, X.; DU, Z.; Utilization of rice husks functionalized with xanthates as cost-effective biosorbents for optimal Cd(II) removal from aqueous solution via response surface methodology. Bioresource Technology, 241, 1036, 2017.
SCHUCHARDT, KAREN L., DIDIER, BRETT T., ELSETHAGEN, TODD, SUN, LISONG, GURUMOORTHI, VIDHYA, CHASE, JARED, LI, JUN, WINDUS, THERESA L. Basis Set Exchange: A Community Database for Computational Sciences. J. Chem. Inf. Model. 47, 1045-1052, 2007.
SIMMONS, REIKO; NG, L. M. Infrared Spectroscopy. Anal. Chem., 71, 343-350, 1999.
TIEKINK, E. R. T.; COX, M. J. Structural diversity in mercury(II) bis (O-alkyldithiocarbonate) compounds. Z. Kristallogr, Austrália, 214, 486-491, 1999. 
TIEKINK, E. R. T.; HOUNSLOW, A. M. Correlations between nuclear magnetic resonance spectra and crystal structure. HI. A 13C nuclear magnetic resonance study in the solid state of bis(xanthato) complexes of mercury(II); The crystal and molecular structure of bis(n-propyldithiocarbonato) mercury(II). Journal of Crystallographic and Spectroscopic Research, 21, 2, 133-137, 1990.
WANG, N.; XU, X.; LI, H.; ZHAI, J.; YUAN, L.; ZHANG, K.; YU, H.; Preparation and application of a xanthate-modified thiourea chitosan sponge for the removal of Pb(II) from aqueous solutions. Industrial and Engineering Chemistry Research 2016, 55, 4960.
WANG, S., ZHANG, C., & CHANG, Q. Synthesis of magnetic crosslinked starch-graft-poly(acrylamide)-co-sodium xanthate and its application in removing heavy metal ions. Journal of Experimental Nanoscience, 12, 1, 270–284, 2017.
WANG, Z., BARANWAL, A. K., KAMARUDIN, M. A., NG, CHI HUEY, PANDEY, M., MA, T., & HAYASE, S. Xanthate-induced sulfur doped all-inorganic perovskite with superior phase stability and enhanced performance. Nano Energy, 59, 258–267, 2019.
Wu, S.; Wang, F.; Yuan, H.; Zhang, L.; Mao, S.; Liu, X.; Alharbi, N. S.; Rohani, S.; Lu, J.; Fabrication of xanthate-modified chitosan/poly(N-isopropylacrylamide) composite hydrogel for the selective adsorption of Cu(II), Pb(II) and Ni(II) metal ions. Chemical Engineering Research and Design, 139, 197, 2018.
ZARD, S. Z. On the Trail of Xanthates: Some New Chemistry from an Old Functional Group. Chem. Int. Ed. Engl., 36, 612-685, 1997.
ZEISE, W. C.; Vorläufiger bericht von erneuten unter-suchungen über die xanthogen. Annalen der physik und chemie XXXII, 20, 1834.








