TÍTULO:JOGOS INTERATIVOS PARA O ENSINO DA QUÍMICA

AUTORES:LIMA, K. S. B. - UECE; SOUSA, T. S. – UECE; LIMA, Y. C. - UECE; SILVA, A. K. O. – UECE ; ROCHA, A. M. – UECE; GIFFONI, J. J. L. - UECE; BERTINI, L. M. – UECE; MORAIS , S. M. – UECE.

RESUMO:O ensino de Química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico para que estes possam julgar, com fundamentos, as informações adquiridas. Os jogos são uma estratégia de ensino que podem contribuir para dinamizar as aulas. Visando essa perspectiva, o objetivo deste trabalho é inovar o ensino com a aplicação de jogos que possam facilitar o entendimento do conteúdo programático visto em sala de aula. Os jogos propostos são: Brincando de Mendeleev, Disputa Orgânica e Trilha Química. Alunos da Escola de Ensino Médio Adauto Bezerra (Fortaleza/CE) participaram da aplicação desses jogos. Os resultados mostraram que os jogos incentivaram os alunos a fixarem o conteúdo de uma forma atrativa e dinâmica.

PALAVRAS CHAVES:ensino médio, jogos interativos e química

INTRODUÇÃO:O atual ensino de Química, na maioria das vezes, prioriza a transmissão de informações, sem qualquer relação com a vida do aluno, impossibilitando o entendimento de uma situação-problema. A aprendizagem de Química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada para que estes possam julgar, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na escola e com pessoas (1). A aplicação de jogos é uma sugestão de estratégia de ensino que pode contribuir para melhoria na aprendizagem de Química. Eles podem ser utilizados para desenvolver os conteúdos de Química a fim de auxiliar na preparação de aulas mais criativas e atrativas, ajudando a motivar os alunos a participarem das aulas, tornando-as mais dinâmicas e, conseqüentemente, tendo como resultado uma aprendizagem mais significativa. Três jogos, direcionados aos alunos do Ensino Médio, foram elaborados utilizando materiais de baixo custo e de fácil aquisição. São eles: Brincando de Mendeleev, Disputa Orgânica e Trilha Química.

MATERIAL E MÉTODOS:Brincando de Mendeleev foi uma alternativa desenvolvida para interagir o aluno com a tabela periódica. Ele consiste em dois tabuleiros contendo os elementos mais conhecidos e cartas, cada uma com o símbolo dos elementos fixados no tabuleiro. Inclui também uma lista com tópicos sobre as diversas propriedades dos elementos. Os alunos irão sortear uma carta com um elemento e formularão perguntas de acordo com os tópicos, tentando acertar o elemento do seu oponente. Disputa Orgânica consiste em dinamizar o ensino das funções orgânicas através da montagem das estruturas de compostos. Será sorteada a carta com dados e/ou nome do composto que cada equipe terá que montar. Cada grupo terá o mesmo conjunto de peças para a montagem da estrutura. A cada rodada de cartas serão somados pontos para a equipe mais ágil e vencerá o jogo quem tiver a maior pontuação. Trilha Química consiste num tabuleiro em forma de átomo. O dado é jogado para definir a ordem dos participantes. Eles só poderão avançar ao retirar uma carta e responder corretamente a pergunta contida nela. Joga-se o dado para determinar o número de quadrados que eles irão seguir. Ganhará quem primeiro chegar no fim do tabuleiro.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:Neste trabalho, estudou-se o perfil de alunos do ensino médio de uma escola de Fortaleza/CE, a fim de comprovar se a experiência com os jogos pode contribuir para a motivação na aprendizagem de Química. Pode-se observar que os alunos já trazem uma desmotivação social para estudar essa disciplina devido à falta de integração entre o conhecimento escolar/social e a abordagem demasiadamente técnica que os professores fazem da disciplina. Desse modo, os estudantes passaram a ver a sala de aula como algo mais que um local onde o conhecimento é um “pacote fechado” a ser transmitido mecanicamente a eles. Durante os jogos, observou-se a integração e a participação dos alunos. Aqueles que tinham uma maior agilidade, mostraram um melhor desempenho ao jogar Disputa Orgânica e, conseqüentemente, surgiu um maior interesse no jogo citado por esse grupo de alunos. Já o jogo Brincando de Mendeleev mostrou-se mais estimulante para aqueles que preferem jogos com raciocínio lógico. Outros preferiram a Trilha Química, um jogo cujo resultado final não depende só de seus conhecimentos, mas também da sorte com os dados. No geral, todos os jogos foram positivos na aprendizagem dos assuntos abordados.



CONCLUSÕES:A aplicação de jogos no ensino da Química é viável para a aprendizagem e participação do aluno durante as aulas. Eles contribuem para a fixação do conteúdo de uma forma mais dinâmica, facilitando o trabalho do professor em sala de aula e fazendo os estudantes compreenderem que a Química não é uma ciência tão complicada como tem parecido.



AGRADECIMENTOS:Agradecemos a Escola de Ensino Médio Adauto Bezerra por ter cedido o espaço e ter acreditado em nossas propostas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:(1)RIBEIRO, R. A.; et. Al, Aula prática como motivação para estudar química e o perfil de estudantes do 3º ano do ensino médio em escolas públicas e particulares de Montes Claros/MG. unimontes científica. Montes Claros, v.5, n.2, jul./dez. 2003.