TÍTULO: O ENSINO DE QUÍMICA NO NONO ANO NA CIDADE DE LIMOEIRO DO NORTE/Ce

AUTORES: VIANA, V. C. G. (UECE-FAFIDAM) ; CHAVES, T.F. (UECE-FAFIDAM) ; TEIXEIRA SÁ, D. M. A. (UECE-FAFIDAM)

RESUMO: Com o intuito de conhecer melhor as dificuldades encontradas nos alunos de nono ano das Escolas Públicas de Ensino Fundamental Pe Joaquim de Menezes e Arsênio Ferreira Maia de Limoeiro do Norte-CE, dois estudantes do curso de Licenciatura em Química da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos da Universidade Estadual do Ceará, desenvolveram um trabalho de pesquisa durante a disciplina de Estágio Supervisionado em Química. Neste trabalho, por meio de questionário, traçou-se o perfil do aluno de nono ano e as dificuldades encontradas por eles na disciplina de Química. Pode-se detectar que os alunos possuem uma visão superficial da abrangência da Química bem como necessita-se inovar nos processos de ensino-aprendizagem de Química neste município.


PALAVRAS CHAVES: ensino,química,nono ano

INTRODUÇÃO: Em nossa prática docente, é freqüente o questionamento por parte dos alunos acerca do motivo pelo qual estudam química, visto que nem sempre este conhecimento será ferramenta de trabalho para futura profissão. Chassout (1990) comenta que alguns professores também não sabem responder a esta questão, pois nunca pensaram no assunto ou respondem de forma simplista. O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida. Segundo Brasil (1998) as habilidades e competências que devem ser promovidas no ensino de Química devem estar estreitamente vinculados aos conteúdos a serem desenvolvidos, sendo parte indissociável desses conteúdos, e devem ser concretizadas a partir dos diferentes temas propostos para o estudo da química, em níveis de aprofundamento compatíveis com o assunto tratado e com o nível de desenvolvimento cognitivo dos estudantes. Para Libâneo (1994) o trabalho docente somente é frutífero quando o ensino dos conhecimentos e dos métodos de adquirir e aplicar conhecimentos se convertem em habilidades, capacidades e atitudes do aluno. O objetivo da escola e do professor é formar pessoas inteligentes, aptas para desenvolver ao máximo possível suas capacidades mentais, seja nas tarefas escolares, seja na vida prática através do estudo das matérias de ensino.



MATERIAL E MÉTODOS: Para o desenvolvimento dessa pesquisa dois estudantes mediaram aulas teóricas e práticas nas unidades escolares anteriormente citadas. O resultado do trabalho foi obtido por meio de coleta de dados, através de questionários, já que foi observado por meio de estudos bibliográficos, que este instrumento é de grande eficácia. O questionário contendo onze perguntas foi respondido por trinta e cinco alunos de escolas de Ensino Fundamental do município de Limoeiro do Norte-CE. Este questionário teve o objetivo de detectar e avaliar as principais dificuldades enfrentadas por estes alunos. O questionário foi aplicado com dezoito alunos da escola Arsênio Ferreira Maia e dezessete alunos da escola Pe Joaquim de Menezes. As perguntas do questionário tratou-se de dados pessoais e outras informações como distorção faixa etária, locomoção para a unidade escolar, disciplinas e conteúdos de maior dificuldade de assimilação e aprendizagem, e perspectiva de melhoria nas aulas de química das escolas.
As perguntas foram feitas no sentido de fazer com que o aluno expressasse suas idéias para que possamos saber como ele esta assimilando e construindo o seu próprio embasamento a respeito do que vem a ser química e no que o ensino pode melhorar. Com isto foram observadas as respostas mais freqüentes e tiradas conclusões a respeito do que os alunos possuem diante da disciplina, frente ao que o atual sistema de ensino tem imposto aos mesmos.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a análise dos dados coletados obtidos na pesquisa, constatou-se que tipo de entendimento os alunos estão tendo a respeito da química com base nas relações que ele possui com o cotidiano. Das perguntas contidas no questionário (Figura 1) 100% dos alunos responderam as sete primeiras questões referentes a dados pessoais (Idade, naturalidade, endereço, locomoção para a escola e escolaridade), 94,3% responderam a oitava questão referente à disciplina de maior dificuldade. As perguntas que mais contribuíram para o enfoque da pesquisa foram a oitava e a décima primeira, na oitava pergunta, os alunos responderam que as diciplinas que sentem mais dificuldade de aprendizagem são matemática e química (Figura 2). É importante ressaltar que os principais fatores expostos na dificuldade com as devidas disciplinas foram falta de habilidade e afinidade com a disciplina e as metodologias desfavoráveis para a aprendizagem utilizada pelos profissionais da educação da escola. Quanto à química 48,57% dos alunos responderam sentir dificuldade e 51,43% não se encontram com esse problema. Para a décima primeira pergunta, 54,28% responderam que o ensino de química poderia melhorar com aulas práticas em laboratórios e com inovação nas metodologias, 17,14% responderam que a qualificação dos professores é fundamental, 22,86% responderam que reconheceram não gostar de estudar e 5,72% não responderam a questão.







CONCLUSÕES: A partir das perguntas respondidas neste trabalho podemos inferir que para os alunos entrevistados os experimentos químicos proporcionam uma oportunidade de aprendizagem e faz-se necessária a auto-avaliação da metodologia que deve ser utilizada em sala de aula, para melhorar o nível de conhecimento e a interação professor-aluno. Partindo deste princípio pode ser que a disciplina de química passe a ser mais aceitável e compreensível.

AGRADECIMENTOS: Aos grupos gestores e às Escolas Ensino Fundamental Pe Joaquim de Menezes e Arsênio Ferreira Maia de Limoeiro do Norte-CE

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL, MEC. As Novas Diretrizes Curriculares que Mudam o Ensino Médio Brasileiro, Brasília, 1998.
CHASSOT, A.I.; A Educação no Ensino de Química; Livraria Inijuí Editora; Rio Grande do Sul, 1990.
LIBÂNEO, J. C. Didática – São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção magistério 2ograu. Série Formação do Professor).