TÍTULO: ANÁLISE DO PERFIL DIDÁTICO-PEDAGÓGICO DA E.E.F.M. ARQUITETO ROGÉRIO FRÓES, SEGUNDO AS ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO

AUTORES: SILVA, A.M. (UECE) ; SARAIVA, A.H.M. (UECE)

RESUMO: Este trabalho faz uma análise das propostas didático-pedagógicas aplicadas em salas de aula na escola de rede pública Arquiteto Rogério Fróes, localizada em Fortaleza, e a sua relação com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM). Utilizou-se da pesquisa bibliográfica e exploratória, como também o uso de questionário, como principal instrumento de pesquisa. Dos resultados, observou-se que os alunos em sua maioria consideram ter um bom rendimento na disciplina de Química, mostram serem atenciosos em sala de aula, e que a aula de Química está associada com o seu cotidiano. Observou-se também que os docentes apresentaram diferentes graus de conhecimento quanto as OCEM.

PALAVRAS CHAVES: orientações curriculares, química

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, o Ministério da Educação, está empenhado em transformar o sistema educacional com o intuito de expandir e melhorar a sua qualidade e eficácia, para fazer frente aos desafios postos por uma sociedade em constante mudança. Esta transformação permite o rompimento do antigo sistema de ensino-aprendizagem praticado amplamente por parte da maioria das escolas privadas e públicas do Brasil e que resultavam, geralmente, em baixos níveis de rendimento escolar. Para isso, a Secretaria de Educação Básica, por intermédio do Departamento de Política do Ensino Médio desenvolveu as chamadas OCEM que tem como finalidade apresentar um conjunto de propostas didático-pedagógicas que possibilitam a reflexão da prática docente e suas implicações. No tocante ao ensino de Química, o desenvolvimento dessas competências e habilidades somente irá ocorrer se houver uma mudança na forma com que os conteúdos são vistos em sala de aula, na maneira com que os conhecimentos químicos são abordados no mesmo, na metodologia empregada no ensino da Química e no currículo escolar da mesma. Diante da problemática podemos quantificar e qualificar o grau de eficiência das Orientações Curriculares para o Ensino Médio a partir de dados estimados por uma pesquisa que tem como intuito analisar as práticas didático-pedagógicas utilizadas por docentes. Ao considerar os resultados obtidos pela pesquisa percebemos que de um modo geral as metodologias aplicadas em sala de aula encontram-se associadas de acordo com as OCEM o que conseqüentemente culmina em uma melhoria no nível de aprendizagem por parte dos estudantes possibilitando-os a adquirir as competências e habilidades atribuídas por eles ao longo de todo o Ensino Médio.

MATERIAL E MÉTODOS: O estudo foi realizado na E.E.F.M. Arquiteto Rogério Fróes localizada em Fortaleza-CE, e usou tanto de estratégias qualitativas quanto quantitativas. Em um primeiro momento, foi realizado um levantamento das características didático-pedagógicas específicas para cada tipo de grupo pertencente à amostra. Em seguida, no segundo momento da pesquisa, por meio de questionário como instrumento de pesquisa, foram ouvidos três professores de Química e quarenta alunos da Escola. Os docentes e os alunos constituíram dois grupos distintos dentre os quais foi aplicado os questionários específicos para cada tipo de amostragem.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com os resultados, percebe-se que os alunos assimilam muito bem os conhecimentos transmitidos pelos professores de Química, fato este em que 12,5% mostram-se com um ótimo rendimento, 50,0 % com rendimento bom e 37,5% com rendimento regular. Com relação a dispersão, os alunos apresentam uma boa concentração nas aulas de Química, visto que 62,5% revelam estar atenciosos e 37,5% são dispersos. Perguntado aos professores se há um desinteresse dos alunos em relação aos conteúdos de Química e quais os motivos, os resultados apontam que dois dos três docentes acham que há sim um desinteresse e o principal motivo alegado é relatado pelo professor X. “Os alunos acham a disciplina enfadonha e se mostram mais interessados em fazer outras atividades do que prestar atenção ao conteúdo que está sendo exposto”. Apenas um docente discorda como exemplo, a professora Y. “(...) a maioria dos alunos são interessados já que diversifico a metodologia em Química”. As sugestões que os docentes dariam para melhorar as aulas de Química são de mais aulas práticas de laboratório. Na questão perguntada sobre a opinião dos docentes acerca das Orientações Curriculares para o Ensino Médio na área de Química, as opiniões foram diversas. A professora Y. afirma: “Em geral são boas (...), mas dentro de uma pluralidade cultural de nosso país-continente é quase impossível se padronizar com limites de segurança orientações curriculares”. Já o professor X revela: “Tem que ser colocadas em prática, mas para isso existe a necessidade das autoridades competentes darem o suporte necessário para sua execução eficiente”, por sua vez, o professor Z. opina: “Excelente, pois procura diversificar o seu conteúdo e interligar com outras disciplinas e com o dia-a-dia dos alunos”.

CONCLUSÕES: De uma maneira geral, as Orientações Curriculares para o Ensino Médio são aceitáveis pelos docentes pesquisados. Encontram dificuldades quanto a sua aplicabilidade, devido à falta de recursos necessários para o seu desenvolvimento. Os estudantes desempenham melhores rendimentos quando a metodologia aplicada em sala de aula baseia-se na iniciativa proposta pelas OCEM. A contextualização e interdisciplinaridade desenvolvidos por todos os docentes retratam as atribuições que permitem que o estudante possibilite compreender aspectos gerais do meio social e cultural no qual ele está inserido.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:
PCN do Ensino Médio. Brasília: MEC/Secad, mimeo, 2005a.
_____. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Proposta para inclusão nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Brasília: MEC/Secad, mimeo, 2005b.
_____. Ministério da Educação (MEC), Secretaria da Educação Básica (SEB). Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Vol. 2, Brasília: MEC/SEB, 2006.