TÍTULO: O ENSINO DE QUÍMICA SOBRE A ÓTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

AUTORES: SILVA, A.M. (UECE) ; MESQUITA, R.L.P. (UECE)

RESUMO: Este trabalho mostra a realidade da Educação Ambiental nas escolas de ensino médio, bem como suas perspectivas para o futuro próximo. A análise do problema da questão ambiental nas escolas de ensino médio foi diagnosticada através de questionários voltados para professores, e principalmente alunos da rede pública e particular das escolas de ensino médio de Fortaleza. Responderam aos questionários 10 professores e 100 alunos de 6 escolas diferentes. Após análise da pesquisa, contatou-se que a maioria dos alunos tem consciência ambiental razoável, e que as escolas pouco fazem para incentivar os alunos às práticas ambientais. A descrição das políticas da agenda 21, conferências e tratados, assim como a Educação Ambiental merecem maior atenção e cuidado quando se trata do âmbito escolar.

PALAVRAS CHAVES: educação ambiental

INTRODUÇÃO: Ao longo dos séculos, a humanidade desvendou, conheceu, dominou e modificou a natureza para melhor aproveitá-la. Os problemas têm-se multiplicado, colocando em perigo o futuro do planeta. A modernização agrícola e seu desenvolvimento técnico geraram o aumento da degradação ambiental, uma aceleração da degradação do solo por uso indiscriminado de agrotóxicos e fertilizantes químicos. Atualmente, a emissão de gases poluentes na atmosfera é a principal preocupação da sociedade científica, o que já é de conhecimento de grande parte da população. A conservação da qualidade do meio ambiente e conseqüentemente, da qualidade de vida tem sido uma preocupação da sociedade desde há muito tempo. Intensifica-se, com isto, a demanda por atividades que estimulem o desenvolvimento de uma consciência ambiental. A escola é um espaço privilegiado para estabelecer conexões e informações. A educação ambiental surgiu no propósito de amenizar todos esses problemas, tornou-se obrigatória em todos os níveis do ensino formal da educação brasileira, por meio da lei 9.795, de 27 de abril de 1999. O ensino de Química no âmbito da educação ambiental pode ser uma ferramenta muito útil e eficaz para viabilizar e dar praticidade a execução de atividades em educação ambiental, por estarem intimamente ligados. Esta pesquisa tem o intuito de oferecer reflexões para que, subseqüentemente, contribuam para a inserção de práticas educacionais voltadas para um novo relacionamento homem-homem e homem-natureza, baseado em valores éticos, culturais e outros que possam melhorar a qualidade de vida no planeta.

MATERIAL E MÉTODOS: Este trabalho de pesquisa caracteriza-se como um estudo que foi desenvolvido em seis escolas de ensino médio da rede pública e particular da cidade de Fortaleza. Os sujeitos desta pesquisa são alunos e professores do Ensino Médio de algumas escolas de Fortaleza. Dela participaram 100 alunos e 10 professores, que foram escolhidos aleatoriamente. A pesquisa desenvolveu-se com a aplicação de dois questionários, um destinado aos 100 alunos e outro aos 10 professores, que consta de 8 questões, consistindo em 4 objetivas e 4 subjetivas conforme Os dados coletados das questões objetivas foram organizados em tabelas e foram analisados criteriosamente de maneira a subsidiar qualitativamente esta investigação.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: A amostra em estudo está representada por 50,8% do sexo feminino e 49,2% do sexo masculino, com 91,2% dos alunos na faixa etária de 15 aos 18 anos. Questionados sobre os problemas ambientais, 88,9% dos alunos declararam se sentir com sua existência. Se considerarmos aqueles itens que tiveram mais de 75% de respostas, ou seja, poluição das águas (88,0%), esgoto a céu aberto (76,0%), fumaça de cigarros (78,4%), lixo a céu aberto (81,2%); fumaça de chaminés (85,6%), contaminação do solo (81,6%) e cortes de árvores e queimadas (85,6%), parece-nos bastante claro que os alunos participantes da pesquisa tem uma visão bastante clara dos problemas ambientais que afetam a humanidade. 76,5 % responderam que o povo deve ajudar a resolver os problemas ambientais. Em segundo lugar aparecem as organizações ecológicas (64,3 %), seguidas pelas comunidades (63,5%) e pelo governo (62,6%). Com números aproximados aparecem as Associações de Bairro (55,7%) e as Escolas (52,2%). Perguntados aos professores sobre a existência de projetos ambientais na escola em que trabalham 50% dos professores afirmaram haver projetos ambientais na sua escola e outros 50% responderam que não. Sobre a participação e o envolvimento dos seus alunos nos projetos ambientais da escola, 50% responderam que seus alunos têm boa participação nos projetos, já 25% responderam que a participação dos alunos é apenas razoável, e outros 25% responderam que os alunos têm pouco envolvimento nos projetos ambientais. Diante da demonstração dos resultados, pensamos que a pesquisa realizada foi de grande valia e útil para a sociedade.

CONCLUSÕES: Na consideração dos problemas ambientais os alunos demonstraram um bom conhecimento haja vista a existência de percentuais em todos os itens apresentados. O elevado percentual para a poluição das águas e esgoto a céu aberto é um indicador da consciência ecológica dos alunos. Um dos grandes desafios, hoje, em relação à educação ambiental, é no sentido de que ela não seja inserida nas escolas exclusivamente como um modismo, mas, sobretudo que venha atender às necessidades criadas em função das mudanças originadas pelo desenvolvimento vigente.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BARBIERI, J. C. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias de mudanças da Agenda 21. 4.ed. Petropólis, Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, Coordenação de Educação Ambiental. A implantação da Educação Ambiental no Brasil, Brasília, 1998.
ONU, Promoção de ensino, da conscientização e treinamento. Agenda 21. ( on line ) Rio de Janeiro, 1992 Disponível em: < www.marinasilva.gov.br. Acesso em 20 de setembro de 2007.
REIGOTA, M. O que é Educação Ambiental. 1.ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 2001.
TOZONI-REIS, M. F. C. Educação ambiental: natureza, razão e história. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2004.