TÍTULO: A sensibilização e a capacitação em LIBRAS, de acadêmicos de química para um ensino adequado a alunos com limitações auditivas.

AUTORES: J.V.C. TAVARES (IFPA) ; EDINÉIA MOTA (IFPA) ; VANESSA CORDEIRO (IFPA)

RESUMO: O objetivo da inclusão social é agregar o indivíduo na sociedade dando suporte para que as relações sociais aconteçam. O ponto importante sobre a inclusão social é percebemos que o fato de incluir significa também, que devemos capacitar e sensibilizar, as pessoas, dentre elas, os futuros educadores de química, para que ainda na academia sejam sensibilizados sobre as limitações de seus futuros alunos, principalmente os com deficiência auditiva e capacitá-los com oficinas de ensino de LIBRAS com sinais direcionados ao ensino de química.É claro que o trabalho de sensibilização e capacitação tem de ser contínuo incentivando os acadêmicos a buscar o contato com os alunos durante os estágios, e até mesmo após a conclusão do curso.

PALAVRAS CHAVES: sensibilização, capacitação e inclusão

INTRODUÇÃO: Hoje muito se houve falar em inclusão social, sempre mostrando as disparidades entre escolas públicas e particulares, e nos mais diversos setores da sociedade, e também na mídia como um atual aliado na difusão dessa idéia que tanto é importante para o desenvolvimento da nação como para o crescimento pessoal dos cidadãos. A troca de conhecimentos que será adquirido através da inclusão social é vantajosa para todos, tanto para aqueles que ensinam como também para aqueles que aprendem. É o que veremos neste estudo, como a inclusão social vai além de um rótulo que foi dado a ela, é o que podemos chamar de processo de atitudes afirmativas, no sentido de inserir os menos favorecidos no contexto social, como os deficientes auditivos. É através da troca do conhecimento em sala de aula que ninguém sairá perdendo, todos ganham de alguma forma, seja ela através do conhecimento teórico ou também do conhecimento afetivo adquirido em determinadas situações.E é nessa perspectiva que o nosso trabalho tem como objetivos,sensibilizar e envolver a comunidade escolar em particular sobre os objetivos da inclusão,sensibilizar e envolver desde o primeiro semestre os alunos de licenciatura em química para a consciência da inclusão das pessoas com deficiência auditiva,demonstrar para o professor como ele deve ministrar uma aula que abrange alunos tanto os deficientes auditivos quanto os ouvintes,Mostrar para o professor como ele deve utilizar uma metodologia que facilite o entendimento de química respeitando as limitações dos deficientes auditivos.Tendo como justificativa propagar a sensibilização e a mobilização dos profissionais na área da educação, neste caso dos profissionais licenciados plenos em química. Voltando-nos exclusivamente para a importância da inclusão dos deficientes auditivos.

MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido em um horário reservado pela instituição. Primeiramente com uma palestra, sobre inclusão socia,l utilizando data show, vídeos e uma pequena encenação no final, onde o grupo assistiu uma explicação de um dos palestrantes em libras sem um tradutor, o grupo sentiu na pele o que é a exclusão, iniciava ai a sensibilização. Em um próximo encontro os alunos foram orientados por profissionais que convivem todos os dias com os deficientes e ouviram relatos de pais, que enfrentam a realidade de seus filhos. Durante as visitas nas referidas instituições que atendem os deficientes na cidade.O professor de ensino superior que foi uma psicóloga orientou a turma a escrever ou gravar as informações importantes para discutir em sala de aula. As diferentes deficiências e como é o trabalho de assistências das instituições.
Em um outro momento o professor apresentou os alunos a LIBRAS, a língua dos surdos, que por apresentar peculiaridades de região para região e de país para país precisa ser trabalhada primeiramente localmente e se for de interesse abranger até a linguagem internacional de LIBRAS. Foi mostrado também como se procede o ensino de LIBRAS com o auxílio de um surdo e um intérprete.
Os alunos continuaram a aprender a linguagem dos surdos em outras aulas e como se dá o processo de aprendizagem de um aluno surdo, nas diferentes ciências. E de forma prática começou-se o ensino de um vocabulário em LIBRAS mais propício para ensiná-los com sucesso as peculiaridades de cada ciência.Os alunos se reúniram em grupos grandes para começar a discutir a apresentação de seminários.
Os alunos apresentaram os seus seminários no auditório da instituição com o título de seminário integrador, para os outros curso superiores do Instituto federal do Pará.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os acadêmicos de química, conheceram os reais objetivos da inclusão e como ela está estruturada hoje no Brasil. Passaram por inúmeras sessões de sensibilização sobre as inúmeras limitações de alunos com deficiência, através de contatos diretos com alunos com deficiência auditiva. Foram capacitados em LIBRAS com sinais específicos ao ensino de química,para que o entendimento do aluno fosse completo principalmente em aulas práticas de laboratório, onde ocorre a maior dificuldade de aprendizado por parte dos alunos. E uma grande parcela mostrou interesse em complementar seu aprendizado com curso de intérprete e tradutor (duração seis meses),afim de futuramente atender e entender bem os seus alunos, uma iniciativa louvável para o ensino de química de qualidade.O curso na época foi oferecido na própia instituição IFPA (Instituto Federal do Pará), com profissionais advindos de instituições que oferem assistência técnica aos alunos com limitações auditivas.A implantação do projeto foi bem aceita na instituição de ensino superior e estes resolveram fixar uma disciplina nos trâmites curriculares do curso com o nome de educação especial e LiBRAS.O uso da capacitação passou a ser utilizada pelos alunos em suas aulas de estágio em escolas públicas com turmas com alunos surdos e ouvintes sem a necessidade de um intérprete, dando destaque as aulas de laboratório, que transcorreu sem maiores dificuldades.O entendimento dos alunos surdos melhorou, a disciplina que era vista como difícil, agora estava mais acessível a eles.








CONCLUSÕES: Os acadêmicos de química mostraram interesse em seguir adiante essa capacitação, buscando complementá-la com cursos de tradutor e intéprete em LIBRAS em instituições que oferecem apoio aos alunos com limitações auditivas. Afim de futuramente atender e entender os seus futuros alunos de forma completa. A instituição reconheceu o projeto como indispensável aos curso de licenciatura e resolveu implantar a iniciativa como disciplina nos trâmites currículares dos cursos de licenciatura.

AGRADECIMENTOS: Ao nosso coordenador Adjair Correa pelo apoio dado no início do projeto. E Aos nossos professores de LIBRAS, Arlindo Gomes, Ellen Susan e Marcos Luiz.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ATIVIDADES E RECURSOS PEDAGÓGICOS PARA OS DEFICIENTES DA AU-DIÇÃO. MEC/CENESP/UFRJ, 1993.
CENTRO EDUCACIONAL DE AUDIÇÃO E LINGUAGEM “LUDOVICO PAVO-NI” - CEAL-LP. A articulação da fala para deficientes auditivos - Brasília- s/d. Produzindo sons - Brasília DF s/d; A leitura labial - Brasília, DF s/d; Ritmos Fo-néticos - Brasília DF s/d (apostilas didáticas)
CENTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL - CENESP. Proposta Curricular para deficientes auditivos. Brasília: MEC/Departamento de Documentação e Di-vulgação, v. 1 e 2, 1979.
Ministério da Educação – Salto para o Futuro : Educação Especial : tendências
atuais / Secretaria de Educação a Distância. Brasília : Ministério da Educação,
SEED, 1999.
BARBOSA, Heloiza. POR QUE INCLUSÃO?. Mestre em Educação Especial
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