TÍTULO: JOGO DIDÁTICO COMO RECURSO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM DE ALGUNS CONTEÚDOS DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO.

AUTORES: REIS, S.M. (UERN) ; SILVA, L.M. (UERN) ; CRUZ.K.C.A. (UERN) ; FILHO, J.R.L. (UERN) ; COSTA, P.H.C.S. (UERN) ; TARGINO, O. (UERN) ; SOUZA,L. (UERN)

RESUMO: Este trabalho descreve a experiência na elaboração e aplicação de do jogo “Máster Química” e atividades lúdicas no Ensino de Química, com alunos do Ensino Médio em uma escola da rede pública do município de Mossoró no estado do Rio Grande do Norte. O jogo, aplicado na sala de aula como forma de complemento no processo de ensino-aprendizagem, serve como subsídio nesse processo, levando o lúdico a alunos e professores. Com isso, tornam as aulas em conhecimento e diversão de maneira mais descontraída e atrativa, é instrutivo e aguça a curiosidade. Ao mesmo tempo os alunos estão se divertindo e estudando.

PALAVRAS CHAVES: conceitos químicos; atividades lúdicas; aprendizagem.

INTRODUÇÃO: O jogo didático surge como uma alternativa para o professor, como modo de motivar o aluno para o estudo da química, tirando-o de uma atitude passiva em sala de aula, aproximando o professor e o aluno, facilitando o processo de ensino-aprendizagem (ALMEIDA, 1981). Este recurso usado para preencher lacunas no processo de aprendizagem do aluno tem sua importância justificada no ambiente escolar pela sua capacidade de impulsionar o aluno a construir ativamente seu aprendizado, levando-o ao prazer e ao esforço espontâneo. A Química, nessa situação, torna-se uma matéria maçante e monótona, fazendo com que os próprios estudantes questionem o motivo pelo qual ela lhes é ensinados, pois a química escolar que estudam é apresentada de forma totalmente descontextualizada. Uma proposta que contribui para a mudança desse ensino tradicional é a utilização de jogos e atividades lúdicas. O uso dessas atividades no Ensino de Ciências ou de Química é recente tanto nacional como internacionalmente. O objetivo dos jogos ou das atividades lúdicas não se resume apenas a facilitar que o aluno memorize o assunto abordado, mas sim a induzi-lo ao raciocínio, à reflexão, ao pensamento e, conseqüentemente, à (re) construção do seu conhecimento (RUSSELL, 1999).

MATERIAL E MÉTODOS: Foi elaborado um tabuleiro, cartões perguntas-respostas e uma cartilha com repostas e discussões. No jogo cada participante irá lançar o dado no tabuleiro e andará o número de casas indicadas e cada um desses participantes irá responder as perguntas. Inicialmente, foi exposto pelo professor teoricamente o assunto em sala de aula para a turma. Em seguida, explicou-se como funciona o jogo. Foi entregue aos alunos o “Máster Química” com os assuntos referentes aos já expostos com o objetivo de motivar e estimular o debate entre eles com o fim de fixar os conteúdos e correlacionar com exemplos do cotidiano. O jogo permite certa flexibilidade, pois pode ser adequado para diversos níveis de dificuldade. O Jogo foi e pode ser realizadas em dupla, ou mais pessoas com o auxilio, se necessário, do professor.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A proposta de utilização e da aplicação do “Máster Química” como método de ensino alternativo, complementar e lúdico para auxiliar na transmissão do conhecimento é de grande relevância tanto para o professor quanto para o aluno. A aplicação do jogo voltado para o ensino na escola supriu algumas dificuldades encontradas na compreensão de alguns conteúdos explorados em sala de aula. A utilização do jogo não representa um momento de lazer para o aluno sem um fim educativo, mas uma forma alternativa de transmitir o conteúdo, solidificando o conhecimento já apresentado em aulas expositivas anteriores. A aplicação do jogo didático foi realizada, em uma escola estadual de ensino médio no estado do Rio Grande do Norte, na cidade do Mossoró. Durante a realização do jogo a turma mostrou bastante interesse, visando duas perspectivas: as regras do jogo e o reconhecimento da teoria já vista. Os alunos que já tinham noção de alguns jogos e apresentaram maior facilidade em responder as perguntas, mas em geral os resultados foram positivos e os objetivos foram então atingidos.



CONCLUSÕES: Este recurso usado no cotidiano dos professores oferece estímulo para propiciar o desenvolvimento espontâneo e criativo dos alunos além de permitir que o professor amplie seus conhecimentos sobre técnicas de ensino e desenvolva suas capacidades pessoais e profissionais, estimulando-o a recriar sua prática pedagógica (BRASIL, 1999).O jogo apresenta um diferencial no âmbito da comunidade de profissionais voltados ao Ensino de Química no Brasil, pois os jogos são elementos muito valiosos no processo de apropriação do conhecimento, permitindo o desenvolvimento de competências no âmbito da comunicação, das relações interpessoais, da liderança e do trabalho em equipe e utilizando a relação cooperação/competição em um contexto formativo.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ALMEIDA P. N. de. Dinâmica Lúdica: Técnicas e Jogos Pedagógicos. 3. ed.. São Paulo: Loyola, 1981.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnologia, Ministério da Educação. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. In: Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 1999.

BORGES, R.M.R.; SCHWARZ, V.O. O Papel dos jogos educativos no processo de qualificação de professores de ciências. In: ENCONTRO IBERO-AMERICANO DE COLETIVOS ESCOLARES E REDES DE PROFESSORES QUE FAZEM INVESTIGAÇÃO NA ESCOLA, 4. Lajeado, RS, 2005.

CABRERA, W.B.; SALVI, R. A ludicidade no Ensino Médio: Aspirações de Pesquisa numa perspectiva construtivista. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 5. Atas , 2005.

CRUTE, T. D. Classroom nomeclature Games- BINGO. Journal of Chemical Education, v.77, n.4, p.481, 2000.

RUSSELL. J. V. Using games to teach chemistry- an annotated bibliography. Journal of Chemical Education, v.76, n.4, p.481, 1999.