TÍTULO: ANÁLISE DO ENSINO DE QUÍMICA AMBIENTAL NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ARNALDO MAROJA

AUTORES: FILHO,G.P.O (UEPB) ; FERNANDES,D,D,S (UEPB) ; BEZERRA, A,F. (UEPB) ; ANSELMO,G,C,S. (UFCG)

RESUMO: Objetivo
O trabalho visa fazer uma análise da situação relativa ao conhecimento de química ambiental na escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Arnaldo Maroja localizada na cidade de Salgado de São Félix – PB.
Metodologia
Para a coleta de dados foi usada a metodologia proposta por Cunha (1982). Foi aplicado um questionário com 12 perguntas sobre dois temas: Aquecimento Global e Camada de Ozônio, e assim se procurou avaliar o conhecimento dos alunos sobres os temas ambientais propostos.Tratou-se de um estudo exploratório, de caráter descritivo com abordagem qualitativa.


PALAVRAS CHAVES: química, meio ambiente, consciência ambiental

INTRODUÇÃO: No presente trabalho é analisado o conhecimento ou a “idéia” do que se tem sobre química ambiental por parte do corpo discente da escola estadual Arnaldo Marajó. Onde se procurou identificar o nível de conehcimento a respeito da química ambiental e como se pode desenvolver o processo ensino-aprendizagem, seguindo as concepções de Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente – CTSA, com uma abordagem dialógico-problematizadora. Foi constatado que cerca de 43% do corpo discente da 8ª série não conhece sobre o tema aquecimento global, e que poucos sabem descrever sobre os processos físico-químicos que acontecem com tais fenômenos da natureza. Podem-se considerar dois fatores para o desconhecimento desses fenômenos, onde se tem um fator de falta de saber ambiental e outro de metodologias ainda não exploradas capazes de promover a convivência dos alunos com temas químico-ambientais através de temas geradores ambientais sugeridos por Ressetti (2000)
A Química é tida geralmente como causadora de grandes impactos ambientais, sendo associada a vários aspectos negativos e prejudiciais como poluição, venenos, inseticidas, conservantes, aditivos, agrotóxicos, etc. Porém quando direcionada adequadamente, através da Química Ambiental, passa a ser vista de modo positivo. Desta forma os educandos percebem que a mesma é uma disciplina indispensável para a correta compreensão dos problemas atuais e para poder agir sobre os mesmos e solucioná-los. Eles passam então a perceber que o conhecimento químico e científico é indispensável para se obter soluções para os grandes problemas que afligem a humanidade atualmente.

O modelo de desenvolvimento econômico caracteriza-se por seu caráter destrutivo, através da utilização desordenada dos recursos naturais em larga escala por anos afins.

MATERIAL E MÉTODOS: O presente trabalho foi desenvolvido na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Realizou-se a pesquisa em diversos bancos de dados ambientalistas, como também em artigos sobre educação ambiental e química ambiental. Foi Verificado propostas de diversos trabalhos científicos sobre o ensino da química no contexto ambiental, e os resultados obtidos com os alunos quando se emprega a metodologia de temas voltados a realidade ambiental no mundo.

Para a coleta de dados foi usada a metodologia proposta por CUNHA, 1982.

Foi aplicado um questionário com 12 perguntas sobre dois temas: Aquecimento Global e Camada de Ozônio, e assim se procurou avaliar o conhecimento dos alunos sobres os temas ambientais propostos.

Tratou-se de um estudo exploratório, de caráter descritivo com abordagem qualitativa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: No gráfico são apresentados os resultados das respostas dos alunos da 8ª série sobre o tema aquecimento global. Foi observado que um número significativo dos alunos não sabia responder as questões propostas (43%) e que apenas 17,8% responderam satisfatoriamente as perguntas, demonstrando a falta de conhecimento sobre o tema. Este fato reforça que se deve ter uma maior preocupação com ensino-aprendizagem dos alunos, como observado por Resseti (2000), onde descreve que o ensino de ciências em geral, e em especial de química, deve apresentar uma reocupação com aspectos relativos à cidadania utilizando temas de interesse social, derivados do cotidiano, associando aspectos tecnológicos e sócio-econômicos. Deve-se procurar transmitir o conhecimento químico juntamente com uma formação crítica, que permite a reflexão sobre suas implicações sociais e ambientais. Esta é uma preocupação em nível mundial, constante no denominado ensino de CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade).

Figura 1. Gráfico contendo os resultados das respostas do questionário sobre aquecimento global aplicado aos alunos da 8ª série.

Já sobre o tema Camada de Ozônio, o desempenho foi desastroso, pois apenas 3,6% das perguntas tiveram respostas satisfatórias, e que 82% não conseguiram responder as questões, como apresentados na Figura 2.
Conclui-se que:

* Foi observado que um número significativo dos alunos não sabia responder as questões propostas (43%) e que apenas 17,8% responderam satisfatoriamente as perguntas, demonstrando a falta de conhecimento sobre o tema.
* A formação docente atual,concebe e constrói o professor como técnico, pois entende a atividade profissional como essencialmente instrumental dirigida para a solução de problemas mediante a aplicaçao de teorias e tecnica.





CONCLUSÕES: Conclui-se que:

* Foi observado que um número significativo dos alunos não sabia responder as questões propostas (43%) e que apenas 17,8% responderam satisfatoriamente as perguntas, demonstrando a falta de conhecimento sobre o tema.
* A formação docente atual, segundo o modelo brasileiro concebe e constrói o professor como técnico, pois entende a atividade profissional como essencialmente instrumental dirigida para a solução de problemas mediante a aplicação de teorias e técnicas.
* Com os resultados obtidos do questionário observou-se que pouco se tem relacionado com o ensino da química voltado para consciência ambiental, e mesmo com os novos parâmetros curriculares estabelecidos no país, nada se consta da preocupação com o meio ambiente.


AGRADECIMENTOS: A direçao da E.E.E F.M. ARNALDO MAROJA,a professora Fatima pela coleta dos dados,aos alunos participantes e em geral aos que acreditaram que seria possivel.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Carvalho, I.C.M. Educação, meio ambiente e ação política. In:ACSELRAD,H (Org) Meio ambiente e democracia. Rio de Janeiro, IBASE, 1992.

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Sucena, Maria da Graça Teixeira. Formação de professores e educação ambiental: um estudo nas séries iniciais. Rio Grande, 1998. 237 p. Dissertação (Programa de Mestrado em Educação Ambiental) - FURG.