TÍTULO: A QUÍMICA ORGÂNICA E SUA RELAÇÃO COM A QUÍMICA DOS ALIMENTOS, A PARTIR DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA.

AUTORES: NASCIMENTO,K.N.S. (IF-SERTÃO PE) ; ANDRADE,A.P. (IF-SERTÃO PE) ; GOMES,A.M. (IF-SERTÃO PE) ; SILVA,E.C. (IF-SERTÃO PE) ; NASCIMENTO,E.C.V. (IF-SERTÃO PE) ; BEZERRA,S.B. (IF-SERTÃO PE) ; CARVALHO,G.L. (IF-SERTÃO PE) ; SILVA,I.B.A (IF-SERTÃO PE) ; BEZERRA,J. (IF-SERTÃO PE) ; AGUIAR,L.O. (IF-SERTÃO PE)

RESUMO: A partir de uma visita feita à Escola Estadual Eduardo Coelho, localizada à rua Profª Zélia Matias, bairro São José, Petrolina - PE, foi realizada a aplicação de um diagnóstico com alunos do ensino médio e da EJA, detectando-se, dessa forma, a presença de uma série de dificuldades, como: ausência de professores licenciados em química, dificuldades na aprendizagem em química e falta de atração à disciplina. No intuito de promover mudanças referentes às posturas em relação à química orgânica, assunto abordado no projeto, bem como, analisar a eficiência de alguns mecanismos didáticos na construção do conhecimento, as alunas do quarto período do curso de Licenciatura em Química do IF - Sertão - PE, desenvolveram o projeto QUÍMICA QUE ALIMENTA.

PALAVRAS CHAVES: química, reutilização, intervenção

INTRODUÇÃO: A química orgânica exerce grande influência no nosso cotidiano, já que, suas aplicações relacionam-se intrinsecamente com a química dos alimentos. Entende-se que há relação causa/efeito entre os produtos químicos acrescentados à alimentação e a predisposição ao desenvolvimento de doenças. Pesquisas dispostas no site www.sonutricao.com.br, mostraram que 30 a 50% das crianças com sintomas de hiperatividade apresentaram considerável melhora de comportamento quando foram retirados do seu cardápio alimentos ricos em aditivos químicos, particularmente, corantes. Por outro lado, ressalta-se que, por exemplo, a ausência de determinada quantidade de sais minerais pode incorrer em disfunções orgânicas. Torna-se necessário desenvolver aulas que proporcionem aos educandos e a comunidade, o conhecimento dos benefícios e malefícios advindos da química orgânica. No intuito de promover mudanças referentes às posturas em relação ao acima exposto, como também, analisar a eficiência de mecanismos didáticos na construção do conhecimento, as alunas do 4º período do curso de Licenciatura em Química, desenvolveram o projeto QUÍMICA QUE ALIMENTA, vivenciado na Escola Estadual Eduardo Coelho, tendo como público, alunos da 2ª Fase da E.J.A. e do 3º ano do E. Médio.
De acordo com Vasco Pedro Moretto(2010), conhecimento diz respeito a informações interiorizadas pelo sujeito cognoscente e essas informações, junto às demais existentes numa rede de informações lógicas e significativamente relacionadas, passam a ter significado novo, no contexto desta rede. Diante dessa afirmativa, foram planejadas e executadas ações de experimentação de artifícios pedagógicos que pudessem dar novos significados ao que é veiculado na escola e fora dela, buscando também, amenizar dificuldades detectadas.

MATERIAL E MÉTODOS: Segundo Danilo Gandin (2008), se pensarmos a educação escolar como processo que faz parte da construção de uma sociedade e das pessoas que a compõem, se compreendermos que muito conteúdo preestabelecido é completamente domesticador ou inútil, então precisaremos muito do planejamento. Entendendo o ato de planejar como essencialmente importante, o primeiro passo foi construir um plano, a ser desenvolvido em três etapas: diagnóstico, intervenção e análise dos resultados.
(...) O diagnóstico é, sempre, um julgamento da realidade e da prática, à luz de um referencial. A intermediação entre o pensar e o agir é feita pelo diagnóstico. (Danilo Gandin, 2008)
Por meio de diagnóstico aplicado na Escola Estadual Eduardo Coelho, com alunos do terceiro ano do Ensino Médio e da Segunda Fase da Educação de Jovens e Adultos, as licenciandas detectaram a necessidade de desenvolver ações pedagógicas que proporcionassem aprofundamento dos assuntos abordados na perspectiva da temática QUÍMICA QUE ALIMENTA e envolvimento do público alvo do referido projeto. Na etapa seguinte, foram realizadas intervenções, como, aplicação de atividades práticas abordando a química orgânica (encolhendo o isopor e identificando o amido), realização de dinâmicas (caixa surpresa, papel amassado e produção de paródias) e dramatização referente a química dos alimentos (A guerra dos alimentos) e oficinas de reutilização de partes dos alimentos que, normalmente, são descartadas pela população (culinária alternativa).



RESULTADOS E DISCUSSÃO: O projeto QUIMICA QUE ALIMENTA provou a necessidade existente no ambiente escolar, de informações contextualizadas e de ações pedagógicas mais voltadas às necessidades e possibilidades dos alunos. Pôde-se perceber o envolvimento dos alunos na realização das atividades, desde a abordagem teórico-prática dos assuntos inerentes ao projeto até a produção de conhecimento pelos alunos, demonstrada através da elaboração de paródias, em que sintetizaram tudo o que haviam aprendido neste processo.

CONCLUSÕES: O projeto QUIMICA QUE ALIMENTA proporcionou aos alunos da E.E.E.C., novas formas de aprender a disciplina Química e às alunas do curso de Licenciatura em Química do IF - PE, o desenvolvimento de uma postura pedagógica e voltada á contextualização da práxis docente. Segundo Nelson O. Beltran, 1991, é com demonstrações práticas, bem feitas que se pode controlar variáveis e chegar a generalizações e explicações. Portanto, o trabalho desenvolvido possibilitou a mudança em relação à visão que se tinha do ensino das ciências e rompeu barreiras existentes entre o ensino teórico e o experimental.

AGRADECIMENTOS: Agradecemos à Deus pela força, ao IF – Sertão – PE, à Escola Estadual Eduardo Coelho e a nossa orientadora Luzanilde Aguiar pela atenção e contribuição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: www.sonutricao.com.br;
BELTRAN, Nelson Orlando. Química – Coleção magistério 2º grau. Série formação geral.São Paulo: Cortez, 1991.
GANDIN, Danilo. Planejamento na Sala de Aula - 8ª ed. Petrópolis, RJ, Vozes, 2008.
MORETTO,Vasco Pedro. Planejando a Educação para o Desenvolvimento de Competências. Petrópolis, RJ, 2010.