TÍTULO: RELATO DE ATIVIDADE NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR ENTRE AS DISCIPLINAS QUÍMICA E HISTÓRIA

AUTORES: HORA, P. H. A. (IFPB) ; TAVARES, M. R. S. (IFPB) ; SILVA, A. L. (IFPB) ; SÁ, A. M. (IFPB) ; LORENZO, J. G. F. (IFPB) ; SANTOS, M. L. B. (IFPB) ; WANDERLEY. L.P.M. (IFPB)

RESUMO: Neste relato de experiência é transcrito o desenvolvimento de um trabalho
interdisciplinar envolvendo disciplinas que antes pareciam distantes e sem correlação
alguma: química e história. Tal atividade foi trabalhada na disciplina “estágio
supervisionado” em escolas da rede estadual de ensino da Paraíba por bolsistas do
programa PIBID.

PALAVRAS CHAVES: interdisciplinaridade; história da química

INTRODUÇÃO: Na rede estadual de ensino da Paraíba, os alunos somente começam a cursar a
disciplina química a partir do 1° ano do ensino médio. Ao iniciar o ensino médio o
aluno se depara com esse novo leque de disciplinas sem ter qualquer base para tal. De
forma clara, é notória a grande dificuldade dos alunos em conteúdos cujos
conhecimentos abordados apresentam-se de forma mais complexa, mas que fazem parte
desta base necessária para o decorrer do curso de química no ensino médio. É exemplo
desse assunto o conteúdo “modelos atômicos”. Cabe ao professor o desenvolvimento de
metodologias de ensino eficazes para que tais conteúdos sejam adquiridos pelo aluno
da forma mais simples e objetiva possível, além disso, práticas de ensino inovadoras
acabam por motivar o aluno para aprendizado daquela disciplina considerada chata e
difícil. Esse trabalho mostra um relato de experiências vivenciadas através de
prática interdisciplinar, cujo objetivo foi à integração de conhecimentos
complementares referentes a cada disciplina trabalhada.


MATERIAL E MÉTODOS: Levando-se em conta um contexto histórico da evolução do pensamento atômico desde a
antiga Grécia até a mecânica quântica, foi criado um plano de atividade
interdisciplinar, onde cada conteúdo de ambas as disciplinas foi ministrado de forma
complementar a outra e vice e versa. Uma “linha do tempo” foi criada com o objetivo de
não criar confusões nos alunos com as informações expostas. Essa “linha do tempo” foi
dividida de acordo com os modelos atômicos existentes e seus respectivos contextos
históricos (época, civilização, tecnologias, etc). Após o período de aulas
interdisciplinares, foi aplicado um exercício de verificação da aprendizagem e foi
realizada uma entrevista com cada aluno sobre aspectos motivacionais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: De forma aberta cada aluno foi questionado a respeito da atividade, onde cada um teve
toda e qualquer liberdade para realizar suas críticas, bem como inferir sugestões para
melhoria da atividade. A grande maioria dos alunos aprovou a atividade, pois se trata
de algo novo e nunca visto por eles em suas vidas como estudantes. Alguns poucos
alunos, claro, criticaram e não viram proveito na atividade, entretanto de forma
unânime todos obtiveram um excelente desempenho no exercício de verificação de
aprendizagem. Realizando-se uma comparação com turmas nas mesmas escolas, que não
participaram da proposta, observou-se um desempenho esmagador no resultados adquiridos,
mostrando grande eficácia na proposta desenvolvida.

CONCLUSÕES: Esse relato é um exemplo de que novas práticas de ensino exercem um papel culminante no
difícil e complexo processo de ensino-aprendizagem, bem como de motivação. A partir dos
dados obtidos, cujos objetivos foram satisfatoriamente atingidos, a
interdisciplinaridade atua como um instrumento bastante favorável e eficiente no
ensino. Cabe ao facilitador o desenvolvimento de novas estratégias que facilitem o
aprendizado e despertem no discente um maior interesse e prazer na ciência química.

AGRADECIMENTOS: os autores agradecem ao programa PIBID/CAPES pelo suporte financeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. MEC. SEF. Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio. Brasília, 1998.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394, 20 de dezembro de 1996.