TÍTULO: A UTILIZAÇÃO DE TEXTOS COMPLEMENTARES PARA O ENSINO DE QUÍMICA: UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR

AUTORES: LIMA, R.A (UNIR) ; BENARROSH, P.F.P.M. (FSL)

RESUMO: Este trabalho teve como objetivo verificar a importância de textos complementares na aula de química no 9º ano do ensino fundamental em uma escola pública no município de Porto Velho-RO. O estudo foi realizado com 38 alunos, aplicando textos complementares diariamente nas aulas de química com os conteúdos aplicados dentro da sala de aula, são eles: substâncias puras e misturas e os estados da matéria. Durante o tempo de pesquisa foram coletadas informações e relatos de experiências pelos alunos para se obter os conhecimentos básicos de cada tema abordado. Como resultado, demonstrou-se a grande importância de se trazer para dentro da sala de aula textos que complementem o ensino de química com o livro didático sem deixar de ensinar os conteúdos necessários contidos no calendário escolar.

PALAVRAS CHAVES: ensino-aprendizagem. professor. multimídia.

INTRODUÇÃO: A grande maioria dos livros didáticos de ciências para o 9º ano traz unidades exclusivas aos conteúdos de química e física. Dividir o programa escolar entre essas duas ciências é uma herança de meados do século XX, quando até então houve, oficialmente, a predominância do modelo tradicional de ensino, caracterizada pela transmissão e recepção de informações (MILARÉ & ALVES-FILHO, 2009). Porém, um dos maiores desafios do ensino da química, nas escolas de nível fundamental e médio, é construir uma ponte entre o conhecimento escolar e o mundo cotidiano dos estudantes (CAVALCANTI et al. 2009). Com isso, a busca por novas metodologias e estratégias de ensino para a motivação da aprendizagem, que sejam acessíveis, modernas e de baixo custo, é sempre um desafio para os professores (ROSA & ROSSI, 2008). Assim, vários outros trabalhos que utilizaram textos complementares para o ensino de ciências e química, relatam que houve grandes avanços tanto na compreensão dos conteúdos trabalhados, assim como no relacionamento entre alunos e professores. Para Chassot (1993), a química que se ensina deve ser ligada à realidade, entretanto, muitas vezes, os exemplos que são apresentados aos estudantes desvinculam-se do cotidiano. Atualmente, a utilização de textos complementares com temas diferentes para se ensinar química tem sido uma das melhores maneiras encontradas pelos professores para chamar a atenção dos alunos, fazendo com que estes se interessem pelo conteúdo. Diante desta problemática, este trabalho teve como objetivo verificar a importância de textos complementares na aula de química no 9º ano do ensino fundamental em uma escola pública no município de Porto Velho-RO.

MATERIAL E MÉTODOS: O estudo foi realizado com 38 alunos, aplicando textos complementares diariamente nas aulas de química dentro da sala de aula com os conteúdos relacionados, são eles: substâncias puras e misturas e os estados da matéria. Durante o tempo de pesquisa foram coletadas informações e relatos de experiências pelos alunos para se obter os conhecimentos básicos de cada tema abordado. Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter os procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição dos conteúdos dos textos complementares utilizados na sala de aula permitiram a inferência de conhecimentos relativos às concepções que os alunos já tinham sobre o assunto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a leitura e análise exaustiva das respostas constantes por meio dos diálogos com os textos complementares debatidos em sala de aula nas aulas de química, foi possível conhecer as noções dos estudantes no que se refere à substâncias puras e misturas e os estados da matéria relacionadas com o seu cotidiano. No entanto, eles não tinham conhecimento necessário das estruturas dos compostos, tipos de ligações, localização dos elementos químicos na tabela, os estados físicos da matéria, etc. Além disso, demonstrou-se a grande importância de se trazer para dentro da sala de aula textos que complementem o ensino de química com o livro didático, uma vez que os alunos podem fazer abordagens das noções com o assunto abordado, sem deixar de ensinar os conteúdos necessários contidos no calendário escolar. Com disso, os textos complementares melhoraram no rendimento do ensino-aprendizagem dos alunos, na qual, obtiverem uma melhor compreensão do tema proposto e um maior desempenho nesta disciplina com que houvesse uma relação da teoria com a prática. A partir da necessidade de assumir a docência em toda a sua plenitude de pesquisa, formação pós-graduada, extensão e também, compromisso com a ação educativa, em sua identificação ética e política, percebe-se que como um caminho a ser percorrido e valorizado dentro de qualificação do “bom professor”, do processo de aprendizagem e, principalmente, dos novos paradigmas que devem nortear a busca de um ensino de excelência que dignifique o homem e o prepare para permanecer interagindo com condições de criar novas possibilidades de compreensão da realidade, onde vivemos em um mundo de constantes transformações onde o conhecimento torna-se cada vez mais, fator inovador e diferenciador.

CONCLUSÕES: Os alunos informaram que conseguiram compreender o ensino da química sem necessidade de decorar o que estava sendo discutido. Assim, o uso de textos complementares pode auxiliar os professores como um adequado instrumento para o ato de aprender, envolvendo ação, teoria e prática. Tendo assim, uma percepção melhor do contéudo e dos fenômenos físicos, químicos e biológicos que os cercam propiciando a aprendizagem.

AGRADECIMENTOS: Ao corpo docente e discente da escola durante os estágios realizados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CAVALCANTI, J.A.; FREITAS, J.C.R.; MELO, A.C.N.; FREITAS FILHO, J.R. 2009. Agrotóxicos: uma temática para o ensino da química. Revista Química Nova na Escola, 32, 1: 31-36.
CHASSOT, A.I. 1993. Catalisando transforma¬ções na educação. 3.ed. Ijuí: Unijuí.
MILÁRE, T.; ALVES-FILHO, J.P. 2009. A química disciplinar em ciências do 9º ano. Revista Química Nova na Escola, 32, 1: 43-52.
ROSA, M.I.P.; ROSSI, A.V. 2008. Educação Química no Brasil: memórias, políticas e tendências. Campinas: Átomo.