TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DO MONITOR NA GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

AUTORES: SOUSA, J. M. T (UFMA) ; CARVALHO, R. M. S (UFMA) ; DOURADO, G. L (UFMA) ; MARQUES, H. V. C. F (UFMA) ; OLIVEIRA, C. E. L (UFMA)

RESUMO: O objetivo desse trabalho é analisar a importância do monitor na graduação em Química. Dessa forma, fazer uma investigação criteriosa se o auxilio do monitor pode tornar as disciplinas mais interativas e didáticas. O estudo sistemático de algumas disciplinas é, para muitos, tarefa árdua, por isso, o rendimento escolar de alguns alunos cai significativamente, gerando muitas vezes, reprovações e abandono de curso.

PALAVRAS CHAVES: química, monitoria, ensino-aprendizagem

INTRODUÇÃO: O processo de ensino e aprendizagem em Química precisa estudar e desenvolver critérios que adapte melhor os alunos que chega à universidade (GROOT et al. 2003). A graduação é vista como um processo de ensino que torna o indivíduo uma pessoa menos dependente, por isso, o graduando vive momentos de amadurecimento, que está diretamente ligada à formação e geração de uma nova postura pessoal e profissional (SILVA, SATLER e SANTOS, 2008).
Com a criação do sistema universitário federal brasileiro, que teve início em 1968, a universidade brasileira buscou um conjunto de normas para regulamentar esse sistema. Foi a lei Federal nº. 5.540, de 28 de novembro de 1968, que fixou normas de funcionamento do ensino superior e instituiu em seu artigo 41 a monitoria acadêmica (BRASIL, 1968).
O objetivo desse trabalho é buscar metodologias de ensino, estabelecida pela relação professor e monitor, com perspectiva disciplinar e educativa que propicie aprendizado através do conhecimento teóricos sintetizados nas disciplinas. A idéia é propor algumas atividades para servir de base para um amadurecimento de idéias, possibilitando a promoção e construção do conhecimento entre professor, monitor e aluno.


MATERIAL E MÉTODOS: Foram feitas análises teóricas das práticas didático-pedagógicas realizadas em uma disciplina do primeiro período de química industrial. Nesse período, todas as atividades desenvolvidas com os alunos da disciplina foram acompanhadas pelo monitor. Foram submetidos questionários aos alunos veteranos do curdo de Química Industrial, Licenciatura e Bacharelado como fonte investigativa das reais dificuldades enfrentadas por eles, abordando perguntas sobre disciplinas específicas ou não do curso, didática de professores, a importância da coletividade, formação de grupos de estudos e outras.
A metodologia aplicada em sala de aula foi levantada no plano de trabalho do monitor, sendo trabalhada num contexto que promove a construção e promoção do conhecimento com foco na interação social. A primeira atividade foi propor a formação de grupos para estudar artigos que pudesse acordar idéias autônomas de práticas de Química utilizando materiais alternativos.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Algumas atividades propiciam reflexões individuais e coletivas, Individualmente o aluno ganha aprendizado, experiência e a oportunidade de ser inseridos na rotina da vida acadêmica, pensando no coletivo, esses alunos aprende a liderar, formar opinião e apresentar sugestões.
As disciplinas Álgebra Linear, Cálculo Vetorial, Cálculo I,II,III e IV e Física I e II tiveram uma aceitação de 0% entre os alunos como uma possível monitoria. Alguns alunos seriam monitores pela didática e interação que teve com o professor da disciplina, Três disciplinas tiveram a mesma aceitação, correspondendo a 20% para as disciplina Química Analítica, Química Orgânica e Outras disciplinas de Química e 40% para Química Geral.
As disciplinas Cálculo I,II ou III, Operações Unitárias I, II e Introdução a Fenômeno de Transporte, tiveram 0% de aceitação, os que não escolheram justificaram pela sobrecarga de exatas e a falta de interação do professor com os alunos, a disciplina Introdução à Química Industrial corresponde a 5% na preferência dos alunos. 15% dos alunos optaram por Química Orgânica e a mesma percentagem por outras disciplinas, vistas que essas não seriam de suas preferências, porém a disciplina Inorgânica I foi a mais citada como outras.
A disciplina, Química Analítica I e II tiveram 20% de preferência, sendo justificadas pelos alunos que seriam monitores pelo aprendizado dos conteúdos das mesmas e pela didática e interação dos professores para com eles. A disciplina Química Geral teve 45% na preferência, sendo justificada pelo aprendizado dos conteúdos e pela não complexidade dos mesmos, sendo frisada por eles a didática interativa e contextualização do conteúdo pelo professor (a). As diferenças estatísticas na escolha da disciplina podem ser observadas no Gráfico 2






CONCLUSÕES: O que propõe-se aqui é pensar em estratégias para significar os conteúdos trabalhados a partir da ênfase do objeto de estudo, fazer a ponte entre teoria e prática de modo a buscar a utilização mais do raciocínio e menos da memória. Nesse sentido, o uso de investigação/experimentação e/ou a execução de projetos de ensino pelos professores e monitores, poderiam auxiliar o estudante a agir com maior desenvolvimento e autonomia intelectual. O monitor percebe ou não nesse estágio suas habilidades para lidar com a promoção da educação, com isso, idéias acerca de como trabalhar para tornar a disciplina teórica mais inclusiva e menos evasiva, surgiram com alguns alicerces da formação acadêmica.

AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem a Universidade Federal do Maranhão pelo suporte educacional e também os alunos que tornaram possível essa pesquisa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Senado Federal, Lei Federal n.º 5540, de 28 de novembro de 1968.

GROOT, D.; HOOGHOFF, H.; VAN HOUT, Ad; WARPS, J. Transition from
secondary in The Netherlandas. In: International conference – teaching and learning in higher education: new trends and innovations. Universidade de
Aveiro, Portugal, 2003.

SILVA, R. A. A.; SATLER, K. B.; SANTOS, G. S. Monitoria para o comportamento curricular histologia humana, 2006. WWW.if.ufba.br. Acesso em 10 de fevereiro de 2008.