TÍTULO: CONCEPÇÕES DE ALUNOS SOBRE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E O ENSINO DE QUÍMICA

AUTORES: SILVA, J.C.G (UFCG) ; SALES, L.L.M (UFCG) ; PINHEIRO C.D (UFCG) ; CANDEIA, R. A (UFCG) ; SANTOS, J. E (UFCG)

RESUMO: O presente trabalho tem o objetivo de apresentar à comunidade científica a consciência dos alunos da cidade de carrapateira-PB. A dedicação dos alunos foi obtida pelo grau de reprovação, uma vez que 74 % dos alunos foram isento de reprovação no ensino normal. O interesse pela Química foi evidenciado por 62 % dos discentes, terem afinidade pelos assuntos de química, porém, em algumas das justificativas, muitos não demonstraram objetividade nas suas afirmações. Com relação ao entendimento obtido após a atuação do estagiário sobre as medidas que podem ser tomadas como base para melhorar a qualidade do ar, todos souberam indicar ações, tais como: Reutilizar, Reciclar e Reaproveitar, o que for possível com 78 % das respostas dadas, e 22 % em não jogar lixo a céu aberto,

PALAVRAS CHAVES: ensino de química, contextualização, poluição atmosférica

INTRODUÇÃO: A Química está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos. Essa reflexão gerará uma autocrítica do professor para com o exercício de sua docência, e conseqüentemente, haverá uma valorização dos saberes do professor, de sua profissão, do trabalho em grupo, das escolas, etc., pois, o professor será um investigador e produtor de conhecimento, não mais mero executor do conhecimento alheio. De acordo com Pontes et al (2008), muitos alunos demonstram dificuldades no aprendizado de química. Na maioria das vezes, não conseguem perceber o significado ou a importância do que estudam. Os conteúdos são trabalhados de forma descontextualizada, tornando-se distantes da realidade e difíceis de compreender, não despertando o interesse e a motivação dos alunos. Além disso, os professores de química demonstram dificuldades em relacionar os conteúdos científicos com eventos da vida cotidiana, priorizando a reprodução do conhecimento, a cópia e a memorização, esquecendo, muitas vezes, de associar a teoria com a prática. (Medeiros e Cabral, 2006).
Para que isso ocorra, segundo Chassot (2003) apud Tonidandel (2007), a concepção de ensino de Química que romperia com as abordagens tradicionais do objeto de estudo da disciplina precisa levar à alfabetização científica ao sujeito. Para tanto, tal ensino deveria estar centrado na inter-relação do conhecimento químico e do contexto social. A progressiva deteriorização da qualidade do ar é responsável por vários problemas ambientais, sendo o setor automobilístico um dos maiores contribuinte para a poluição atmosférica. Tendo em vista que, os motores do ciclo Otto e a Diesel geram na sua exaustão uma mistura complexa de poluentes constituída de monóxido e dióxido de carbono (CO e CO2), óxidos de nitrogênio (NOX), aldeídos (CHO), hidrocarb

MATERIAL E MÉTODOS: Nesta pesquisa, utilizou-se uma investigação qualitativa a fim de estudar um fenômeno específico: a (re)construção de conhecimentos a partir da prática docente.
De acordo com Bogdan e Biklen (1982) apud Tonidandel (2007, p.52), a pesquisa qualitativa define-se de acordo com cinco características básicas:
1) A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento;
2) Os dados coletados são predominantemente descritivos;
3) O interesse do investigador é muito maior com o processo do que com o produto;
4) Os dados são analisados de forma indutiva;
5) O significado que diferentes pessoas dão às suas vidas é de importância vital para o pesquisador.
Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram:
• Interação em sala, com atuação nas aulas observando o comportamento dos alunos durante as mesmas;
• Questionários dirigidos aos alunos;
• Conversação semi-estruturada dirigidas a direção e aos alunos.
A pesquisa de campo iniciou-se, na escola, a partir do contato direto com a Direção, a qual foi informada que haveria este estudo no Ensino Médio (normal) realizado pelo próprio professor de química responsável pelas turmas já citadas. Essa escolha se justifica pelo fato desses alunos já terem uma autonomia e certa liberdade com a disciplina e o professor.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Este trabalho teve como objeto de estudo 04 (quatro) turmas do ensino médio, contendo um total de 107 (cento e sete) alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Joel Pereira da Silva, situada a Rua João Bezerra, S/N. Bairro São José da cidade de Carrapateira/PB. Neste contexto, foi utilizado o assunto Poluição Atmosférica e o ensino de Química onde se elencaram conhecimentos prévios dos discentes a respeito do assunto em questão. Os resultados dos índices de reprovação de cada aluno no decorrer de sua vida estudantil até o momento atual são ilustrados conforme a Figura 2, de que cerca de 72 % dos alunos nunca obtiveram reprovação, indicando certo grau de dedicação por parte dos mesmos, 20 % ficaram reprovados uma vez, 4 % tiveram duas reprovações, 2 % ficaram reprovados três vezes.
A utilização da internet, por parte dos alunos para o estudo, indicam que cerca de 32 % disseram que fazem uso da internet especialmente para estudar e 68% responderam que não. A afinidade dos alunos pelo ensino de Química foi que 64 % dos discentes responderam que sim e 36 % que não. Conforme ilustrado na Figura 3, cerca de 35 % dos alunos não gosta de estudar Química, porque é complicado e exige muita concentração, 9 % não deram resposta alguma, talvez por não saberem especificar o motivo de não gostar, ou simplesmente pelo fato de não quererem expor sua opinião as pessoas que fizeram a pesquisa. No entanto, a maioria, cerca de 56 % dos alunos, afirmaram gostar devido ao fator: da Química está contextualizada. Tais respostas nos levam a crer que a prática pedagógica do professor coincide com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2002).
Outra pergunta interessante foram quanto às medidas, que podem ser tomadas para melhorar a qualidade do ar. A Figura 7 ilustr





CONCLUSÕES: As problematizações ocorrida no desenvolvimento do ensino de Química, apresentando “velhos problemas”, porém, sempre “novas questões”, e desafios a serem superados. A proximidade do futuro professor com a realidade cotidiana vivenciada na atividade docente dos que já atuam no ensino de Química, problematizando-a e fundamentando ações e estratégias de intervenção pedagógica, permite-nos esperar sempre uma melhor formação do professor de Química. Cerca de 78 % dos alunos utilizam os três R, reciclar, reutilizar e reaproveitar para sua vida, isto mostra a conciência de alunos do sertão Paraibano.

AGRADECIMENTOS: UFCG

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. PCN Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Área Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002;

Chassot; Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social, 2002, 157-158;

MEDEIROS, Marinalva Veras. CABRAL, Carmem Lúcia de Oliveira. Formação Docente: da teoria à prática, em uma abordagem sócio-histórica. Revista E-Curriculum, ISSN 1809-3876, v. 1, n. 2, junho de 2006;

TAYLOR, K. C. Catalysis Science and Technology. Ed. Springer - Verlag: New York, v.3, 1990;

TIBA, Içami. Disciplina: limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996;

TONIDANDEL, Cristina Cheib. A prática de ensino de química em uma instituição pública de ensino médio: inovação X tradição. Tese de Mestrado em Educação – PUC-MG. Belo Horizonte, 2007.