TÍTULO: O ENSINO DE QUÍMICA E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA: UM NOVO PARADIGMA EDUCACIONAL RUMO AO DESENVOLVIMENTO SOCIAL.

AUTORES: SILVA, A. D. L. DA (UEPA) ; WATANABE, L. A. (UEPA)

RESUMO: Percebendo a atual configuração do ensino de química e, observando como muitos indivíduos concebem tal ciência, é que nos propomos fazer este trabalho ressaltando sua importância no desenvolvimento social, tecnológico e na formação do cidadão. Consistiu em uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo foi o de analisar a importância do ensino de química na construção da cidadania e sua relevância no desenvolvimento social, em que pudemos evidenciar nos resultados da pesquisa a importância de um ensino capaz de possibilitar a tomada de decisão e a formação do cidadão crítico. Contudo, podemos afirmar que o ensino de química visando formar cidadãos conscientes, deve pautar-se na inter-relação entre a informação química e o contexto em que o indivíduo está inserido.

PALAVRAS CHAVES: ensino de química, pesquisa bibliográfica, formação do cidadão.

INTRODUÇÃO: A atual situação do ensino de química no Brasil configura uma situação grave na educação, uma vez que não há uma preocupação em mostrar a importância social da química. Desse modo, muitos concebem tal Ciência como destruidora, e esquecem que muitos dos avanços sociais e tecnológicos ocorreram em função de estudos desenvolvidos pela Química. Nesse sentido, “a ênfase de que o ensino de química para formar o cidadão é um novo paradigma está na resistência existente no processo de mudança de paradigma (SANTOS & SCHNETZLER, 2003, p.129)”.
Dessa forma, objetivamos analisar a importância do ensino de química na construção da cidadania e sua relevância no desenvolvimento social, pois ainda de acordo com os autores acima em seu artigo “Função social: o que significa o ensino de química para formar o cidadão?” “A função do ensino de química deve ser a de desenvolver a capacidade de tomada de decisão, o que implica a necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido (1996, p.28)”.
Sabemos, portanto, que quando a educação visa formar cidadãos críticos, ela está assumindo seu verdadeiro papel na sociedade é exatamente nesse momento, que a química enquanto ciência contribuinte para o desenvolvimento social vem ajudar na formação de indivíduos capazes de intervir no meio em que vivem.


MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho realizado consistiu em uma pesquisa bibliográfica, através da leitura, análise e observação de livros, artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações que fazem uma abordagem construtiva sobre o tema em questão, ressaltando a importância e os impasses encontrados na efetivação de um ensino de química que contemple a formação do cidadão.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através da análise bibliográfica, pudemos constatar que o ensino de química ainda não contempla de forma plena a formação do cidadão, por isso nos deparamos com um paradigma na educação, ”o de promover o desenvolvimento social”. Segundo Tedesco apud Brasil (2000, p. 11),
aceitar tal perspectiva otimista seria admitir que vivemos ‘uma circunstância histórica inédita, na qual as capacidades para o desenvolvimento produtivo seriam idênticas para o papel do cidadão e para o desenvolvimento social’. Ou seja, admitindo tal correspondência entre as competências exigidas para o exercício da cidadania e para as atividades produtivas, recoloca-se o papel da educação como elemento de desenvolvimento social.

De acordo com os PCN + (2000, p.116), ”a Química pode ser um instrumento da formação humana, que amplia os horizontes culturais e a autonomia, no exercício da cidadania [...]”, porém, isso só ocorre se o conhecimento químico for visto como um meio de analisar o mundo e interferir na realidade, não deixando de considerá-las como uma ciência que tem seus conceitos, métodos e linguagem que lhes são próprias e, que é fruto de uma construção histórica, atrelada ao desenvolvimento tecnológico e social (BRASIL, 2000).
Portanto, ao ser enfatizado nas literaturas consultadas que o ensino de química deve contribuir para o exercício da cidadania, implica também inferir que o mesmo possibilita na construção de valores éticos (SANTOS & SCHNETZLER, 2003).


CONCLUSÕES: Baseado nos resultados acima através da análise dos materiais bibliográficos podemos dizer que, o ensino de química que contempla formar o indivíduo para o exercício da cidadania, deve estar pautado na inter-relação entre a informação química e o contexto social em que o indivíduo está inserido, pois para que o cidadão ou a cidadã participem ativamente na sociedade é preciso que compreendam a Química enquanto ciência propulsora do desenvolvimento social e tecnológico e, além disso, saibam entender o meio no qual estão inseridos, podendo assim interferir nele.

AGRADECIMENTOS: A DEUS e a Universidade do Estado do Pará.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Ministério da Educação (MEC) - Secretaria de Educação Média e tecnologia (Semtec). Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC) - Secretaria de Educação Média e tecnologia (Semtec). PCN+ Ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.

SILVA, Dilma Maria da. A contextualização no ensino de química: apenas um conceito?. Trabalho de conclusão de curso. 2009. 32p. Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Campina Grande-PB: 2009.

SANTOS, W.L.P.dos; SCHNETZLER, R.P.Educação em química: compromisso com a cidadania.3.ed.Ijuí:Unijuí,2003.
________________________________.Função social: o que significa o ensino de química para formar o cidadão?.Revista Química Nova na Escola, n°04, novembro, 1996.