TÍTULO: Ensino de Química Aplicado a Alunos Surdos do 9°Ano da Escola Governador Archer: Uma Interação Mediada a Linguagem de Sinais e Outras Formas de Comunicação Visual

AUTORES: SOUSA, S.A (UEMA/CESI) ; NASCIMENTO, B. L. M (UEMA/CESI) ; OLIVEIRA, J. D (UEMA/CESI)

RESUMO: Na tentativa de diminuir as barreiras comunicativas existentes entre o mundo químico e o mundo dos alunos surdos este projeto teve por objetivo adaptar e aproximar os conteúdos químicos à linguagem dos surdos. Criando assim uma simbologia química para contribuir na compreensão dos conceitos de Química inerente ao 9º ano do ensino fundamental facilitando a sua inserção na disciplina Química no ensino médio.



PALAVRAS CHAVES: educação inclusiva, libras, química

INTRODUÇÃO: A educação de surdos no Brasil iniciou-se durante o segundo império, com a chegada do educador francês Hernest Huet, ex-aluno surdo do instituto de Paris, que trouxe o alfabeto manual francês e a língua francesa de sinais (HONORA et al., 2009). No Brasil a educação de surdos vem sendo amplamente discutida desde a década passadas. Essas discussões propiciaram a elaboração de leis que garantiram educação de qualidade como, por exemplo, a leis n0. 9.394/1996 e o decreto 5.626/2005. A pesar de a legislação brasileira ter realizados avanços significativos a respeito da educação inclusiva deparamos com a ausência de sinais no ensino da Química, fator que prejudica significativamente a compreensão desta área do saber por parte da comunidade surda. Entendemos que para o aluno surdo se constituir em meio à cultura científica e tecnológica, de forma incluída e que seja capaz de exercer sua cidadania, é necessário que seja habilitado a ler os símbolos da linguagem científica e fazer uso de tais conceitos no cotidiano. Portanto, é necessário que o aprendiz construa a capacidade de aprender a aprender e de saber fazer, habilidades essenciais para interagir e intervir no ambiente que o cerca. Neste contexto, nos propomos desenvolver uma metodologia do ensino de Química aplicada a alunos surdos utilizando a linguagem de sinais apropriada para a disciplina Química e a elaboração de material didático instrucional para surdo adotando a visão como eixo central na medição pedagógica.

MATERIAL E MÉTODOS: Na busca de detecta as dificuldades dos alunos surdos foram aplicados questionários aos alunos com perguntas a cerca das dificuldades em obter aquisição do saber em química. Com base no questionário buscamos encontrar materiais de apoio para desenvolvimento das aulas, porém percebemos a escassez de materiais direcionados para alunos surdos e a falta de sinais especifica para os termos utilizados na Química. A partir desta observação reunimos os alunos no laboratório da UEMA/CESI desenvolveu-se aula intermediada por libras utilizando data show mostrando situações relacionando com o cotidiano dos alunos. Em seguida propusemos que os alunos criassem simbologia química apropriada para os fenômenos químicos estudo os símbolos foram registrados em vídeo. Após a criação os símbolos foram utilizados em aulas com os alunos que não participaram da primeira etapa do projeto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A avalição do questionário evidenciou a falta de utilização de simbologia química na escola e a dificuldade da maioria dos interpretes em transmitir o conteúdo dificultando o aprendizado do aluno. As dificuldades foram atribuídas à formação dos mesmos, pois são pedagogos e licenciados em letras. Percebeu-se que as aulas intermedias por libras apresentaram dificuldade de assimilação pelos alunos. O resultado obtido nos levou a convocar os alunos surdos a participarem da criação de simbologias. Esse fato proporcionou a avaliar a importância da participação dos alunos na elaboração do processo ensino-aprendizagem. Em relação aos símbolos criados pelos alunos surdos percebeu-se que as aulas intermediadas pelos símbolos com uso cartazes e vídeos proporcionou uma melhor aprendizagem dos conteúdos apresentados aos alunos surdos que não participaram das elaborações das simbologias química.



CONCLUSÕES: O estudou proporcionou aos alunos surdos o melhor entendimento dos assuntos abordados através de Libras (língua brasileira de sinais) com as aulas expositivas e utilização sinais criados pelos alunos intermédio de vídeos e cartazes, facilitando assim o processo ensino e aprendizagem. Os resultados obtidos após a participação dos alunos surdos permitiu inferir que a criação de uma metodologia em Química para alunos Surdos deve ter a participação dos alunos envolvida no processo de ensino aprendizagem.



AGRADECIMENTOS: PIBEX/UEMA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: HONORA. M., FRIZANCO, M.L.E. Livro ilustrado de língua brasileira de sinal: desenvolvendo a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009; 352p.