TÍTULO: Motivando e auxiliando aulas: modelos atômicos e tabela periódica

AUTORES: ANDRADE, R. W. N. (IFPB) ; LORENZO, J. G. F. (IFPB) ; SANTOS, M. L. B. (IFPB) ; SILVA, D. L. (UFPB)

RESUMO: O ensino de química, na maioria das escolas se faz através de técnicas de ensino
tradicionais e memorização de fórmulas. Para que o ensino de Química torne-se motivador
e interessante é necessário o uso de estratégias de ensino inovadoras. Este trabalho
tem como objetivo o desenvolvimento de aulas motivadoras que facilitem a compreensão da
Química no Ensino Médio. Utilizaram-se instrumentos de ensino que auxiliem os alunos
nos conteúdos de Modelos Atômicos e Tabela Periódica, tendo em vista a motivação nas
aulas, com os alunos das 1ª séries do ensino médio noite, da Escola Estadual de Ensino
Médio Cônego Luiz Gonzaga Oliveira, João Pessoa - PB. As estratégias de ensino
possibilitaram o desenvolvimento do raciocínio e de argumentações motivando o processo
ensino-aprendizagem.

PALAVRAS CHAVES: aulas motivadoras, ensino de química, estratégias de ensino

INTRODUÇÃO: A educação é um processo que deve ser tomado como contínuo, pois, o educador deve ter
em mente que os sujeitos desse processo, não são singulares entre eles, ao contrário
são pluralizados. Segundo Perrenaud (1998), o professor deve propor situações de
aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos. Um dos grandes desafios
da educação é desenvolver, nos alunos, habilidades, atitudes de descoberta, o senso
crítico e a criatividade, levando-os a compreender e transformar o mundo a sua volta.
A aprendizagem é significativa quando tem sentido para o aluno (CARRASCO), devendo a
motivação estar presente em todos os momentos, cabendo ao professor facilitar a
construção do processo de formação, influenciando o aluno no desenvolvimento da
motivação da aprendizagem.
O ensino de química, na maioria das escolas, é um tanto abstrato e para que o ensino
de Química se torne motivador é necessário o uso de estratégias de ensino inovadoras
(aulas experimentais contextualizadas, interdisciplinaridade, jogos, modelos, etc),
fazendo com que o aluno tenha a curiosidade e saiba identificar onde o ensino da
química está relacionado ao cotidiano do mesmo. Com isso, possibilitando a
aprendizagem e o desenvolvimento dos conhecimentos trabalhados.
Cabe ao professor, como mediador do conhecimento, usar estratégias para criar pontes
entre o conhecimento do mundo trazido pelos alunos e o conhecimento cientifico
fornecido pela escola, concretizando assim, a aprendizagem.
Este trabalho visa apresentar o desenvolvimento de modelos cuja finalidade é
facilitar a visualização, a explicação e a previsão de comportamentos de sistemas
atômicos, sendo utilizados como instrumentos facilitadores do ensino de Química.


MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Cônego Luiz Gonzaga de
Oliveira, em João Pessoa – PB, com turmas das 1ª séries (Educação de Jovens e Adultos
- EJA) do ensino médio à noite.
No conteúdo de Modelos Atômicos, os alunos desenharam uma idéia de como seria um
átomo. Partindo dessas observações, os mesmos, acompanharam a evolução do conceito de
átomo através de modelos em 3D, feitos com isopor, tendo ao final da aula uma idéia
concreta do conceito de átomo.
No conteúdo de Tabela Periódica, foram distribuídos alimentos, cujo ingrediente
principal era o chocolate e a partir da tabela nutricional que há nas embalagens
desses alimentos, os alunos encontraram elementos químicos, determinaram os seus
símbolos, massas atômicas, números atômicos, as localizações dos elementos na tabela
periódica através da configuração eletrônica e qual a importância de cada elemento
para o nosso organismo.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: O debate iniciado pela análise dos desenhos feitos pelos alunos antes e após a aula
(Figura 1) despertou na turma o interesse pelo tema e a introdução dos modelos em 3D
(Figura 2) foi de grande auxilio para a compreensão do conceito de átomo por parte
dos alunos, deixando a aula mais interessante e real. Os alunos observaram, pegaram e
tiraram suas conclusões a respeito de como é um átomo, sendo possível, perceber a
satisfação e motivação dos mesmos, através de alguns relatos feitos pelos alunos: “a
aula assim é muito melhor!”, “bem que podemos ter mais aulas como essas, com imagens
e modelos”.
A partir da tabela nutricional que há nas embalagens dos alimentos, os alunos puderam
ver no seu cotidiano a importância dos elementos químicos presentes na tabela
periódica, determinaram a massa atômica, o número atômico, o símbolo, a localização e
a configuração eletrônica desses elementos. Para a aula seguinte, os alunos fizeram
pesquisas para identificar quais os benefícios desses elementos para o nosso
organismo.
Através dessa proposta foi possível observar nas atividades realizadas em sala e em
casa que os alunos compreenderam melhor o conteúdo, pois todos os quesitos foram
respondidos com êxito, e que ao contextualizar o aluno é capaz de identificar o
verdadeiro papel da química em sua vida.






CONCLUSÕES: Dentre os diversos métodos de ensino que poderiam ser aplicados a estes conteúdos
programáticos, a utilização de um método de ensino mais participativo foi de grande
valia, pois despertou uma motivação de aprender nesses alunos do EJA, produzindo um
conhecimento mais sólido.
A atitude mais participativa do aluno em sala e o aproveitamento de 100% nas
atividades, demonstram que o professor é capaz de promover uma melhoria no processo de
ensino-aprendizagem em qualquer faixa etária e obter maior interação e motivação nas
aulas de Química.


AGRADECIMENTOS: Ao PIBID e a CAPES.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CARRASCO, J. B., Princípios e técnicas de motivação. Disponível em: <http://professor.aaldeia.net/tecnicasmotivacao.htm>. Acesso em 28 de maio de 2011.

PERRENAUD, P. Avaliação da Excelência à Regulação das Aprendizagens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.