TÍTULO: Elaboração de material didático-experimental para contextualização do ensino de Química: Uma associação dos conteúdos teóricos à prática experimental.

AUTORES: CAVALCANTE, S. K. M. (IFAL) ; FREITAS, A. J. D. (IFAL) ; FREITAS, M. L. (UFAL) ; SILVA, W. L. (UFAL) ; FREITAS, J. D. (IFAL)

RESUMO: A Química é a ciência que estuda a matéria e suas transformações, mas na maioria das vezes, é vista como uma disciplina de difícil assimilação e distante da realidade. A grande maioria dos alunos não apresenta interesse em conhecê-la melhor e isso está relacionado diretamente com a forma com que os conteúdos são abordados. A maioria dos docentes utiliza metodologias tradicionais, ou seja, aulas teóricas sem uma interligação com aulas práticas e/ou com a realidade vivida pelos educandos. O presente trabalho avaliou através de um questionário os conteúdos com maior grau de dificuldade de aprendizagem. Depois de colhidas as informações, aulas práticas foram elaboradas e estão sendo aplicadas em turmas do primeiro ano do ensino médio de escolas públicas e particulares do estado de Alagoas.

PALAVRAS CHAVES: material didático, ensino de química, teoria/prática.

INTRODUÇÃO: A Química representa uma parte importante em todas as ciências naturais, básicas e aplicadas (BUENO et. al., 2010). Porém é notória a existência de uma grande dificuldade na assimilação dos conceitos químicos, pois consideram os conteúdos complexos ou pouco inteligíveis (WANDERLEY et. al., 2010). Por isso, é preciso que os professores dêem continuidade à sua formação para gerar mudanças, inovações e adquirir mais habilidades para estimular e incentivar seus alunos ao estudo da Química (SCHNETZLER, 2002).
Sabe-se que o Estado de Alagoas, possui um dos mais baixos índices educacionais do país (BUENO, 2010), o que vem a corroborar para o desestímulo de professores e alunos. São poucas as escolas que possuem laboratórios e disponibilizam os meios necessários para a prática química. A maioria dessas escolas encontra-se nas redes federal e particular de ensino, situadas na capital, visto que nas cidades do interior a problemática é ainda maior.
Estudos comprovam que é possível aumentar o nível de conhecimento químico dos alunos utilizando meios criativos, simples e de baixo custo na elaboração de experimentos didáticos que auxiliam na aprendizagem. Os quais chamam a atenção e ocasionam uma aprendizagem efetiva e mais significativa.
A proposta deste trabalho é integrar teoria e prática de forma atrativa e feita com materiais simples, do cotidiano do aluno.


MATERIAL E MÉTODOS: Um exercício de sondagem foi elaborado e aplicado com 7 professores e 421 alunos do primeiro ano do ensino médio das redes pública (Federal e Estadual) e privada do Estado de Alagoas, para que se pudesse conhecer quais são as dificuldades encontradas por essas comunidades quanto à aplicação e necessidade de aulas experimentais de Química. Após colhidos e interpretados os questionários, seguiu-se para a elaboração de aulas práticas com materiais simples de laboratório, de baixo custo e/ou reciclados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise dos questionários mostrou que 57,14% dos professores não realizam aulas experimentais porque as escolas não disponibilizam os materiais necessários. Quanto aos alunos, 58,66% sentem dificuldade em assimilar os conteúdos de Química porque os consideram complicados. Na Tabela 1 estão descritos os conteúdos considerados com maior grau de dificuldade. Alguns questionários foram desconsiderados, pois estavam em branco ou que apresentavam todas as alternativas marcadas. Vale ressaltar que existiram alunos que marcaram mais de uma alternativa. Na Tabela 1, consta a análise dos conteúdos.
De posse de tais dados, aulas experimentais referentes aos assuntos com maior grau de dificuldade pelos alunos foram elaboradas e seguem em fase aplicação.



CONCLUSÕES: Observamos que mesmo os alunos tendo dificuldades na disciplina, eles a enxergam em seu dia-a-dia, e a vêem como uma matéria importante. Quanto aos professores, todos concordaram que é possível elaborar experimentos com materiais de baixos custos/reciclados. Tal questão deixa claro que é necessária uma mudança na forma de ensinar Química em Alagoas, para que haja um maior desenvolvimento no conhecimento científico dos alunos. As aulas experimentais estão sendo aplicadas nas turmas de primeiro ano do ensino médio, sendo os resultados satisfatórios, visto o interesse e participação dos alunos.

AGRADECIMENTOS: À Deus, aos familiares, aos professores pelas orientações, ao IFAL pela concessão da bolsa, ao CNPQ, à FAPEAL e à CAPES pelos apoios financeiros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BUENO, Lígia, et al. O ensino de Química por meio de atividades experimentais: A realidade no ensino das escolas. Disponível em:<http://www.unesp.br/prograd/ENNEP/Trabalhos%20em%20pdf%20-%20Encontro%20de%20Ensino/T4.pdf > Em: 09 ABR. 2010.

WANDERLEY, Kaline Amaral, et al. Pra gostar de química: um estudo das motivações e interesses dos alunos da 8ª série do ensino fundamental sobre química. Resultados preliminares. Disponível em: <http://www.ufpe.br/cap/images/aplicacao/T93.pdf> Em: 05 JUL. 2010

SCHNETZLER, Roseli P. Concepções e alertas sobre formação continuada de professores de Química. Química Nova na Escola, n 16, p.48, novembro, 2002. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc16/v16_A05.pdf>. Em: 28 NOV. 2010.