TÍTULO: Dominó das Funções inorgânicas: Uma maneira diferente de aprender

AUTORES: Silva, F.C.R. (UFPI) ; Silva, E.M.F. (UFPI) ; Frazão, A.M.B. (UFPI) ; Silva, M.A. (UFPI) ; Silva, R.N. (UFPI) ; Nunes, V.D.B. (UFPI) ; Oliveira, W.V. (UFPI) ; Sousa, J.R.S. (UFPI) ; Vieira, L.M.C. (UFPI) ; Oliveira, A.L.N.F. (UFPI)

RESUMO: Este trabalho realizado pelos monitores do Pibid tem como objetivo a utilização de estratégias de ensino para a fixação do assunto de funções inorgânicas abordado na 1º série do ensino médio, visto a dificuldade apresentada pelos alunos no respectivo assunto. Com o passar dos anos observou-se na educação a necessidade de buscarem-se mudanças. Houve tempos em que as aulas eram apenas expositivas, considerava-se o aluno exclusivamente como um receptor de informações. No entanto os novos paradigmas que levam a produção do conhecimento busca facilitar a forma como os conteúdos são lecionados, criando ferramentas que estimulem os alunos. Partindo desse pressuposto, criamos o dominó das funções inorgânicas cujo objetivo é o aprendizado das nomenclaturas dos ácidos, bases e sais.

PALAVRAS CHAVES: PIBID; funções inorgânicas; aprendizagem

INTRODUÇÃO: A sociedade é reflexo da educação, e esse reflexo depende da forma que a educação está sendo trabalhada. Muitos projetos e estratégias educacionais são criados visando à melhoria do ensino. “Um dos desafios atuais do ensino da Ciência é construir uma ponte entre o conhecimento ensinado e o mundo cotidiano dos alunos... Ao se restringir a uma abordagem formal, acaba-se por não contemplar as várias possibilidades que existem para tornar a ciência mais interessante e “palpável”.” A educação é um dos fatores primordiais para o desenvolvimento, portanto torna- se necessária a busca por novas estratégias e foi pensando assim que buscamos trabalhar com os alunos de forma motivadora e atrativa. Os educandos da rede pública muitas vezes não se sentem motivados, ir a escola para assistir aulas expositivas não é atraente, e chega a ser desmotivante para alguns alunos que reprovam, outros por conseqüência desistem e acabam abandonando os estudos. Para Antunes (2003, p.18) “os estímulos são o alimento das inteligências”. Desta maneira, buscamos chamar a atenção destes alunos com atividades mais prazerosas e descontraídas tentando ao mesmo tempo alertá-los para a importância da educação, pois segundo Fernandez(1990, p.18), “A liberação da inteligência aprisionada, somente poderá dar-se através do encontro com o perdido prazer de aprender”. O dominó das funções inorgânicas foi criado no intuito de encontrar este prazer perdido, estimulando e facilitando o aprendizado através de uma atividade lúdica simples. Brougèr (2003, p. 122) define jogo como: “agir, aprender, educar-se sem o saber através de exercícios que recreiam, preparando o esforço do trabalho propriamente dito”. Quando unimos esta atividade com o conteúdo ministrado esperamos obter maior aprendizagem, estímulo e motivação

MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente observaram-se as maiores dificuldades dos alunos em relação aos conteúdos e assim foi escolhido o assunto específico do jogo de acordo com a necessidade deles, no caso o escolhido para os alunos da 1ª série do ensino médio foi Funções Inorgânicas. Em um segundo momento foi colocado detalhadamente no papel os tópicos relacionados ao assunto e analisado qual seria a melhor maneira de serem abordados, onde surgiu a idéia do dominó, que seria uma forma divertida e fácil de aprender, pois estaríamos unindo diversão e aprendizagem. Utilizando então o Microsoft Word foi digitado em formato de dominó, dividido ao meio, de um lado fórmulas e do outro nomenclaturas, sendo que a fórmula de uma peça do dominó se encaixaria com sua respectiva nomenclatura que estaria em outra peça. As peças do dominó foram impressas, recortadas e coladas em folhas de papel cartão. O jogo é composto de 30 peças, a quantidade de jogadores por partida é de dois, três, cinco ou seis pessoas. As regras do jogo são as mesmas utilizadas para o jogo tradicional, a única diferença está no conhecimento das funções inorgânicas que é o fator principal para que o aluno possa identificar as peças corretamente. As peças são viradas, embaralhadas e divididas igualmente pelo número de jogadores, o jogador que tiver a fórmula do cloreto de sódio inicia o jogo e segue em sentido horário, onde a peça lançada deverá ter seu encaixe na peça do outro jogador, caso não tenha o jogador terá que passar a sua vez. O jogo acaba quando um dos jogadores jogar sua ultima peça, o primeiro a acabar as peças será o vencedor. O jogo foi apresentado aos alunos na sala do PIBID, após explicar as regras aos mesmos, eles se dividiram em equipes para dar início as partidas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O dominó das funções inorgânicas foi criado como ferramenta de ensino- aprendizagem, uma forma de amenizar as dificuldades apresentadas pelos alunos. O jogo foi aplicado aos alunos dos primeiros anos do ensino médio da Unidade Escolar Professor Joca Vieira, onde obtivemos ótimos resultados. Os alunos apresentavam dificuldades nos conteúdos e em uma tentativa de correr contra o tempo, de uma maneira que esses alunos pudessem aprender, buscamos estimulá-los com o respectivo jogo. O dominó das funções inorgânicas teve grande êxito, no início os alunos sentiram dificuldades, mas após a abordagem do assunto, o jogo foi bem assimilado e os alunos conseguiram aprender brincando. Tentamos com este jogo, além de ensinar o assunto passar uma lição, através da competição, pois mostramos que para eles vencerem eles teriam que estudar, se esforçar e que na vida as coisas não são diferentes. O jogo foi aprovado pelos mesmos e causou um grande estímulo, pois todos queriam jogar e vencer. Devido a isso a procura dos alunos pelos monitores de química do PIBID para tirar dúvidas aumentou bastante e consequentemente esses obtiveram maiores êxitos em seu aprendizado.

CONCLUSÕES: O trabalho apresentado foi bastante relevante no que diz respeito à aprendizagem dos alunos, pois além de ter sido uma forma de estimular, aprimorou-se os conhecimentos dos mesmos, que tinham dificuldades no assunto de funções inorgânicas. Foi possível observar uma melhora de resultados após a aplicação do jogo, pois facilitou a fixação do conteúdo pelo fato do jogo possuir aspecto estimulante. A disciplina de química é vista pelos alunos como algo complexo mais quando se procura um meio interativo se aprende química mais facilmente e o aluno tornou-se mais estimulado em aprender química.

AGRADECIMENTOS: PIBID, CAPES, UFPI

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: NARDIN, Inês C. B. Brincando aprende-se química – disponível em: <www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals /pde /arquivos /688-4.pdf>. Acessado em: 18 de mai. de 2012. FERNANDEZ, A. A Inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. 2a. ed. Porto Alegre: Artmed, 1990 BROUGÈR, Gilles. Jogo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003 ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação das Múltiplas Inteligências. 12a.ed.Petrópolis: Vozes, 2003.