TÍTULO: O PERFIL DOS PROFESSORES DE QUÍMICA DAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS, MA

AUTORES: Santos, R. (IFMA/UAB/DEAD - POLO CAXIAS) ; Santos, M. (IFMA/UAB/DEAD - POLO CAXIAS) ; Moraes, F. (IFMA/UAB/DEAD - POLO CAXIAS) ; Araújo, F. (IFMA/UAB/DEAD - POLO CAXIAS) ; Oliveira, M. (IFMA/UAB/DAQ – CAMPUS MONTE CASTELO)

RESUMO: Esse trabalho teve como objetivo verificar o perfil dos professores de Química, o mesmo foi desenvolvido por meio de questionários aplicados aos professores da disciplina Química, das escolas públicas do município de Caxias, MA. A partir de cálculos de amostragem dos dados coletados, foi possível descrever o perfil dos professores de Química das Escolas públicas estaduais do município. Dentre os resultados obtidos na pesquisa, observou-se que há uma má remuneração e a mesma leva os professores a uma sobrecarga de trabalho e isso também os leva a uma busca constante de mais especialização, mostrando que estão sempre aptos a buscar informações que tentem facilitar ao máximo a aprendizagem.

PALAVRAS CHAVES: Professores; Ensino de Química; Educação

INTRODUÇÃO: É consenso entre os pesquisadores da área da educação em Química que a realização de aulas mais instigantes, está diretamente relacionada ao nível de formação dos professores, e a tipo de formação destes (LIMA, 1996). Muitas podem ser as causas que ocasionam as dificuldades no ensino de Química então para promover a aprendizagem dos alunos, é fundamental desenvolver-se continuamente: olhar para a trajetória do professor de Química, perceber falhas no ensino, remuneração, sobrecarga de trabalho, a falta de formação continuada. Dessa forma, parece haver um consenso de que um professor competente deve ser aquele que possui suficiente formação teórica, metodológica e epistemológica (NARDI, 1998) por isso traçar o perfil do professor possibilita a identificação de problemas e contribui para o aprimoramento do trabalho do professor em sala de aula. Tendo visto essa problemática, buscou-se por meio desta pesquisa, avaliar o perfil dos professores das escolas da rede pública estadual do município de Caxias - MA. O professor deve ser o mediador na construção do conhecimento em sala de aula e isso requer uma postura ativa e estudos constantes.

MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa teve como público alvo professores de Química do ensino médio das escolas públicas estaduais do município de Caxias - MA, com a concordância da Unidade Regional de Educação de Caxias. Das 13 escolas mantidas pelo Governo Estadual, 10 participaram da pesquisa e destas, foram entrevistados 10 professores. As perguntas eram de caráter objetivo, sendo que os professores, em algumas questões, poderiam marcar mais de uma opção. Todo o procedimento foi realizado com a autorização dos diretores das escolas, e mantiveram-se o anonimato dos entrevistados. A pesquisa estruturada com o auxílio de um questionário abrangeu o eixo temático: O perfil do professor onde se buscou a idade, sexo, maior titulação acadêmica, tempo de exercício da profissão, faixa salarial, atividades profissionais complementares entre outros.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O perfil dos professores revela uma predominância de professores do sexo masculino (90%). Dentre os entrevistados a faixa etária dos mesmos era predominada por cerca de 60% entre 25 e 35 anos de idade. Dentre os entrevistados, todos eram graduados em Licenciatura em Química, sendo que dentre estes 60% eram especialistas na área, 20% mestres, e 20% graduados. Observou-se que 60% dos professores têm menos de 35 anos, 30% possuem entre 36 e 45anos e 10% possuem mais de 45 anos. Dentre os entrevistados 90% afirmaram trabalhar em mais de uma escola. A faixa salarial dos professores entrevistados era de 3 a 6 salários mínimos (56%). As análises evidenciaram que, os baixos salários, é o fator que mais contribui para que os professores busquem atividades fora da escola para obter ampliação salarial, empenhando-se o mínimo possível na profissão docente. Sobre as fontes de Informação do professor, cerca de 90% dos entrevistados afirmaram que lêem artigos científicos e revistas como forma de atualização profissional, hábito bem difundido pelos professores. Pode-se observar também que praticamente 100% têm acesso à internet, curiosamente este percentual contraria dados de Silva e Azevedo (2005), destacando que muitos professores da educação pública estadual não dispõem de computadores, mas gostariam de possuir. Percebeu-se também a preocupação em utilizar outras formas de avaliação, tais como seminários, pesquisas e a participação do aluno nas atividades que relacionam o seu cotidiano, análogo aos trabalhos de Lima e Vasconcelos, 2006.

CONCLUSÕES: O estudo desenvolvido permitiu a investigação do perfil dos professores de Química da rede de ensino estadual do município de Caxias – MA. Pode-se perceber que não há escassez de professores de Química, e que a maior parte dos entrevistados são professores jovens, possuindo idade entre 25 e 35 anos. A má remuneração leva os professores a uma sobrecarga de trabalho e isso os levam a uma busca constante de mais especialização, mostrando que estão sempre aptos a buscar informações que tentem facilitar o aprendizagem. Além disso, constatou-se que aulas práticas seriam bem recebida pelos discentes.

AGRADECIMENTOS: A Unidade Regional de Educação de Caxias por permitir a pesquisa nas escolas, ao professor Marcelo Oliveira pela orientação e ao IFMA pelo apoio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: A Unidade Regional de Educação de Caxias por disponibilizar os dados e permitir a pesquisa nas escolas do estado, ao professor Marcelo Oliveira pela orientação e ao IFMA pelo apoio. REFERÊNCIAS LIMA, K. E. Cavalcante; VASCONCELOS, S. Dias. Análise da metodologia de ensino de ciências nas escolas da rede municipal de Recife. Pesquisa em Síntese. Rio de Janeiro, v.14, n.52, p. 397-412, jul./set. 2006. LIMA, M. E.C.C. Formação continuada de professores de Química. Química Nova na Escola. nº4, 12-17, novembro, 1996. MIRANDA, D. G. P; COSTA, N. S. Professor de Química: Formação, competências/ habilidades e posturas. 2007. NARDI. R., (Org.). Questões atuais no ensino de ciências: educação para a ciência. São Paulo: Escrituras, 1998. SILVA, C. M. T.; AZEVEDO, N. S. N. O significado das tecnologias de informação para educadores. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação: revista da Fundação Cesgranrio, v. 13, n. 46, p. 39-54, 2005.