TÍTULO: O PIBID COMO UMA IMPORTANTE FERRAMENTA PARA A INSERÇÃO DOS LICENCIANDOS DE QUÍMICA DO IFAL NA ESCOLA PÚBLICA

AUTORES: Araújo, J.P.A. (IFAL) ; Santos, D.M. (IFAL) ; Santos, R.E. (IFAL) ; Santos, R.A. (IFAL) ; Santos, W.V.S.C. (IFAL) ; Freitas, A.J.D. (IFAL) ; Freitas, J.D. (IFAL)

RESUMO: Este trabalho descreve as atividades desenvolvidas pelos bolsistas do PIBID em uma escola pública de Alagoas. Objetiva refletir e propor melhorias no processo ensino-aprendizagem de Química. Para conhecer o ambiente escolar, os bolsistas realizaram entrevistas com professores e alunos e fizeram visitas as instalações da escola. A partir dos dados obtidos foi possível conhecer as reais necessidades quanto à infraestrutura da escola e ao ensino da Química hora abordado em sala. Como propostas para a melhoria no ensino foram realizados experimentos inovadores sobre alguns conteúdos de Química. Concluímos que o PIBID permite a inserção dos licenciandos no futuro local de trabalho que é a sala de aula do ensino médio e que é um programa que busca a reflexão constante sobre a prática docente.

PALAVRAS CHAVES: PIBID; ENSINO; AULAS EXPERIMENTAIS

INTRODUÇÃO: O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, teve seu início em 2008 com o apoio do Governo Federal através da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, a fim de valorizar o magistério com os estudantes de cursos de licenciaturas plena das instituições de ensino superior. Tendo como objetivo melhorar a qualidade de ensino para a formação inicial dos professores e mostrando a realidade das escolas de rede pública (BUENO, 2001). Além disso, o PIBID objetiva levar os futuros professores a começar vivenciar as práticas do ensino, buscando um aperfeiçoamento nas colocações dos assuntos, criando lecionadores capazes de buscar uma forma mais interessante de passar conteúdo com segurança e clareza, tornando possível a junção do ensino teórico-prático na qual vem trazendo resultados expressivos no campo da absorção satisfatória dos diversos temas abordados como fala CAMPOS: Uma grande variedade de metodologias de ensino/aprendizagem tem sido desenvolvida ao longo dos tempos, cada qual com seus prós e contras, mas todas de alguma maneira, visando o desenvolvimento do indivíduo em sua vida (CAMPOS, 1987). Este trabalho busca nesta perspectiva, mostrar a inserção dos bolsistas do PIBID-QUÍMICA na escola pública da rede estadual de ensino de Alagoas e a partir daí, discutir sobre as necessidades dos alunos do ensino médio, bem como refletir sobre a prática docente hora desenvolvida pelos professores em sala de aula, propondo assim melhorias no ensino de Química através de ações conjuntas de todos os integrantes envolvidos.

MATERIAL E MÉTODOS: Para uma melhor compreensão do ambiente escolar a qual os licenciandos iriam ser inseridos, alunos e professores ensino médio da Escola Estadual Fernandes Limada, localizada no São Jorge na cidade de Maceió foram entrevistados segundo um roteiro de perguntas elaborado pelo grupo de coordenadores, supervisores e os próprios bolsistas do PIBID. Também foram realizadas visitas a escola objetivando conhecer principalmente a infraestrutura de salas de aulas e laboratórios existentes. A partir da análise dos resultados foram elaboradas e executadas junto aos estudantes das três séries do ensino médio, aulas experimentais abordando, por exemplo, os conteúdos: cinética química, reações de oxido-redução, reações de precipitação e outras que vieram a aguçar o aluno ao interesse pela disciplina ofertada. Todas as aulas foram orientadas pelo supervisor de Química e os conteúdos foram escolhidos conforme o que os alunos iriam estudando de forma teórica em sala de aula.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A maioria dos alunos relatou a grande dificuldade de se ensinar Química, visto que a prática adotada na maioria das aulas pelos professores são “tradicionais”, com o professor atuando como um simples transmissor de conhecimento e que utiliza como único recurso o quadro e o giz. Segundo eles, as aulas são monótonas e desestimulantes dificultando assim o interesse e o aprendizado dos conteúdos. Já a maioria dos professores relatou que não têm tempo suficiente nem disposição para a elaboração de aulas experimentais. Também citaram a falta de treinamento adequado para o uso dos kits experimentais de Química que são disponibilizados para as escolas da rede estadual de Alagoas. Tentando sanar uma parte dos problemas, os bolsistas do PIBID auxiliaram os professores na elaboração de atividades experimentais. A partir da aplicação dessas aulas, constatamos que cerca de 90% dos alunos, mesmo já tendo visto os conteúdos na teoria em sala de aula, compreenderam melhor o conteúdo após a execução do experimento ministrado pelo próprio professor com quem tinham as aulas teóricas. A partir da experiência vivenciada pelos licenciandos em Química, fica constatada que o ensino teórico-prático é de suma importância para uma melhor compreensão do conteúdo pelos alunos do ensino médio. Vale salientar que a pesar das dificuldades encontradas no ambiente escolar, tais como falta de compreensão de alguns alunos, professores e funcionários, além das condições de infraestrutura e falta de materiais e reagentes, é possível planejar e elaborar boas aulas experimentais. Uma alternativa foi o uso de matérias de baixo custo e/ou reaproveitados para a execução de experimentos, o que permitiu ser realizado na própria sala de aula sem a locomoção para o laboratório de Ciências.

CONCLUSÕES: Constata-se que o PIBID tem contribuído para a formação dos futuros professores de Química que atuarão no estado, inserindo-os no ambiente escolar durante o curso de graduação para que conheçam a realidade e possam intervir sob orientação dos professores no processo de ensino-aprendizagem. O PIBID busca a valorização do espaço na escola pública, aplicando um ensino teórico-prático para melhor entendimento dos conteúdos pelo alunado. A utilização de aulas experimentais foi à principal ferramenta usada para tentar facilitar a assimilação dos conteúdos de Química pelos alunos do ensino médio.

AGRADECIMENTOS: À CAPES pelo apoio financeiro. A SEE de Alagoas pela parceria. Ao IFAL pela contribuição na formação dos estudantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BUENO, J. G. S. Função social da escola. EDUCAR; Curitiba, n. 17, p. 101–110. 2001. Editora da UFPR. CAMPOS, D. M. S. Psicologia da aprendizagem. Petrópolis: Editoras Vozes, 1987.