TÍTULO: PRODUÇÃO DE CURTA-METRAGEM: UMA FERRAMENTA PARA O ENSINO DA QUÍMICA

AUTORES: Assis Jr, P.C. (UNINORTE/CEL/SEDUC-AM) ; Castro, R.F. (UNINORTE-AM) ; Pio, M.C.S. (UNINORTE-AM) ; Silva, K.N. (UNINORTE-AM)

RESUMO: Atualmente nas discussões sobre o ensino da Química, percebe-se claramente a necessidade da utilização de novas estratégias e métodos mais interessantes para os estudantes. Sendo assim, a elaboração de novas práticas pedagógicas têm sido uma constante na rotina das escolas na tentativa de relacionar o lúdico com o ensino da Química. A produção de um curta-metragem como ferramenta para o ensino da Química, envolvendo professores e acadêmicos, surge como um novo recurso a ser utilizado nas aulas. Um filme, onde os atores são os próprios professores da disciplina, a Química como temática central, a cidade local como cenário, ação, suspense, e humor são ingredientes atrativos para os alunos no processo ensino-aprendizagem nos dias de hoje.

PALAVRAS CHAVES: ensino de química; lúdico; curta-metragem

INTRODUÇÃO: Uma das ferramentas a ser utilizada hoje nas aulas de Química consiste na produção de curtas-metragens que abordem conteúdos temáticos de fácil compreensão pelos acadêmicos. A utilização de tal instrumento didático para o processo ensino-aprendizagem apresenta-se como uma estratégia alternativa que auxilia consideravelmente as práticas pedagógicas. Participar da produção e/ou assistir a um trabalho deste, facilita o aprofundamento das temáticas discutidas em sala de aula, criando possibilidades aos professores adequarem conteúdos científicos à realidade e à linguagem do dia-a-dia dos alunos, estabelecendo maior dinamicidade ao processo de ensino e aprendizagem. O objetivo não é ensinar produção de vídeos ou apresentá-los e, sim, utilizar esse conjunto de ações para criar maior envolvimento com os alunos em relação ao ensino da Química. Quando os alunos participam da produção, seja nos bastidores ou atuando, eles são sujeitos integrantes de um processo social e, suas visões de mundo são cada vez mais ampliadas, tendo em vista que estarão vivenciando outras realidades, muitas vezes diferentes das existentes em seu cotidiano, podendo assim, relacionar os conteúdos abordados em sala de aula com o filme produzido. O aluno ao assistir um filme, além de assimilar os diversos conteúdos abordados na película, vivência as diversas emoções que esta arte nos proporciona. Esta metodologia cria tendências e tem um grande impacto nos acadêmicos, despertando interesses maiores por temas científicos. Evidentemente, ao utilizar este recurso pedagógico, não tradicional, é muito importante que o professor de Química tenha bem definido suas intenções e finalidades para a abordagem do conteúdo programático pertinente ao nível escolar.

MATERIAL E MÉTODOS: Neste trabalho foram utilizados os seguintes materiais: uma Câmera Digital Cannon T3, uma Filmadora Samsung com tripé. Foi criado um figurino próprio e cenário. Um roteiro foi escrito com base no livro: Barbies, Bambolês e Bolas de Bilhar (SCHWARCZ, 2009). Após leitura do roteiro entre os integrantes do grupo foi possível gravar o vídeo que foi editado utilizando o programa Adobe Premiere Elements 8.0. Foram programadas exibições para alunos de ensino médio, faixa etária de 14 anos e, do ensino superior com média de idade de 24 anos. Foi escolhida uma escola de educação básica e uma instituição de ensino superior, ambas da rede particular, na cidade de Manaus, Amazonas. Após a exibição do curta-metragem foi aplicado um questionário para análise do interesse do aluno em relação à proposta pedagógica apresentada. Participantes do Grupo: Bruna Maciel, Tiago Alves, Renan, Daniel Freire (acadêmicos) e Karla Nunes, Mauro Pio, Pedro Campelo , Rebecca Freire (professores).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O filme foi apresentado para um total de 116 alunos, 34 do ensino médio e 88 de graduação (ensino superior), que conheciam pelo menos um dos professores presentes no filme, aumentando ainda mais o interesse pelo vídeo. Através dos dados coletados após a exibição do filme podemos perceber que 80% dos alunos do ensino médio classificaram como ótimo e 20% bom, no ensino superior 50% classificaram como ótimo e 50% bom. Comparando esses valores, justifica-se que é de maior interesse essa ferramenta pedagógica na faixa etária de 14 anos, ou seja, nos alunos adolescentes. Podemos assim despertar o interesse pela Química logo nos anos iniciais do estudo desta ciência. A produção do vídeo revelou-se de ótima qualidade pela utilização de excelentes equipamentos eletrônicos, programas atuais de informática para cinema e, também com a habilidade das pessoas envolvidas no projeto. Com esses resultados satisfatórios obtidos, podemos perfeitamente investir na produção de um DVD com vários curtas-metragens com os mais variados temas desta ciência tão interessante que é a Química.

Figura 1

Número de alunos X Avaliação do filme/vídeo.

O Crime do Suflê

Cartaz de divulgação do curta-metragem.

CONCLUSÕES: No processo de ensino-aprendizagem, é de fundamental importância a utilização de ferramentas diferentes das tradicionais para estimular o aluno de química. A produção de curta-metragem vem como uma alternativa muito satisfatória na relação aluno-professor e aluno-aluno para motivar as aulas de desta ciência. Recursos tecnológicos da multimídia fazem parte da rotina dos alunos no dia-a-dia dos mesmos, facilitando a inclusão destes no processo de produção de filmes para as aulas, facilitando a prática pedagógica dos profissionais da educação química.

AGRADECIMENTOS: UNINORTE - Laureate International Universities – Manaus/AM.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1. NAPOLITANO, M. Como usar o cinema na sala de aula. 4a Edição. São Paulo: Con¬texto, 2006. 2. PERRENOUD, Philippe. Dez Novas Competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. 3. SCHWARCZ, Joe. Barbies, bambolês e bolas de bilhar: 67 deliciosos comentários sobre a fascinante química do dia-a-dia.Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. 4. VYGOTSKY, L.S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988.