TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE MAPAS CONCEITUAIS PARA CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS NO ENSINO DE QUÍMICA

AUTORES: Sousa, M.D.M. (UFPI) ; Silva, O.A. (UFPI) ; Almeida, A.A.C. (UFPI) ; Carvalho, R.B.F. (UFPI)

RESUMO: Os mapas conceituais são apontados como uma ferramenta de ação pedagógica de grande utilidade, possibilitando que seja trabalhada uma infinidade de conceitos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar nos alunos a capacidade de elaboração, participação, questionamentos e a inter-relações de conceitos da Química aplicados no cotidiano. Após a análise dos dados observamos que houve uma melhora significativa na elaboração de conceitos, na organização das idéias, na estruturação dos mapas, e na participação dos alunos em sala de aula.

PALAVRAS CHAVES: Mapa Conceitual; Aprendizagem; Ensino de Química

INTRODUÇÃO: A química, como toda ciência, não é nada mágico ou fenomenal, restrita somente para estudiosos e mentes brilhantes. Equações, reações, cálculos e moléculas fazem parte desse esplêndido “ramo” da ciência, talvez por isso muitos alunos tenham dificuldade de relacionar à química e suas aplicabilidades no cotidiano (MATEUS et al, 2001; VIEIRA et al, 2010). Tais dificuldades são fatores que diminuem o interesse e desmotivam os alunos no estudo da Química. Nesse contexto, surgi à necessidade de diversificar as aulas de química com ferramentas didáticas que melhor desenvolvessem o interesse e a busca do conhecimento dos alunos. Atualmente, na área de educação, fala-se muito em mapas conceituais. Estes são utilizados para auxiliar a ordenação e a sequência hierárquica dos conteúdos de ensino, de modo que se ofereçam estímulos adequados aos alunos (ARAÚJO et al, 2007). Todo embasamento teórico relacionado ao uso de mapas conceituais está baseada na Teoria de Aprendizagem Significativa de David Ausubel (1968). Sua teoria tem como base o princípio de que o armazenamento de informações ocorre a partir da organização dos conceitos e suas relações, hierarquicamente dos mais gerais para os mais específicos (DE FREITAS, 2007). Em diversas áreas a utilização dos mapas conceituais tem se apresentado como uma ferramenta de ação pedagógica de grande utilidade, possibilitando que uma infinidade de conceitos seja apresentada aos alunos, a partir do estabelecimento de relações (MOREIRA, 2006). Nessa perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo avaliar nos alunos a capacidade de elaboração, participação, questionamentos e a inter-relações de conceitos da Química aplicados no cotidiano.

MATERIAL E MÉTODOS: Esse trabalho foi realizado no 1º ano do ensino médio em uma escola da rede estadual de Teresina – Piauí, os alunos da escola provêm das comunidades circunvizinhas. A realização do trabalho foi dividida em duas etapas. A primeira etapa o tema mapas conceituais, seus principais elementos, objetivos e detalhes foram apresentados de forma expositiva. Logo após, foi realizada uma aula teórica expositiva e dialogada em sala de aula, abordando conteúdo relacionado a Substâncias Químicas e suas Propriedades. Em seguida, a turma foi dividida em cinco grupos e cada grupo ficou responsável pela a criação de um mapa conceitual. Na segunda etapa realizou-se a atividade experimental intitulada “Degelo Colorido”. Para a realização desta atividade utilizamos materiais alternativos, tais como: garrafa pet, óleo de cozinha, água e corante verde e rosa. Após o experimento, cada grupo ficou responsável pela construção de um novo mapa conceitual. Os alunos foram avaliados pela a elaboração dos mapas conceituais, pela participação em sala de aula e pelos os questionamentos realizados durante a realização do experimento e da construção dos mapas conceituais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Inicialmente os estudantes relutaram ao exercício, devido tal técnica não ter sido utilizada anteriormente. A partir da análise dos mapas conceituais observamos que houve uma melhora significativa na elaboração de conceitos, na organização das idéias, na estruturação dos mapas, e na participação dos alunos em sala de aula. Percebemos em todos os mapas uma similaridade na hierarquização conceitual. A utilização da atividade experimental em sala motivou e despertou a atenção dos alunos, fato que foi observado devido ao aumento de perguntas e questionamentos realizados pelos alunos. Com essas ferramentas de ensino, observamos que a compreensão dos conteúdos abordados foi mais significativa e principalmente mais atrativa. A aprendizagem significativa se deu do armazenamento de informações a partir da organização dos conceitos e suas relações, hierarquicamente dos mais gerais para os mais específicos.

CONCLUSÕES: Através dos resultados obtidos, observamos que os alunos apresentaram uma evolução significativa após a construção dos mapas conceituais e da atividade experimental demonstrativa, essa evolução foi observada na elaboração de conceitos, na organização das idéias, na estruturação dos mapas, e na participação dos alunos em sala de aula. Nesse contexto, os mapas conceituais apresentam-se como uma importância ferramenta no processo de ensino e aprendizagem auxiliando os professores a extrair e reestruturar os conhecimentos prévios dos alunos.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. ARAÚJO, N. R. S.; BUENO, E. A. S.; ALMEIDA, F. A. S.; BORSATO, D. Mapas Conceituais como Estratégia de Avaliação. Semina: Ciências Exatas e Tecnológicas, v. 28, p. 47-53, 2007. DE FREITAS, J. R. Mapas conceituais: estratégia pedagógica para construção de conceitos na disciplina química orgânica. Ciências & Cognição (UFRJ), v. 12, p. 86-95, 2007. MATEUS, A. L. Química na cabeça. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001. MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e diagramas V, Porto Alegre: Edição do Autor, v. 1, 2006. VIEIRA, C. A.; SILVA, A. P.; LACERDA, M. C.; MAIA, G. S.; NASCIMENTO, L. F.; RIOS, J. T.; MENDES, C. E.; Barbieri, R. S. Produção de kits com materiais alternativos para experimentação no ensino médio. Revista do ISED E ISEC, v. 1, p. 7, 2010.