TÍTULO: Teatro Químico: “A evolução dos modelos atômicos, um sonho químico”

AUTORES: Gonçalves de Lemos, R. (UFAM) ; Montalvão Silva, J.P. (UFAM) ; Salvador Baima, A.P. (UFAM) ; Araujo Lima, V.M. (UFAM)

RESUMO: A maneira como a Química é abordada nas escolas e a forma como os conceitos normalmente são apresentados apenas do ponto de vista teórico (considerado por muitos alunos uma forma tediosa de aprendizado), como algo que se deve memorizar, e que não se aplicam aos diferentes aspectos da vida cotidiana, observando a situação do ensino da química em Benjamin Constant, verificou-se a necessidade da utilização de formas alternativas no modo de como vem sendo ministrada a disciplina de Química nas escolas. Com a finalidade de despertar o interesse e mostrar a importância dos conceitos químicos presentes nos currículos escolares, mostrou-se uma forma alternativa como ministrar a evolução dos modelos atômicos na Escola Estadual Imaculada Conceição, através de apresentações de peças teatrais.

PALAVRAS CHAVES: ensino; teatro; modelos atomicos

INTRODUÇÃO: A maneira como a Química é abordada nas escolas pode ter contribuído para a difusão de concepções distorcidas dessa ciência, uma vez que os conceitos são apresentados de forma puramente teórica (e, portanto, entediante para a maioria dos alunos), como algo que se deve memorizar, e as vezes não se relaciona a Química com o cotidiano do aluno [1]. Não é novidade que os jovens não se interessam pela Química e que tenham esta visão equivocada, chegando a considerar que essa ciência não faz parte de suas vidas. Desta forma, verifica-se a necessidade da utilização de formas alternativas relacionadas ao ensino de Química, com o intuito de despertar o interesse e a importância dos conceitos químicos presentes nos currículos escolares. São bem-vindos exemplos experimentais simples, que estabeleçam uma relação entre os níveis microscópicos e macroscópicos e, sempre que possível relacionado com o cotidiano do aluno [2]. Atualmente, temos nos preocupado com o desenvolvimento de facilitadores do processo ensino/aprendizagem em escolas de Ensino Fundamental, Médio e Superior [4]. Considera-se o desenvolvimento de atividades cênicas envolvendo materiais concretos e manipuláveis para associação com conceitos abstratos do conteúdo de Química [4].Dentro deste contexto, foi realizado um levantamento nos livros de Química do Ensino Médio [5,6,7 e 8], e elaborou-se roteiros contextualizando a Química com a evolução dos modelos atômicos, desde a época dos filósofos gregos, dos alquimistas, do primeiro modelo atômico proposto através do método científico, passando pelos modelos de Thomson, Rutherford, Bohr e finalmente chegando ao modelo quântico. Após a elaboração da peça, os acadêmicos, apresentaram a peça teatral na Escola Imaculada Conceicão para alunos e professores do ensino médio.

MATERIAL E MÉTODOS: - A partir da elaboração da peça, os acadêmicos realizaram ensaios no Instituto de Natureza e Cultura; - Para cada fase da evolução dos modelos atômicos, foram confeccionados cenários pintado em TNT (material de baixo custo), retratando à época passada, bem como, antes das falas, foram executadas músicas em que os personagens interagiram com a plateia (alunos); - Alguns modelos foram confeccionados em isopor, arames, papelão e plástico. - As roupas utilizadas forma ternos e outras foram confeccionadas em TNT, papel madeira e papel laminado, também foram utilizados produtotos tais como: algodão, talco, fita crepe, linha naylon, tiras de pano, produtos domésticos e algumas vidrarias de laboratório. - Depois de um mês de ensaio, os acadêmicos, realizaram apresentações na escola Estadual Imaculada Conceição, e antes das apresentações, foram aplicados dois questionários, um antes e outro após a apresentação dessa atividade teatral, onde através dos dados coletados realizaou-se um levantamento estatístico sobre essa forma alternativa de se aprender química.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Contextualização do ensino de química de forma audiovisual, demonstrando que a química está presente no seu cotidiano, tem contribuído com a forma de pensar dos estudantes, de modo, a propor hipóteses de forma criativa, associando o ensino cientifico ao tecnológico. Percebeu-se que o Ensino de Química pode ser transmitido de diferentes formas e com diversas metodologias, a forma como os academicos encenaram e a parcipação dos alunos da escola (Figura 01 e 02). Houve um grande interesse por parte dos alunos, e a forma como foi apresentado refletiu nas respostas que foram aplicados em questionários aplicados aos alunos dos turnos vespertino e noturno, antes e após as apresentações. Mostrando assim que formas diferenciadas de se ensinar química, vai além do livro didático, quadro e pincel. Houve um grande interesse por parte dos alunos e professores, proporcionando assim uma socialização e um aprendizado de forma divertida e prazerosa. A encenação ajuda os alunos a memorizar, propor hipóteses, fazer uma analise critica e autocritica, também prende o aluno a querer entender o que sucederá após cada ato apresentado pelos atores. Então, podemos incluir o teatro como uma ferramenta que auxilia o professor na transmissão do conhecimento.

Figura 01.

Encenação contextualizado a evolução dos modelos atomicos.

Figura 02.

Alunos assistindo a apresentação da peça teatral.

CONCLUSÕES: Desta forma o ensino de Química através de encenações, estimula os estudantes a divulgar o ensino de química, através de peças teatrais, bem como, incentiva os professores de ensino médio a trabalhar com seus alunos metodologias diferentes na compreensão da teoria com a prática. Também ajuda a difundir e ampliar o ensino de química de forma criativa e prazerosa, com materiais de baixo custo e presentes no seu dia-a-dia.

AGRADECIMENTOS: A PROEXT, ao Instituto Natureza e Cultura-INC, aos alunos e professores da Escola Imaculada Conceição e a Universidade Federal do Amazonas-UFAM.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: [1] ARROIO, Agnaldo; HONORIO, Káthia M.; DE MELLO, Paulo Homem; GAMBARDELLA, Maria Teresa do Prado; DA SILVA, Albérico B.F. O show da química: motivando o interesse cientifico. Química Nova, v. 29, No. 1, p. 173-178, 2006. [2] MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação (Secretaria de Educação, Média e Tecnológica), 1999. [3] COUTO, A.B.; RAMOS, L.A. e CAVALHEIRO, E.T.G. Aplicação de pigmentos de flores no ensino de química. Química Nova, v. 21, p. 221-227, 1998. [4] OKUMURA, F.; SOARES, M.H.F.B. e CAVALHEIRO, E.T.G. Simulação didática da lei de Lavoisier. Livro de Resumos da 24ª Reunião da SBQ. Poços de Caldas, Sociedade Brasileira de Química, 2001. Resumo ED-082. [5] FELTRE, Ricardo. Química. Química Geral, vol. 1., 6. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2004. [6] HARTWIG, Dácio Rodney; SOUZA, Edson de; MOTA, Ronaldo Nascimento. Química Geral e Inorgânica. São Paulo: Editora Scipione, 1999. [7] PERUZZO, Francisco Miragaia; CANTO, Eduardo Leite do. Química na Abordagem do Cotidiano. vol. 1., 4. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2006. [8] USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química Geral. Vol. 1., 12. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.